Brasileira supostamente atacada pelos neonazistas não pode deixar o pais

É por enquanto o caos informativos é o que nós temos de verdade.

Ela é suspeita de ter inventado história de agressão por neonazistas.
Paula Oliveira deixou o hospital nesta terça-feira (17) na Suíça.

O Ministério Público de Zurique anunciou nesta quarta-feira (18) que abriu uma investigação penal contra a brasileira Paula Oliveira, agredida na Suíça.

Ela é suspeita de ter inventado a história de que foi agredida por três neonazistas e, em decorrência disso, abortado de gêmeos, o que teria induzido a Justiça ao erro.

A polícia de Zurique põe em dúvida a versão de Paula . Segundo a investigação, ela não estava grávida no momento do ataque e poderia ter sido a própria autora dos ferimentos que recebeu.

Um tribunal distrital de Zurique designou um advogado público para defendê-la e ela teria aceitado, segundo comunicado do Ministério Público.

Paula não poderá deixar o país enquanto durar a investigação, segundo o comunicado do Ministério Público. Seu passaporte e seus demais documentos foram bloqueados.

A nota também diz que a investigação policial sobre a agressão, iniciada após denúncia feita por Paula, continuará em curso.

Fora do hospital

Paula deixou na terça-feira o hospital em que se recuperava em Zurique.

Na portaria do hospital, o pai dela, o advogado Paulo Oliveira confirmou aos jornalistas que a filha dele receberia alta e que sairia pela porta da frente. Depois, ele para comprar os remédios receitados pelos médicos, principalmente analgésicos para aliviar a dor dos cortes que Paula Oliveira tem por todo o corpo.

Na volta, a surpresa. Paula, que o pai diz sofrer de lúpus, tinha preferido sair por uma porta dos fundos. O pai argumentou que a filha ficou muito estressada depois que soube que a polícia suíça negou que ela estivesse grávida na hora do suposto ataque e chegou a considerar a hipótese de que Paula tenha cometido autoflagelo.

“Ela não tem nada a esconder, continua abalada emocionalmente e hoje ela teve um impacto do choque com a realidade”, afirmou ele.

No segundo andar do apartamento onde vive em Dubendorf, há seis quilômetros de Zurique, a mãe dela abriu a porta, mas não quis se mostrar. No segundo andar, Paula chegou a aparecer na janela de relance, mas desapareceu quando viu que estava sendo filmada.

A família Oliveira pretendia levar Paula ao Recife para descansar entre parentes e amigos mais próximos. Mas a polícia de Zurique já avisou que pretende ouvi-la novamente. Enquanto o processo não estiver concluído, Paula não poderá deixar a Suíça.

do G1

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