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Fatos & Fotos – 21/11/2017

Viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiixi! FIVADuto: Assassinado homem chave do esquema na Televisa do México. A Televisa juntamente com a Globo faz parte dos grandes conglomerados de empresas de comunicação envolvidas no escândalo das Copas de Futebol. Millor sobre o Congresso nacional: “Isto sim é que é Congresso eficiente! Ele mesmo rouba, ele mesmo investiga, ele mesmo absolve.” Vivo fosse trocaria Congresso por “G****”. Só que agora dessa a “Vênus Platinada” não escapa, porque quando atinge o âmbito internacional, fica difícil de manipular. Para provocar pesadelo. MiShell “3%” Temer “cogita” ser candidato à reeleição em 2018. CPI da Globo vai sair no Congresso O k-suco ferveu para o lado da Globo, segundo a Veja. De acordo com a publicação da Abril, o pagamento de propina para a Fifa visando a obtenção do direito de transmissão exclusiva de jogos renderá uma CPI no Congresso. “Também há naus que não chegam mesmo sem ter naufragado.” Jorge de Lima Dilma Rousseff, Globo e a Copa Dessa a Dilma é inocente. Quem comprou a Copa de 2014 foi a Globo Agora na Av. Santos Dumont, Fortaleza,Ce., deu-me vontade de descer do meu carro e me dirigir ao carro da frente parado no semáforo – não fora o medo de levar um tiro – e dizer ao motorista, conforme adesivos, fã do “Reichfurer Br”; Quer um Brasil sem corrupção? 1. Não jogue lixo na rua. 2. Ligue a p***a da seta. Fiquei quietinho alimentando meu pessimismo crônico. Só dói quando eu rio A da vez: O filho pergunta para a mãe: – Mamãe, lá na Rio, ladrão rouba desde Garotinho? – Não, meu filho. Rouba desde Cabral. – Então eles têm mão grande? – Não, meu filho! – Tem Pezão …… À moda do Bilac, o Olavo. “Ora (direis) uma mala! Certo, Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para servir de prova, somente se forem baús inúmeros.” Corrupção é pop; Copa é pop; Propina é pop. Tá na Globo! “Não é a pornografia que é obscena, é a fome que é obscena”

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O discurso do ódio que está envenenando o Brasil

O discurso do ódio que está envenenando o Brasil A caça às bruxas de grupos radicais contra artistas, professores, feministas e jornalistas se estende pelo país. Mas as pesquisas dizem que os brasileiros não são mais conservadores Artistas e feministas fomentam a pedofilia. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o bilionário norte-americano George Soros patrocinam o comunismo. As escolas públicas, a universidade e a maioria dos meios de comunicação estão dominados por uma “patrulha ideológica” de inspiração bolivariana. Até o nazismo foi invenção da esquerda. Bem-vindos ao Brasil, segunda década do século XXI, um país onde um candidato a presidente que faz com que Donald Trump até pareça moderado tem 20% das intenções de voto.   No Brasil de hoje mensagens assim martelam diariamente as redes sociais e mobilizam exaltados como os que tentaram agredir em São Paulo a filósofa feminista Judith Butler, ao grito de “queimem a bruxa”. Neste país sacudido pela corrupção e a crise política, que começa a sair da depressão econômica, é perfeitamente possível que a polícia se apresente em um museu para apreender uma obra. Ou que o curador de uma exposição espere a chegada da PF para conduzi-lo a depor forçado ante uma comissão parlamentar que investiga os maus-tratos à infância. “Isto era impensável até três anos atrás. Nem na ditadura aconteceu isto.” Depois de uma vida dedicada a organizar exposições artísticas, Gaudêncio Fidelis, de 53 anos, se viu estigmatizado quase como um delinquente. Seu crime foi organizar em Porto Alegre a exposição QueerMuseu, na qual artistas conhecidos apresentaram obras que convidavam à reflexão sobre o sexo. Nas redes sociais se organizou tal alvoroço durante dias, com o argumento de que era uma apologia à pedofilia e à zoofilia, que o patrocinador, o Banco Santander, ante a ameaça de um boicote de clientes, decidiu fechá-la. “Não conheço outro caso no mundo de uma exposição destas dimensões que tenha sido encerrada”, diz Fidelis. O calvário do curador da QueerMuseu não terminou com a suspensão da mostra. O senador Magno Malta (PR-ES), pastor evangélico conhecido por suas reações espalhafatosas e posições