Apesar, ou por causa, das posições dos diversos grupos religiosos, especialmente a igreja de Bento XVI — para alguns conhecido como Her Ratzinger — , cada vez mais as minorias homossexuais assumem suas (deles) opções sexuais de maneira clara.
A sociedade em si já se faz mais tolerante. Assim, o mérito e não a opção sexual, passa a ser o parâmetro de competência.
Johanna Sigurdardottir, de 66 anos, da Aliança Social Democrática, que negocia uma coalizão com o Movimento Verde-Esquerda, será a próxima primeira-ministra da Islândia. Não há nada de especial na notícia não fosse Johanna casada com outra mulher desde 2002 e estar próxima de se tornar a primeira chefe de governo do mundo abertamente gay – Per-Kristian Foss, homossexual assumido, chegou a ser primeiro-ministro interino da Noruega, em 2002.
Os ativistas dos direitos gays comemoraram a notícia. “Nossa organização não monitora todos os líderes gays do mundo, isso seria impossível. Mas não me lembro de nenhum chefe de governo abertamente homossexual”, afirmou Juris Lavrikovs, da Associação Internacional de Gays e Lésbicas da Europa.
“Existe neste caso um alto valor simbólico, que mostra que a sociedade islandesa superou preconceitos nomeando uma premiê gay.”
“Ficamos muito contentes com a notícia”, disse Gary Nunn, porta-voz do Stonewall UK, grupo ativista britânico. “Isto realmente faz diferença. É importante ter um governante gay porque sinaliza aos jovens que eles podem ser o que quiserem.”