Brasil: da série “perguntar não ofende”!
No Ceará tem um programa de TV que aborda o noticiário o policial. Em UM dos quadros do programa o repórter entrevista as pessoas detidas nas delegacias, acusadas de ilícitos diversos. Anos seguidos, nunca, o repórter Eli Aguiar, conseguiu que um só acusado se declarasse culpado ou reconhecesse saber de alguma coisa. O quadro passou a ser conhecido como “Os Inocentes“.
Assim também está o Congresso Nacional. Ninguém sabia de nada que estava acontecendo com as verbas indenizatórias, aviões, mansões e castelos ocultos, além, de nepotismos os mais amplos e diversos.
No Senado, “renovado” pelo inacreditável, inefável e neo paladino da honestidade e da transparência – argh!, que palavrinha mais indigesta – José Sarney, 81 “inocentes” senadores, nas entrevistas, se mostram surpresos com as mais rastaqueras evidências de ilícitos.
Quer dizer, caras pálidas, que nenhuma de suas (deles) excelências, não tinha a menor desconfiança nem conhecimento do que estava acontecendo? Senadores com anos de mandatos sucessivos, não sabiam que existem 130, isso mesmo, CENTRO E TRINTA DIRETORES!!!, dirigindo o que meu Deus?, e vejo no jornal da TV, iracundos e virginais senadores Arthur Virgílio e Álvaro Dias, exigindo que essas mazelas sejam corrigidas. Em que planeta habitam Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, o sonífero Suplicy…?
Aguardo que o dedo acusador mais rápido do senado, o bufo senador Mão Santa, se manifeste com a peripatética verborragia de quem foi casado pela Justiça Eleitoral do cargo de governador da sempre valente terra da Guerra dos Jenipapo, cujos bravos combatentes — batalha memorável, fundamental para a independência do Brasil travada em 13 de março de 1823, na qual os piauiense venceram as tropas portuguesas — nomeie todos os pares de seu (dele) partido, envolvidos em mais esse escândalo.
E o que dizer do rotundo senador piauiense Heráclito Fortes, agora 1º secretário da mesa diretora, solicitando a lista de todos os parentes de funcionários contratados como terceirizados? Sua (dele) ex-celência, não sabia de nada?
Ah!, a pureza dos inocentes parlamentares.
Realmente são uns “inocentes”!