extremistas, decidiu convocá-lo para depor na CPI que investiga os abusos contra criança. Gaudêncio se recusou em um primeiro momento e entrou com um pedido de habeas corpus no STF que foi parcialmente deferido. Magno Malta emitiu então à Polícia Federal um mandado de condução coercitiva do curador. Gaudêncio se mostrou disposto a comparecer, embora entendesse que, mais que como testemunha, pretendiam levá-lo ao Senado como investigado. Ao mesmo tempo, entrou com um novo pedido de habeas corpus no Supremo para frear o mandado de conduçãocoercitiva. A solicitação foi indeferida na sexta-feira passada pelo ministro Alexandre de Moraes. Portanto, a qualquer momento Gaudêncio espera a chegada da PF para levá-lo à força para Brasília. “O senador Magno Malta recorre a expedientes típicos de terrorismo de Estado como meio de continuar criminalizando a produção artística e os artistas”, denuncia o curador. Ele também tem palavras muito duras para Alexandre de Moraes, até há alguns meses ministro da Justiça do Governo Michel Temer, por lhe negar o último pedido de habeas corpus: “A decisão do ministro consolida mais um ato autoritário de um estado de exceção que estamos vivendo e deve ser vista como um sinal de extrema gravidade”. Fidelis lembra que o próprio Ministério Público de Porto Alegre certificou que a exposição não continha nenhum elemento que incitasse à pedofilia e que até recomendou sua reabertura. Entre as pessoas chamadas à CPI do Senado também estão o diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo e o artista que protagonizou ali uma performance em que aparecia nu. Foi dias depois do fechamento do QueerMuseu e os grupos ultraconservadores voltaram a organizar um escândalo nas redes, difundindo as imagens de uma menina, que estava entre o público com sua mãe e que tocou no pé do artista. “Pedofilia”, bramaram de novo. O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito e o próprio prefeito da cidade, João Doria (PSDB), se uniu às vozes escandalizadas. Se não há nenhum fato da atualidade que justifique esse tipo de campanha, os guardiões da moral remontam a muitos anos atrás. Assim aconteceu com Caetano Veloso, de quem se desenterrou um velho episódio para recordar que havia começado um relacionamento com a que depois foi sua esposa, Paula Lavigne, quando ela ainda era menor de idade. “#CaetanoPedofilo” se tornou trending topic. Mas neste caso a Justiça amparou o músico baiano e ordenou que parassem com os ataques. A atividade de grupos radicais evangélicos e de sua poderosa bancada parlamentar (198 deputados e 4 senadores, segundo o registro do próprio Congresso) para desencadear esse tipo de campanha já vem de muito tempo. São provavelmente os mesmos que fizeram pichações recentes no Rio de Janeiro com o slogan “Bíblia sim, Constituição, não”. Mas o verdadeiramente novo é o aparecimento de um “conservadorismo laico”, como o define Pablo Ortellado, filósofo e professor de Gestão de Políticas Públicas da USP. Porque os principais instigadores da campanha contra o Queermuseu não tinham nada a ver com a religião. O protagonismo, como em muitos outros casos, foi assumido por aquele grupo na faixa dos 20 anos que há um ano, durante as maciças mobilizações para pedir a destituição da presidenta Dilma Rousseff, conseguiu deslumbrar boa parte do país. Com sua desenvoltura juvenil e seu ar pop, os rapazes do Movimento Brasil Livre(MBL) pareciam representar a cara de um país novo que rejeitava a corrupção e defendia o liberalismo econômico. Da noite para o dia se transformaram em figuras nacionais. Em pouco mais de um ano seu rosto mudou por completo. O que se apresentava como um movimento de regeneração democrática é agora um potente maquinário que explora sua habilidade nas redes para difundir campanhas contra artistas, hostilizar jornalistas e professores apontados como de extrema esquerda ou defender a venda de armas. No intervalo de poucos dias o MBL busca um alvo novo e o repisa sem parar. O mais recente é o jornalista Guga Chacra, da TV Globo, agora também  classificada de “extrema esquerda”. O repórter é vítima de uma campanha por se atrever a desqualificar -em termos muito parecidos aos empregados pela maioria dos meios de comunicação de todo o mundo-, 20.000 ultradireitistas poloneses que há alguns dias

