Continuo bestificado com a ânsia com a qual a mídia brasileira incensa personalidades.
Avolumam-se as matérias sobre o dia a dia da vida privada do Ministro Joaquim Barbosa do STF.
Sem fazer juízo de valor sobre os saberes judicantes de sua excelência, fico apreensivo pela continua permanência do presidente do STF na ribalta, que não tão somente às barras dos tribunais.
Considero-me um cidadão razoavelmente informado, freqüentei bancos acadêmicos, mais recentemente o curso de Direito, e sou capaz de ler e entender duas ou três frases em três ou quatro idiomas, afora o português, e viajo ao exterior com certa assiduidade.
Mesmo assim – é provável que eu seja mesmo incompetente – sou incapaz de citar um único nome de um juiz da suprema corte dos Estados Unidos, sociedade sabidamente entregue ao culto às celebridades, onde a mídia é extremamente competente em concentrar holofotes em personalidades tais.
É nesse contexto que volto a citar a frase de James Cook: “Um homem que quer reger a orquestra precisa dar as costas à platéia”.
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