Oposição vai expor falhas do PAC no Youtube

Aos poucos, e poucos são, os políticos começam a perceber o alcance e o poder de comunicação da internet. Enquanto lá nas terras acima do Rio Grande, Barack Obama fez da web sua mais poderosa ferramenta de convencimento eleitoral, por aqui, na taba dos Tupiniquins os políticos ainda insistem no varejo do palanque eleitoreiro.

Contudo, diante dos fatos reais que envolvem suas (deles) ex-celências, o público conectado que tem uma percepção mais ampla dos fatos, infensos que são às mídias tradicionais e parciais, irão dar créditos a uma oposição que é representada por Quércias, Agripinos, Mãos Santas, agregados e Cia.

Do mesmo modo que essa nova classe de leitores, público diferenciado da nova mídia eletrônica não recebe placidamente os factóides oriundos de uma situação cujos expoentes são os Lulas, Sarneys, Collors, Calheiros, Dirceus, Dilmas e demais integrantes da banda de música governamental, desafinada de moral e ética.

Contudo, que venham os fatos denúncias e provas. Quanto mais visível um governo, mais a cidadania será exercida na plenitude. Independente da origem, a simples divulgação de possíveis irregularidades permitirá um efetivo controle da população sobre os políticos que elegeram.

Não serão meras exibições no YouTube que acrescentarão credibilidade à sarjeta político-partidária.

O editor

Oposição planeja expor ‘atrasos’ do PAC no Youtube

Arma-se também uma campanha em ‘defesa da poupança’

PSDB, DEM e PPS preparam uma “ofensiva” contra o governo. Planejam usar munição tradicional e armamento tecnológico.

Programam a abertura de um portal oposicionista na web. A idéia é que funcione como uma plataforma virtual de fiscalização da gestão Lula.

Terá textos e, sobretudo imagens. Deseja-se levar ao Youtube imagens de obras atrasadas do PAC, programa gerido pela ministra-candidata Dilma Rousseff.

Desarticulada e sem discurso, a oposição busca a reestruturação. Idealizado em segredo, o plano foi esboçado em dois encontros.

Será esmiuçado em novas reuniões, de periodicidade semanal. São comandadas pelos presidentes das três legendas que se opõem a Lula.

Sérgio Guerra (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS) recrutam expoentes dos respectivos partidos. E montam uma rede de assessores técnicos.

Unificadas em torno do projeto presidencial do tucanato, a trinca de partidos concluiu que agia de modo disperso.

Daí a decisão de reunir esforços e tentar organizar o contraponto ao governo e à candidata oficial. A última reunião ocorreu na terça-feira (31).

Foram à mesa, além da idéia de explorar a internet, outras duas propostas: a defesa da causa dos municípios e a realização de uma campanha nacional.

O suporte aos prefeitos teve materialização instantânea. Ganhou, no dia seguinte, a forma de um projeto de lei.

Propõe que a perda imposta aos municípios pela redução do IPI seja compensada com um aporte do Fundo Soberano, que guarda R$ 14,2 bilhões.

Quanto à campanha, ganhará forma nas próximas semanas. Vai girar em torno da caderneta de poupança.

O ciclo de redução das taxas de juros, que deve ser mantido pelo BC, empurra o governo para uma decisão incômoda.

Terá de reduzir o rendimento da poupança. Uma forma de evitar a migração de grandes investidores para uma aplicação voltada para o público de baixa renda.

Alheia às justificativas técnicas, a oposição enxerga no problema do governo uma oportunidade política. Sairá em defesa da caderneta de poupança.

Pretende-se associar o movimento do governo ao “confisco” editado sob Fernando Collor, hoje um aliado do governo Lula.

Busca-se, no momento, um símbolo para a campanha. Foi à mesa, como idéia inicial, a imagem de uma mão espalmada.

Algo que evoque a idéia de “pare”, de “alto lá”, de “na poupança ninguém mexe”.

blog do Josias de Souza

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