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Fatos & Fotos – 18/11/2017

“Vivo desassossegado, escrevo para desassossegar” José Saramago Esse é um país de cabeça pra baixo. A vereadora – culpa dos eleitores de Niterói – do “piçol”, Talíria Petrone, usou sua (dela) prerrogativa de vereadora para solicitar aos vereadores durante a sessão da Câmara Municipal, 1 minuto de silêncio, para homenagear os sete criminosos mortos pela polícia na favela, ops!, “comunidade” do Salgueiro. Como a petição não foi atendida, a vereadora ainda atacou a Polícia Militar, publicamente no plenário da Câmara. É uma imoral inversão de valores. Os criminosos e seus representantes atuam dentro do poder legislativo, nas três esferas da Federação. Arte – Lebadang – Cheval Noir, 1993 A pergunta é; Como é, e onde, o ISIS compra tantas Toyotas Hilux? Arte – Fotografia – Talbot Street, Dublin Ferrari de Schumacher é vendida por US$ 7,5 mi em Nova York. O F1 que pilotou em 2001. Veículos,Off Road, Foto AFP Tabyldy Kaydirbekopv

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Fatos & Fotos – 17/11/2017

Arte – Edward Hopper Globo, Perjúrio, FIFA, CBF e quejandos. Quer dizer que o tal de Buzarco vai depor em uma Corte Federal nos USA – repetindo: Corte Federal nos USA – faz aquele juramento com a mão sobre a Bíblia e aí mente pra “Carvalho”, e comete perjúrio? – Na Legislação dos EUA estão no mesmo nível de delitos graves; perjúrio, incesto, mutilação genital feminina, obstrução de justiça… O Buzarco é louco? Da Globo à Fox News passando pelos mafiosos da CBF, todos desmentiram que conheçam sequer a palavra propina. Não é incrível esse mentiroso Buzarco? Hahahahaha. Bobinhos. As denúncias contra Ricardo Teixeira, Del Nero, José Maria Marin e Rede Globo outros tais citados no processo, são tão sérias, que ontem um mafioso da AFA – a CBF da Argentina – Jorge Alessandro, cometeu suicídio se atirando na frente de um trem em Lanus, cidade da chamada Grande Buenos Aires.   Ps. 1 – Alô Dr.Moro e ilustres e destemidos membros da PGR e do MPF; 1) Quando a Lava Jato irá abrir inquérito para investigar a denúncia de que a Globo corrompeu agentes públicos e privados? A lei é para todos mesmo? 2) Alejandro Buzarco, delator da Globo, tinha relação contratual de 11 anos com a emissora via T & T S M;¹ 3) Para levar toda a exclusividade nas transmissões de TV da Copa Libertadores, de 2015 a 2018, a Globo acertou pagar a T&T 50% do valor pago pelo Campeonato Paulista. 4) Que tal uma “conduçãozinha” coercitiva para ouvir os ilustres herdeiros do Cidadão Kane do Cosme Velho? Não precisa ser em Guarulhos. Basta no modesto Santos Dumont. Ps. 2 – Shiiiiiiiii. Não espalhem, mas a quem acredite que esse “offside” será marcado pelo árbitro. Juro. ¹ A Globo comprava os direitos de transmissão da Libertadores da empresa Torneos Y Competencias, que era controlada pelo executivo Alejandro Burzaco, que acusou a emissora de pagar propina a cartolas sul-americanos; informação foi divulgada nesta quarta-feira, 15, pelo jornalista Rodrigo Mattos; a Torneos, empresa de Burzaco, era dona de parte da empresa T & T Sports Marketing BV, que adquiriu todos os direitos da Libertadores; documentos obtidos no caso ‘Panama Papers’ mostram que a Globo e a T & T mantinham relação contratual por 11 anos, de 2005 a 2016 quando foi rompido elo pelo escândalo na Conmebol; em média, a emissora pagou US$ 16 milhões por ano pela Libertadores, preço bem abaixo do padrão do mercado brasileiro pela competição. Arte – Alberto Giacometti Man Seated on the Divan while Reading the Newspaper,1952 Diego, 1953

