Renan Calheiros. Vacas e funcionários fantasmas

Depois ficam me enviando emails, reclamando que eu “bato duro” nos políticos e no parlamento. Ora, a própria corja é insuperável na produção de todo tipo de ‘boutades’, em “moto próprio”.

Agora, temos mais uma marmota produzida pelo boiadeiro senador Calheiros. E pensar que “esse cara” já foi ministro da justiça e hoje é líder do PMDB no senado… Sei não…

Olhe só a “gracinha” aí abaixo:

Líder do PMDB no Senado e principal artífice da vitória de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa, Renan Calheiros (AL) mantém há quase seis anos uma funcionária comissionada fantasma em seu gabinete, com salário bruto de R$ 4.900. Procurado, o senador não quis falar sobre o caso.

Trata-se de Amélia Neli Pizatto, 51, sogra de Douglas de Felice, assessor de imprensa de Renan. A filha de Amélia e mulher de Douglas, Aline Pizatto, também trabalha no Senado.

Na quinta-feira à tarde, a Folha foi à casa de Amélia. Pelo interfone, uma pessoa que se identificou como sua empregada informou que ela estava no banho. Depois, disse que Amélia não estava em casa.

Amélia está contratada pelo gabinete de Renan desde 14 de abril de 2003, num ato assinado pelo então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, demitido após a Folha ter revelado que ele escondeu da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões.

Na semana passada, a reportagem ouviu a chefe de gabinete e a secretária de Renan, Paula Frassinetti e Elaine Laus, e outros três funcionários do gabinete do senador. Todos disseram que não conhecem, nunca ouviram falar em Amélia e que ela não trabalha no gabinete. “Amélia? Não tem ninguém com esse nome”, disse Paula.

Ela, então, orientou a reportagem a verificar se Amélia não estaria lotada na liderança do PMDB no Senado, função exercida por Renan há dois meses.

A Folha ouviu o chefe de gabinete da liderança, Francisco Chaves, e três funcionários. Os quatro disseram que ela não trabalhava lá. A reportagem entrevistou também os dois chefes de gabinete de Renan anteriores a Paula, Maurício Melo e Edilamar Nóbrega. Os dois disseram que não conhecem nenhuma Amélia e que em seus períodos na chefia de gabinete lá ela não trabalhou.

Folha de São Paulo

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