Segundo a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) cerca de 200 mil brasileiros morrem devido a doenças relacionadas ao cigarro anualmente.
Já o álcool coloca o Brasil na quinta posição num ranking mundial de mortes provocadas pelo consumo, segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Já pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a cada 100 mil mortes, 12,2 poderiam ser evitadas se não houvesse consumo de álcool.
Os números são alarmantes e demandam ações preventivas em ambos os casos.
Afinal, os efeitos sobre indivíduos e sociedade são evidentes.
Ainda esta semana um acidente de automóvel com atropelamento e morte, fato que a todo momento acontece nas ruas do país, atraiu as atenções.
Simbolizou um pouco dos contrastes sociais que enfrentamos, com um motorista da alta sociedade alcoolizado que matou um operário.
Com o agravante de que este motorista tinha um longo histórico de direção sob efeito do álcool sem que as autoridades estaduais de trânsito o tenham impedido de continuar a colocar sua própria vida e a de outros em risco.
Já é mais do que hora de políticas preventivas para evitarmos novas vítimas.
Os impactos individuais, econômicos, familiares têm que ser levados em consideração e ações priorizadas.
A decisão do consumo de álcool e tabaco é individual, mas com forte componente coletivo.
De certa forma, o consumo é incentivado como um passaporte para integração social, pelo menos no caso do álcool.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
Felizmente, o tabaco perdeu sua aura em nossa sociedade, mas no passado foi enaltecido como símbolo de poder, sucesso e felicidade, por exemplo. O álcool continua sendo.
Os jovens adultos são os mais afetados por estes ideais “sociais” e têm tido os efeitos sobre suas saúdes como vítimas de acidentes de trânsito, brigas de rua, diferentes formas de violência interpessoal, doenças mentais.
Em todo o mundo são milhões de pessoas com deficiências físicas decorrentes de acidentes sob efeito do álcool.
Quanto ao fumo, temos a relação direta dele com diferentes tipos de câncer, doenças cardíacas e pulmonares, por exemplo.
O fumo provoca uma dependência química contra a qual, muitas vezes, a iniciativa individual não é suficiente para superar.
Vale lembrar que a nicotina atua diretamente no sistema nervoso central, assim como, por exemplo, a cocaína, heroína ou o álcool.
JB