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Fatos & Fotos – 11/11/2017

As invenções que nos aguardam em 2050 Área de recreação da nova sede que o Google planeja na Califórnia. GOOGLE As novas tecnologias nos ajudarão a superar os maiores desafios que enfrentamos como espécie, mas também poderão criar um mundo mais desigual “Estamos prestes a ver uma revolução que mudará a condição humana”, diz o neurobiólogo espanhol Rafael Yuste. O ideólogo do Brain – o maior projeto de pesquisa do cérebro lançado pelos EUA – acredita que, dentro de aproximadamente duas décadas, possa ser decifrado “o código cerebral”, algo semelhante ao genoma humano e que revelará, pela primeira vez, como 85 bilhões os neurônios disparam e se conectam entre si para gerar ideias, memórias, emoções, imaginação e comportamento, a essência do que somos. Com o tipo de escâneres cerebrais que já existem em qualquer hospital, estamos começando a “adivinhar o que as pessoas estão vendo, quase o que estão imaginando”, explica o cientista. Em 2050 será possível analisar a atividade cerebral de uma pessoa para saber o que ela está pensando e até mesmo manipulá-la para controlar seus atos. Provavelmente essas tecnologias se juntarão ao desenvolvimento da computação e da inteligência artificial. “O lado bom é que os seres humanos poderão aumentar as habilidades mentais” e “ajudar pacientes com doenças cerebrais, neurológicas ou mentais”, explica Yuste. Essas tecnologias também poderão alterar o cérebro de pessoas saudáveis, violar sua privacidade até limites insuspeitados, dinamitar conceitos como a identidade pessoal e questionar quem é responsável por um ato, o humano ou a máquina à qual ele está conectado. E se também houver um grupo de pessoas privilegiadas com cérebros conectados a computadores e acesso a informações que o resto das pessoas não possui?  “Antes de tudo isso começar, temos a obrigação de pensar cuidadosamente sobre o futuro e conceber regras éticas para que essas tecnologias sejam usadas para o bem da humanidade”, enfatiza o cientista, que trabalha na Universidade de Columbia, em Nova York. “Precisaremos proteger nossos direitos cerebrais como se fossem um direito humano”, ressalta. A tecnologia de que fala Yuste, juntamente com a edição genética, a computação ou a inteligência artificial, pode ser decisiva para o futuro da nossa espécie. Nesta reportagem, especialistas internacionais nesses campos fazem suas previsões sobre o mundo em 2050. Edição genética Em Berkeley, na Califórnia, se trabalha com a ferramenta de edição genética CRISPR. Desenvolvida em 2012, permite editar o genoma de muitos seres vivos, inclusive os humanos, com tanta facilidade que é comparada com um editor de texto. “É muito provável que em 2050 nasçam bebês geneticamente modificados com CRISPR ou outra técnica”, explica Kevin Doxzen, do Instituto de Genômica Inovadora e ex-colaborador de Jennifer Doudna, uma das inventoras dessa técnica. A edição genética também permitirá conceber crianças com qualidades selecionadas como altura ou capacidade visual, garante. Em 2050, a população mundial estará próxima dos 10 bilhões de pessoas – o país mais populoso será a Índia – de acordo com as Nações Unidas. Será necessário aumentar 70% a produção agrícola em relação aos níveis atuais. As mudanças climáticas obrigarão a usar culturas mais resistentes à seca e às inundações, que serão mais frequentes, e as novas tecnologias de edição genética serão fundamentais para a produção de plantas modificadas que possam resistir a essas ameaças. O guru da genômica George Chruch está desenvolvendo uma nova tecnologia que poderia ser a sucessora do CRISPR. Trata-se das recombinases, enzimas que permitem modificar a estrutura do genoma produzindo menos erros e de forma ainda mais simples, explica esse pesquisador da Universidade de Harvard. Com essa técnica, sua equipe criou uma bactéria com 67% do genoma editado, que é resistente a muitos vírus. “Agora queremos criar imunidade a todos os vírus conhecidos em todas as espécies que nos interessam, micróbios industriais como aqueles que produzem produtos lácteos, plantas e animais utilizados na agricultura, e células humanas para transplantes e terapias”, resume. Sobre os riscos que esses avanços podem implicar se forem mal utilizados, o especialista exige conhecimento e participação. “Para ter impacto, precisamos de que mais muito mais cidadãos comecem a dialogar sobre essa revolução genética, assim como em 1992 precisávamos de mais atenção das pessoas antes que a revolução da Internet decolasse”. Tecnologia x desemprego A decolagem dessas e de outras tecnologias, como a inteligência artificial e a robotização, coincide com níveis de desigualdade nunca vistos nos países ricos. Alguns especialistas, inclusive os do Banco Mundial, atribuem parte do problema à tecnologia. A Europa registra um fosso crescente entre os mais ricos e os mais pobres, de acordo com um relatório da OCDE publicado neste ano. Países como Espanha ou Grécia, com o problema adicional do desemprego, estão entre os que mais sofrem com isso. “Muitos europeus estão cada vez mais pessimistas sobre as possibilidades de seus filhos terem uma vida melhor do que eles”, alerta o estudo. “Há mais gente que pensa que o esforço individual não serve para chegar ao topo ou que o trabalho duro não pode bastar para a ascensão de uma família pobre”, um caldo de cultura perfeito para os populismos, acrescenta o trabalho. Os pais querem dar aos filhos as melhores vantagens possíveis em relação ao resto, melhor alimentação, educação e herança material. Se no futuro também existir a possibilidade de lhes dar vantagens por meio da genética ou da neurociência, alguém duvida do que farão? “A inovação tende a aumentar as diferenças de renda em uma sociedade, então as sociedades mais desiguais terão um aumento maior desse problema e, provavelmente, mais resistência à inovação”, adverte Calestous Juma, especialista em inovação e cooperação internacional da Universidade de Harvard (EUA) que estudou como, nos últimos 600 anos, governos, autoridades religiosas e empresas fizeram todo o possível para impedir a chegada do café, dos transgênicos, das geladeiras ou da música gravada, entre outras inovações A maneira de reduzir a “ansiedade” provocada por todas essas mudanças é facilitar o acesso universal a essas tecnologias e promover a educação. “A chave para que sejam aceitas é ser algo compartilhado”, ressalta Juma. Um dos lugares onde essa diferença é mais sentida é o Silicon Valley, sede da Google, Apple e outras gigantes da tecnologia. Nessa região

