Homem da Inteligência do governo Obama diz que terror está presente na Trípice Fronteira
Em sua primeira audiência no Senado americano, o novo diretor nacional de Inteligência dos EUA, o almirante da reserva Dennis Blair, afirmou ontem que o grupo libanês Hezbollah “está presente na Tríplice Fronteira – entre Brasil, Paraguai e Argentina -, região conhecida pelo tráfico de drogas e armas”.
A atuação do partido libanês, considerado terrorista por Washington, teria sido reforçada pela proximidade entre o Irã e o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Blair, porém, não deu evidências sobre a presença do Hezbollah na região. Desde o governo de Bill Clinton, Washington aponta para indícios de que o grupo xiita atua na Tríplice Fronteira – preocupação que se estende agora à administração Obama.
A aliança Caracas-Teerã teria também servido de “ponte” para o aumento da influência do Irã na América Latina, declarou o chefe da espionagem americana à Comissão de Inteligência do Senado.
Blair admitiu não saber se o Irã desenvolve atualmente armas nucleares, mas garantiu que Teerã “mantém aberta a possibilidade de produzi-las”.
Os EUA, disse Blair, ainda avaliam se o programa iraniano para desenvolver armas nucleares – congelado em 2003, segundo relatório divulgado pela CIA no ano passado – foi retomado.