De Sarney para Sarney: nepotismo no Senado é hereditário.

Brasil: da série “Só dói quando eu rio”!

Pois é meu caríssimo Tupiniquim. Se você pensava que já havia visto tudo em matéria de corrupção, nepotismo e outras “cositas mas” oriundas das plagas dos Ribamares, lêdo engano.
Atingimos, os brasileiros, um estágio superior da desfaçatez no trato da coisa pública que, os eruditos chamam de “Rés publica”. Alvíssaras! Esta inaugurada a herança nespótica!
Os caras pálidas titulares da capitania hereditária do Maranhão, não suavizam a bodurna no “quengo” da plebe.
O editor

Após demissão de neto de Sarney, mãe herdou vaga.

Assim que o garoto foi demitido, em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo no poder público, a mãe dele foi contratada – para o mesmo cargo, no mesmo gabinete, e com o mesmo salário.

Um dia após a revelação de que um neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), passou 18 meses pendurado na folha de pagamento do Senado como funcionário do gabinete de um senador amigo da família, eis que surge mais uma polêmica. Assim que o garoto foi demitido, em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo no poder público, a mãe dele foi contratada – para o mesmo cargo, no mesmo gabinete, e com o mesmo salário.

A nomeação do estudante João Fernando Michels Gonçalves Sarney foi revelada na edição de ontem do jornal O Estado de S. Paulo. O caso veio a público graças ao surgimento de 300 boletins secretos em que parentes e amigos de senadores eram nomeados para cargos no Senado sem que seus nomes aparecessem em publicações oficiais. A demissão do garoto foi publicada num desses boletins, o que, à época, permitiu que a contratação passasse despercebida. João Fernando, de 22 anos, é filho do empresário Fernando Sarney, primogênito do senador.

Em 2 de outubro passado, ele teve de ser exonerado. Como não pôde ficar no posto, sob pena de o Senado estar descumprindo a ordem do Supremo, apelou-se para uma solução literalmente caseira. João Fernando deixou de receber o salário, mas o contracheque continuou a chegar em sua casa. Desta vez, em nome de sua mãe. Vinte dias após a exoneração do neto de Sarney, a mãe dele foi contratada como secretária parlamentar do gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), aliado político do senador Sarney.

do O Povo

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