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Fatos & Fotos – 10/11/2017

Ballet – Natalia Osipova  ***** Arte – Joel Meyerowitz – Chichester Canal ***** Como fabricar monstros para garantir o poder em 2018 Manifestantes protestam no MAM em repúdio à apresentação do coreógrafo Wagner Schwartz no dia 30 de setembro TIAGO QUEIROZ ESTADÃO CONTEÚDO Enquanto o país é tomado por assaltantes do dinheiro público, parte dos brasileiros está ocupada caçando pedófilos em museus.  Pense. Preste atenção na sua vida. Olhe bem para seus problemas. Observe a situação do país. Você acredita mesmo que a grande ameaça para o Brasil – e para você – são os pedófilos? Ou os museus? Quantos pedófilos você conhece? Quantos museus você visitou nos últimos anos para saber o que há lá dentro? Não reaja por reflexo. Reflexo até uma ameba, um indivíduo unicelular, tem. Exija um pouco mais de você. Pense, nem que seja escondido no banheiro. Seria fascinante, não fosse trágico. Ou é fascinante. E também é trágico. No Brasil atual, os brasileiros perdem direitos duramente conquistados numa velocidade estonteante. A vida fica pior a cada dia. E na semana em que o presidente mais impopular da história recente se safou pela segunda vez de uma denúncia criminal, desta vez por obstrução da justiça e organização criminosa, e se safou distribuindo dinheiro público para deputados e rifando conquistas civilizatórias como o combate ao trabalho escravo, qual é um dos principais assuntos do país? A pedofilia. Desde setembro, quando a mostra QueerMuseu – Cartografia da Diferença na Arte Brasileira foi fechada, em Porto Alegre, pelo Santander Cultural, após ataques liderados por milícias como o Movimento Brasil Livre (MBL), arte, artistas e instituições culturais têm sido atacados e acusados de estimular a pedofilia e/ou de expor as crianças à sexualidade precoce no Brasil. Resumindo: enquanto os brasileiros têm seus direitos roubados, uma parte significativa da população está olhando para o outro lado. Ou, dito de outro modo: sua casa foi tomada por assaltantes de dinheiro público e ladrões de direitos constitucionais, mas você está ocupado caçando pedófilos em museus. Conveniente, não é? E para quem? A resposta é tão óbvia que qualquer um pode chegar a ela sem ajuda. Uma pergunta simples: por que os movimentos que ergueram a bandeira anticorrupção para derrubar Dilma Rousseff (PT), uma presidente ruim, mas que a maioria dos brasileiros elegeu, não estão fazendo nenhum movimento para derrubar Michel Temer (PMDB), um homem que só se tornou presidente por força de um impeachment sem base legal, ligado a uma mala de dinheiro e que tem como um dos principais aliados outro homem, Geddel Vieira Lima (PMDB), ligado a mais de 51 milhões de reais escondidos num apartamento? Ou Aécio Neves (PSDB), que em conversa gravada pediu dois milhões de reais a Joesley Batista, um dos donos da JBS, para pagar os advogados que o defendem das denúncias da Operação Lava Jato? Isso não é corrupção? Isso não merece movimento? Quem mudou? E por quê? Responda você. Outra pergunta simples: por que, em vez disso, parte destes movimentos, que se converteu em milícia, criou um problema que não existe justamente num momento em que o Brasil tem problemas reais por todos os lados? A não ser que você realmente acredite que o problema da sua vida, o que corrói o seu cotidiano, são pedófilos em museus, sugiro que você mesmo responda a essa pergunta. Eu vou buscar responder a algumas outras. 1) Como criar monstros para manipular uma população com medo? A criação de monstros para manipular uma população assustada não é nenhuma novidade. Ela se repete ao longo da história, com resultados tenebrosos, seguidamente sangrentos. Como muitos já lembraram, a Alemanha nazistaatacou primeiro exposições de arte. Os nazistas criaram o que se chamou de “arte degenerada” e destruíram uma parte do patrimônio cultural do mundo. E, mais tarde, assassinaram 6 milhões de judeus, ciganos, homossexuais e pessoas com algum tipo de deficiência. Dê um monstro a uma população com medo, para que ela o despedace, e você está livre para fazer o que quiser. Mas hoje há uma diferença com relação a outras experiências ocorridas na história: a internet. A disseminação do medo e do ódio é muito mais rápida e eficiente, assim como a fabricação de monstros para serem destroçados. Mas a internet é uma novidade também em outro sentido, que está sendo esquecido pelos linchadores: as imagens nela disseminadas estarão circulando no mundo para sempre. A história não conheceu a maioria dos rostos dos cidadãos comuns que tornaram o nazismo e o holocausto uma realidade possível, apenas para ficar no mesmo exemplo histórico. Eles se tornaram, para os registros, o “cidadão comum”, o “alemão médio” que compactuou com o inominável. Ou mesmo que aderiu a ele. Aqueles que hoje chamam artistas de “pedófilos” se esquecem de que sua imagem e suas palavras permanecerão para sempre nos arquivos do mundo Hoje, no caso do Brasil e de outros países que vivem situação parecida, o “cidadão comum” que aponta monstros com o rosto distorcido e estimula o ódio não é mais anônimo e apagável. Ele está identificado. Seus netos e bisnetos o reconhecerão nas imagens. Seu esgar de ódio permanecerá para a posteridade. Será interessante acompanhar como isso mudará o processo de um povo lidar com sua memória. E com sua vergonha. Tudo é tão instantâneo e imediato na internet, tão presente contínuo, que muitos parecem estar se esquecendo de que estão construindo memória sobre si mesmos. Memória que ficará para sempre nos arquivos do mundo. 2) Como criar uma base eleitoral para “botar ordem na casa” sem mudar a ordem da casa? A fabricação de monstros é uma forma de controle de um grupo sobre todos os outros. A escolha do “monstro” da vez é, portanto, uma escolha política. O que se cria hoje no Brasil é uma base eleitoral para 2018. Uma capaz de votar em alguém que controle o descontrole, alguém que “bote ordem na casa”. Mas que bote ordem na casa sem mudar a ordem da casa. Este é o ponto. A escolha do “monstro” da vez é uma escolha política Primeiro, derrubou-se a presidente eleita com a bandeira anticorrupção. Mas aqueles com os quais esses

