Versão brasileira de site para traição Ohhtel bate recorde de cadastros comparada às de outros países
Há apenas uma semana no Brasil, o site de relacionamentos para infiéis Ohhtel diz já ter descoberto algo sobre o país: o brasileiro está entre os povos mais infelizes do mundo no casamento e é um dos mais afoitos para pular a cerca.
Não é por acaso que a operação do site no Brasil foi a que mais rapidamente angariou gente disposta a trair, em comparação com os outros três países onde atua.
Em apenas sete dias, o Ohhtel Brasil diz já ter atingido 63.317 usuários.
Durante sua primeira semana nos Estados Unidos – país com maior população e mais internautas – foram 10.993 cadastrados.
Na Argentina, 30.114 se cadastraram nos primeiros sete dias. No Chile, foram 17.017.
Polêmicas à parte, essa infidelidade recorde brasileira parece estar rendendo lucros interessantes.
Laís Ranna, vice-presidente de operações do Ohhtel no país, diz que 37% dos cerca de 42 mil homens cadastrados no site já pagaram pelo menos uma vez a taxa de R$ 60 que dá direito a interagir com até 20 mulheres na rede.
O que dá um total mínimo de aproximadamente R$ 940 mil em apenas uma semana.
Como as mulheres não pagam nada e, por enquanto, não há anúncios no site, essa é a única fonte de receita.
Essa cifra não pode ser confirmado por outras fontes, mas, se for mesmo verdadeira, representa um resultado excepcional para uma página de internet.
– Nós superamos todas as nossas expectativas, não podemos reclamar – disse Ranna, que defende a infidelidade como salvação para casamentos sexualmente em ruínas e confessa quase ter traído o marido com um colega de trabalho no passado. – Nós não inventamos a infidelidade, só oferecemos uma opção mais segura, saudável e discreta.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]
O objetivo é que as pessoas que usem o site salvem seus casamentos.
A boa recepção no país levou o Ohhtel a dobrar sua expectativa de usuários cadastrados no país até o final do ano para 200 mil pessoas.
O site também quer adicionar funcionalidades, como chat e vídeos.
Por enquanto, o infiel cadastrado só pode visualizar fotos das possíveis amantes e se comunicar com elas por e-mail.
Mas a companhia quer vencer desafios muito maiores até lá: almeja estar em todos os países da América do Sul.
Ranna afirmou que o próximo deve ser a Colômbia e disse que nem pequenos países, como Guiana Francesa, ficarão de fora.
Por aqui, o Ohhtel não foi pioneiro no mercado das traições on-line.
O similar Second Love já funciona no país.
Espera-se que até agosto o Ashley Madison também esteja por aqui.
O Globo/Rennan Setti rennan.setti@oglobo.com.br