Brasil: da série “Acorda Brasil”!
Bem no alvo! Dispensa comentário.
Transparência ou empulhação online?
A Câmara vai passar a divulgar, dentro de 45 dias, os dados das notas fiscais apresentadas pelos parlamentares, que vão “provar” onde eles gastaram a verba indenizatória. Pois é. Já hoje, sem essa “transparência”, são processadas 17 mil notas por mês. O volume vai crescer.
“Se isso não acabar [com as suspeitas], não sabemos mais o que fazer”, disse Michel Temer, presidente da Casa. A proposta é do deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), primeiro-secretário da Câmara.
Não sabe? Eu sei! Que tal parar com esse moralismo de superfície?
Se os parlamentares incorporassem ao salário os R$ 15 mil da verba indenizatória, teriam de pagar imposto sobre esse dinheiro, hoje isento.
Internet nem sempre é garantia de transparência; às vezes, pode ser só uma empulhação online.
Verba indenizatória: chega de conversa mole!
Defendi que a verba indenizatória de R$ 15 mil, instituída quando Aécio Neves era presidente da Câmara, seja logo incorporada ao salário dos parlamentares, que passarão, então, a pagar imposto sobre a bufunfa. Aí um espertinho escreve:
“Então quer dizer que você, Reinaldo Azevedo, é a favor de que o parlamentar, ao invés de ser obrigado a justificar os gastos com transparência (e, em caso contrário, seja punido por isso), embolse logo o valor total e gaste como quiser??
Mais um para a minha série que pergunta: isso é teoria política ou método político??”
Eu sou favorável a que você aprenda a ler ou deixe de ser malandro.
– A coisa mais fácil do mundo é justificar os tais gastos com notas fiscais frias ou quentes, tanto faz;
– o volume de gastos – e, pois, de notas – seria tal, que o controle, na pratica, provar-se-ia impossível.
São 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores), cada um deles gastando 15 mil por mês (R$ 8.910.000,00), distribuídos, mensalmente, em milhares de comprovantes;
– isso não é transparência coisa nenhuma; está mais para a trapaça, para o engana-trouxa;
– a verba foi instituída como uma forma disfarçada de aumentar o salário dos parlamentares; já nasceu de modo vicioso;
– a verba, pois, não será extinta, e o controle não será feito;
– que os parlamentares, então, passem a pagar imposto sobre o dinheiro, como faz qualquer trabalhador.
do blog do Reinaldo Azevedo