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William Waack foi afastado do Jornal da Globo – Fatos & Fotos – 09/11/2017

William “Waca”, um homem da CIA caiu de si. (Foto: Reprodução/Globo) O afastamento do apresentador do Jornal da Globo nesta quarta (8) é algo que vem “coroar” uma trajetória bem complicada. O motivo, como você deve ter acompanhado, foi o vazamento de um vídeo do ano passado em que Waack diz uma frase racista. A atitude da Globo é corretíssima e não há o que questionar, ainda mais depois da pressão das pessoas na internet. Mas o jornalista já demonstrou outras vezes o seu desprezo por alguns tipos de pessoas. Durante as olimpíadas no Rio, também ano passado, William teve de entrevistar Anitta, que havia se apresentado na abertura dos jogos com Gil e Caetano. Dava para notar claramente que o apresentador tinha um certo desprezo pela cantora. Certamente ele a considerava indigna de estar ali naquela festa e ao lado de dois “monstros sagrados” da MPB. O que deu para ver é que deve ter sido um fardo para Waack entrevistar a estrela pop. Não parou por aí. William também não se deu bem ao dividir a câmera com Cris Dias, nas olimpíadas. Eles tiveram várias rusgas ao vivo, com ele novamente desprezando a moça e gerando alguns momentos constrangedores. Ele não queria em nenhum momento deixar parecer que estava sendo passado para trás pela moça. Isso tudo sem contar a saída, suspeita até hoje, de Christiane Pelajo, que dividia a bancada com ele no Jornal da Globo. Muita gente credita a Waack o afastamento da jornalista. E, na tela, era possível notar que a relação dele com ela era de superioridade. E como não se lembrar do vídeo, esse foi ao ar oficialmente, em que William chama a jornalista Zelda Melo de “Zelda Merda”? Este momento já virou até um clássico da delicadeza de Waack. Enfim, agora é esperar o resultado de tudo isso. A Globo terá de ser dura. ***** Arte – Ilustrações de Victor Nizovtsev Confiança na economia do Bananil? Ninguém a demonstra mais do que o sinistro da economia, o nefasto Henrique “Bank Boston/JBS” Meirelles. O parça do Soros tem tanta confiança no que está fazendo na economia do Bananil, que, por garantia, tem uma empresa “off shore” nas Bahamas. Meirelles é um “Presidenciável do Car…ibe” ***** Uma dupla cuja soma é zero é desesperante. Um messias, que a sociedade pensa que existe para resolver o Brasil – hahahaha – e um “jurista”, que renunciou à corte por esta ser mais ampla que esse nos saberes jurídicos. O ex-togado deixou a magistratura por não conseguir conviver com o Estado Democrático de Direito. Todos os absurdos jurídicos possíveis foram cometidos pelo hoje obscuro paladino de ébano. Essa dupla se merece, e nós, os Tapuias, estamos entregues, pois os até aqui postos como “presidenciáveis” são um deserto de ideia. Quando se perde o sentido da história, perde-se tudo. A caminhar nesse deserto, com vênias Molière haveremos de ter um Árgon, aquele, e um Tartufo, esse no Planalto. Que Deus se apiede do Bananil. ***** Arquitetura – XOSI RA ***** Um passo por vez pelo fim da Federação. “Divide & Conquer” “UnB cria o primeiro instituto de línguas indígenas do Brasil.” Em seguida movimento pela autonomia dos tais “povos da floresta”, e em seguida, conforme decidido em Bretton Woods em 1944, luta pela independência dos territórios dos “Povos Indígenas”. ***** Enquanto as meretrizes do Palácio do Planalto e do Congresso nacional cortam verbas das FFAA, o Navio de Assistência Hospitalar “Soares de Meirelles” realizou Operação de Assistência Hospitalar no AM. A mídia prostituta e os esquerdinhas “Soro’s boys” nada disso divulgam para não enaltecer as FFAA e rebaixar a autoestima dos Tapuias. ***** Abomino aos que transformam políticos em ídolos. Exceto aqueles que já lhes são amigos antes de se enlamearem ao se filiarem a quaisquer partidos políticos. A partir da filiação a um partido político, o mais honesto cidadão se conspurca, seja por conveniência ou omissão. Convivem com notório corruptos porque assim desejam. Portanto, que tais, não me venham posar de vestais. Traduzindo Nietzsche; Quem com ladrões convive, cuide de não se transformar em um. O abismo é comum. ***** “Les amoureux”, Marc Chagall, 1913 ***** Bananil ainda não saiu de 1888. Afinal, onde estamos? Na África do Sul na época do apartheid? Ou no sul dos Estados Unidos nos tempos da segregação racial? Não. Estamos em Salvador na Bahia, terra de Jorge Amado, Gilberto Gil, do Olodum, da Timbalada. E também da cultura escravagista. ***** A sra. Raquel Dodge – MPF – indicou a “cândida” defensora da moralidade, Depufede Federosa Shéridan,PSDB, por corrupção, crime eleitoral e corrupção. A indignada defensora do ‘Fora Dilma”, ofereceu óculos e pagou multa de trânsito em troca de votos para o marido. ***** Desperdicei cinco anos no Curso de Direito, e insistente, dedico mais dois anos à uma pós em Direito Constitucional. Nada disso será usado. Grafa o Sr. Moro; {…]”não é absolutamente necessário determinar se Luiz Inácio Lula da Silva era o real proprietário do Sítio em Atibaia, bastando esclarecer se ele era ou não o real beneficiário das reformas”. Minha nossa! Não entro no mérito da ação contra o lunfa de Garanhuns, mas não posso senão me quedar atônito, ante a extinção do Estado Democrático de Direito. Está implantado o “Direito Penal Subjetivo”. Que nenhum dos idólatras do senhor dos pinhais tenha o desfortúnio de cair-lhes nas garras justiceiras. ***** Às cores. Ao atelier trabalhar. Caso o implicante Pirifome me permita. Independente da cor que eu queira pintar, ou pinte o meu mundo, ele continuará sendo o mesmo, não há como mudar a não ser a mim mesmo. Fui… Minha Galeria de Arte Comercial está disponível na Internet. http://www.josemesquita.art.br/Acrílica e colagem sobre tela, 2017 090 x 070 cm – Ref.1710ABS16 – Disponível ***** Heil!, seu misógino de m**da. Aprenda – creio ser impossível por insuficiência neural,mas sou generoso – de uma vez: Feminicidio não é assassinato de mulheres. É o assassinato de mulheres em circunstâncias em que ser mulher está ligado à sua morte. Desenhando: 1.A moça foi assassinada durante um assalto: não é feminicidio.

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Fatos & Fotos – 27/10/2017

África casa feita com embalagens de alimentos lançados pela Força Área Americana ***** Nasa divulga pornografia no Universo. Onde estão os moralistas de museus que não impedem isso? ***** Marionetes da TV ***** John Lennon ***** Soprano – Nuria Rial Mezzo-soprano – Giuseppina Bridelli Male alto – Vincenzo Capezzuto Countertenor – Jakub Józef Orliński Ensemble – L’Arpeggiata / Christina Pluhar ***** Arte – Fotografia ***** Aos corruptos a remissão, aos poderosos, as benesses. Temer demonstra acima de tudo que é um ás da política ou da velha política. Um profissional à altura do que tem de pior e fedorento neste contexto político. O Temer e sua turma são bem representadas pelas malas com os 51 milhões de dólares encontrados em um apartamento alugado a familiares do Geddel. Aperfeiçoaram o patrimonialismo e o fisiologismo que virou coisa de profissionais. Temer avança nos seus propósitos e deve mesmo se safar das acusações de práticas monstruosas de corrupção. E consegue ter para tanto, além do Congresso e de setores do Judiciário, a tolerância das ditas vozes da ruas. Uma coisa parece certa, então, a corrupção é coisa a merecer tolerância. ***** Lula o infiltrado, General Golbery¹, AFL-CIO e o Livro de Mário Garneiro². O atalho militar seduz. Mas se nossa democracia precisa de tutela para resolver seus problemas, ela na verdade não existe. Todos os companheiros presos são mau caráter porque falam a verdade? Ou na verdade já eram mau caráter? Lula é nos palanques e/ou no “banco dos réus” o que sempre foi, um ser político criado pelo General Golbery do Couto e Silva – recebeu treinamento patrocinado pela ditadura brasileira no Iadesil (Instituto Americano de Desenvolvimento do Sindicalismo Livre), escola de doutrinação interligada com a AFL-CIO(American Federation of Labor-Congress of Industrial Organizations), ambas à sombra da CIA. Peça chave e sombra do regime militar, para ser o infiltrado no sindicato para informar e delatar companheiros contrários ao regime. Fez isso a vida toda, só mudou pelas mãos do marqueteiro Duda Mendonça. Deixou e entregou companheiros (foi apelidado de Bagre/Traíra e Barba (Judas); deixou para trás Celso Daniel, Dirceu, Genoíno, seu filho, sua esposa, Palocci e muitos outros. Não passa de uma vergonha, prepotente e está se sentindo um Deus, acreditando ser melhor que o partido. A CUT faz o mesmo papel pois foi financiada pela AFL-CIO como também o PT. Lula foi membro ativo da AFL-CIO durante muitos anos (não sei se ainda continua, mas, pelo visto, sim).Ps. “Jogo Duro” o livro no qual Mário Garnero¹, testa de ferro do Barão Rothschild no Brasil, conta sobre o “Lula Secreto”. A partir desse livro, pus-me insone nas pesquisas. É estarrecedor. Diógenes e sua lanterna aqui vagariam eternamente.¹ O General Golbery do Couto e Silva explicou, que sua estratégia era estimular a imprensa para projetar o Luiz Inácio da Silva, o Lula, um grande líder metalúrgico de São Paulo como uma liderança inteligente expressiva, para ser preparado como o anti-Brizola. Golbery tinha um especial fascínio pela manipulação das pessoas certas para fazer as coisas erradas de uma forma inteligente, um talento na hora certa para fazer a coisa errada, uma habilidade que induzia o bem para o mal e dava a uns e outros a errada e útil convicção de cometer o erro como se acerto fosse. Golbery colaborou para o surgimento de Lula – visando dividir a liderança da classe trabalhadora – com receio de que Leonel Brizola voltasse muito forte do longo exílio e fosse eleito presidente. Foi ele, o General Golbery, quem teve a ideia, incentivou e planejou a criação do PT²O empresário Mario Garnero retornou ao centro do poder em 2004 pelas mãos do PT, quase 20 anos depois de ser banido, como ladrão, do mercado financeiro, acusado de desviar US$ 95 milhões. O ex-banqueiro foi a estrela de um seminário patrocinado pelo Banco do Nordeste, em Fortaleza, aquele ano, para a atração de investimentos para a região, a frente dos então presidentes do Senado, José Sarney, e do STF, Nelson Jobim, dos ministros Dilma Roussef e Ciro Gomes e de sete governadores. “Todos políticos coniventes e omissos”. ***** Deputados ganharam emendas; Juízes e promotores aumento; Sonegadores perdão; Estrangeiros Pré-Sal; E pobres de direita um legal do SKAF! ***** Maria Bonomi – Pedra Vegetal 1983 Xilogravura – 51.50 x 33.00 cm ***** Se eu pudesse eu pegava a dor. Colocava dentro de um envelope e devolvia ao remetente!Mário Quintana ***** ***** Perco o Acarajé, mas não perco a piada. Em qual cidade tal cena é normal? ***** Primeiro mundo, mooooorram de inveja! “Conosco ninguém podemos. “ O Bananil sempre “nas cabeças”. Ganhamos mais uma! ***** Cai a Chuva Abandonada Vergílio Ferreira   Cai a chuva abandonada à minha melancolia, a melancolia do nada que é tudo o que em nós se cria.   Memória estranha de outrora não a sei e está presente. Em mim por si se demora e nada em mim a consente   do que me fala à razão. Mas a razão é limite do que tem ocasião   de negar o que me fite de onde é a minha mansão que é mansão no sem-limite. Ao longe e ao alto é que estou e só daí é que sou.   Vergílio Ferreira, in ‘Conta-Corrente 1’   ¹Vergílio António Ferreira *Gouveia,Portugal – 28 de janeiro de 1916 +Sintra,Portugal – 1 de março de 1996 ***** ***** ***** As manobras nas redes se tornam uma ameaça que os governos querem controlar A manipulação das redes sociais está afetando os processos políticos.Tudo mudou para sempre em 2 de novembro de 2010, sem que ninguém percebesse. O Facebook introduziu uma simples mensagem que surgia no feed de notícias de seus usuários. Uma janelinha que anunciava que seus amigos já tinham ido votar. Estavam em curso as eleições legislativas dos Estados Unidos e 60 milhões de eleitores vieram aquele teaser do Facebook. Cruzando dados de seus usuários com o registro eleitoral, a rede social calculou que acabaram indo votar 340.000 pessoas que teriam ficado em casa se não tivessem visto em suas páginas que seus

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O obscuro uso do Facebook e do Twitter como armas de manipulação política

As manobras nas redes se tornam uma ameaça que os governos querem controlar A manipulação das redes sociais está afetando os processos políticos.Tudo mudou para sempre em 2 de novembro de 2010, sem que ninguém percebesse. O Facebook introduziu uma simples mensagem que surgia no feed de notícias de seus usuários. Uma janelinha que anunciava que seus amigos já tinham ido votar. Estavam em curso as eleições legislativas dos Estados Unidos e 60 milhões de eleitores vieram aquele teaser do Facebook. Cruzando dados de seus usuários com o registro eleitoral, a rede social calculou que acabaram indo votar 340.000 pessoas que teriam ficado em casa se não tivessem visto em suas páginas que seus amigos tinham passado pelas urnas.  Dois anos depois, quando Barack Obama tentava a reeleição, os cientistas do Facebook publicaram os resultados desse experimento político na revista Nature. Era a maneira de exibir os músculos diante dos potenciais anunciantes, o único modelo de negócio da empresa de Mark Zuckerberg, e que lhe rende mais de 9 bilhões de dólares por trimestre. É fácil imaginar o quanto devem ter crescido os bíceps do Facebook desde que mandou para as ruas centenas de milhares de eleitores há sete anos, quando nem sequer havia histórias patrocinadas. Há algumas semanas, o co-fundador do Twitter, Ev Williams, se desculpou pelo papel determinante que essa plataforma desempenhou na eleição de Donald Trump, ao ajudar a criar um “ecossistema de veículos de comunicação que se sustenta e prospera com base na atenção”. “Isso é o que nos torna mais burros e Donald Trump é um sintoma disso”, afirmou. “Citar os tuítes de Trump ou a última e mais estúpida coisa dita por qualquer candidato político ou por qualquer pessoa é uma maneira eficiente de explorar os instintos mais baixos das pessoas. E isso está contaminando o mundo inteiro”, declarou Williams. “Citar a coisa mais estúpida que qualquer político diga é uma maneira de explorar os instintos mais baixos das pessoas. Isso está contaminando o mundo inteiro”, declarou o fundador do Twitter Quando perguntaram a Zuckerberg se o Facebook tinha sido determinante na eleição de Trump, ele recusou a ideia dizendo ser uma “loucura” e algo “extremamente improvável”. No entanto, a própria rede social que ele dirige se vangloria de ser uma ferramenta política decisiva em seus “casos de sucesso” publicitários, atribuindo a si mesma um papel essencial nas vitórias de deputados norte-americanas ou na maioria absoluta dos conservadores britânicos em 2015. O certo é que é a própria equipe de Trump quem reconhece que cavalgou para a Casa Branca nas costas das redes sociais, aproveitando sua enorme capacidade de alcançar usuários tremendamente específicos com mensagens quase personalizadas. Como revelou uma representante da equipe digital de Trump à BBC, o Facebook, o Twitter, o YouTube e o Google tinham funcionários com escritórios próprios no quartel-general do republicano. “Eles nos ajudaram a utilizar essas plataformas da maneira mais eficaz possível. Quando você está injetando milhões e milhões de dólares nessas plataformas sociais [entre 70 e 85 milhões de dólares no caso do Facebook], recebe tratamento preferencial, com representantes que se certificam em satisfazer todas as nossas necessidades”. E nisso apareceram os russos A revelação de que o Facebook permitiu que, a partir de contas falsas ligadas a Moscou, fossem comprados anúncios pró-Trump no valor de 100.000 dólares colocou sobre a mesa o lado negro da plataforma de Zuckerberg. Encurralado pela opinião pública e pelo Congresso dos Estados Unidos, a empresa reconheceu que esses anúncios tinham alcançado 10 milhões de usuários. No entanto, um especialista da Universidade de Columbia, Jonathan Albright, calculou que o número real deve ser pelo menos o dobro, fora que grande parte de sua divulgação teria sido orgânica, ou seja, viralizando de maneira natural e não só por patrocínio. A resposta do Facebook? Apagar todo o rastro. E cortar o fluxo de informações para futuras investigações. “Nunca mais ele ou qualquer outro pesquisador poderá realizar o tipo de análise que fez dias antes”, publicou o The Washington Post há uma semana. “São dados de interesse público”, queixou-se Albright ao descobrir que o Facebook tinha fechado a última fresta pela qual os pesquisadores podiam espiar a realidade do que ocorre dentro da poderosa empresa. Esteban Moro, que também se dedica a buscar frestas entre as opacas paredes da rede social, critica a decisão da companhia de se fechar em vez de apostar na transparência para demonstrar vontade de mudar. “Por isso tentamos forçar que o Facebook nos permita ver que parte do sistema influi nos resultados problemáticos”, afirma esse pesquisador, que atualmente trabalha no Media Lab do MIT. “Não sabemos até que ponto a plataforma está projetada para reforçar esse tipo de comportamento”, afirma, em referência à divulgação de falsas informações politicamente interessadas. “Seus algoritmos são otimizados para favorecer a difusão da publicidade. Corrigir isso para evitar a propagação de desinformação vai contra o negócio”, explica Moro O Facebook anunciou que contará com quase 9.000 funcionários para editar conteúdos, o que muitos consideram um remendo em um problema que é estrutural. “Seus algoritmos estão otimizados para favorecer a difusão de publicidade. Corrigir isso para evitar a propagação de desinformação vai contra o negócio”, explica Moro. A publicidade, principal fonte de rendas do Facebook e do Google, demanda que passemos mais tempos conectados, interagindo e clicando. E para obter isso, essas plataformas desenvolvem algoritmos muito potentes que criaram um campo de batalha perfeito para as mentiras polícias, no qual proliferaram veículos que faturam alto viralizando falsidades e meia-verdades polariza “É imprescindível haver um processo de supervisão desses algoritmos para mitigar seu impacto. E necessitamos de mais pesquisa para conhecer sua influência”, reivindica Gemma Galdon, especialista no impacto social da tecnologia e diretora da consultoria Eticas. Galdon destaca a coincidência temporal de muitos fenômenos, como o efeito bolha das redes (ao fazer um usuário se isolar de opiniões diferentes da sua), o mal-estar social generalizado, a escala brutal na qual atuam essas plataformas, a opacidade dos algoritmos e o desaparecimento da confiança na imprensa. Juntos, esses fatos geraram “um desastre significativo”. Moro concorda que “muitas das coisas que estão ocorrendo na sociedade têm a ver com o que ocorre nas redes”. E

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