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Internet – Mídia, poder, e redes sociais

A influência crescente dos chamada mídia não convencional – blogs, redes de relacionamentos, mobile marketing, etc. – tem levado especialistas a produzir reflexões na tentativa de entender o fenômeno. O seu poder. Enquanto empresas de comunicação estão discutindo o que fazer para não perder poder e relevância, já existe uma aceitação de que os meios tradicionais de mídia, mesmo nas suas encarnações eletrônicas, estão dividindo cada vez mais influência com os seus antigos consumidores. E essa não é uma discussão apenas acadêmica. É o que fica claro no relatório (white paper) divulgado em janeiro pela Eldeman, uma multinacional de relações públicas. O trabalho discute e busca entender para onde o poder de influência está migrando e de que forma é possível medi-lo. Por trás dessa discussão está o debate nada virtual sobre como investir dinheiro e conseguir retorno para vender produtos, serviços e idéias no mundo das redes sociais. No documento, os especialistas argumentam que ainda não existe um sistema confiável para medir influência e resultados nas diferentes ferramentas de sociabilidade eletrônica. Para os autores, os primeiros padrões para medir essa influência e transformá-la em dinheiro nasceram com os blogs e, mesmo antes de se tornarem maduros, já precisam ser revistos.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Os especialistas dizem que nos últimos três anos o mundo das redes sociais evoluiu tanto, com ferramentas como o YouTube fazendo um enorme sucesso, que as referências que estavam sendo baseadas em medições de blogs deixaram de ser suficientes. A discussão não é simples e os próprios autores dizem logo no começo que estão iniciando um debate e admitem que não existem hoje sistemas de medição e avaliação que sejam equivalentes aos que estão estabelecidos para as mídias tradicionais. O debate já está reverberando na rede, em sites como o Socialmediatoday, e mostra o quão rapidamente o mundo da comunicação está mudando. BBC

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Internet – Tenha um Jornal Nacional também.

Com a popularização da banda larga e a proliferação exponencial de câmeras de vídeos, uma aposta segura é feita pelos “Google’s Boys”, nos vídeosblogs. A possibilidade de você ser seu próprio William Bonner ou Patricia Poeta, é que certamente fez a dupla Sergei Brin e Larry Page pagarem a “mincharia”de US$ 1,65 bilhão pelo YouTube. Essa dupla comprovadamente está sempre de olho no futuro – lembram que eles estiveram no Brasil, à alguns anos “xeretando”o bio-diesel? – pois é. Para eles os vídeoblogs fincaram pé na rede, com a mesma força que os blogs têm. Os grandes conglomerados de comunicação que se cuidem. A democratização, total e irreversível, da informação, inclusive a jornalística, é só questão de tempo e, consequentemente a perda de poder dos Murdochs e quejandos. Mais dia menos dia, a TV via IP, ou IPTV, fincará sua força aqui em Pindorama. Assim como os blogs, os videoblogs, pela independência de editoria e imediatismo de publicação, estãofazendo um estrago considerável na audiência e poder das grandes redes de Tv. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Internet – Os blogs de jornalistas não funcionam?

Há cerca de uma semana, o Digestivo Cultural publicou um artigo de Julio Daio Borges intitulado Por que os blogs de jornalistas não funcionam. Ainda que o Julio tenha carregado um pouco nas cores, o panorama que ele descreve me parece bastante próximo da realidade. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]”De repente, a imprensa toda descobriu os blogs”, começa ele. E segue assim: “Mas jornalista que é jornalista não entende nada de internet, tem preguiça: fugiu dela enquanto pôde… Os jornalistas passaram a vida inteira escutando que não podem – em hipótese alguma – citar a concorrência… Acontece que a internet é o contrário disso tudo. O link é a moeda de troca da internet… E existe toda uma arte em lincar… Os jornalistas não aprenderam ainda; porque eles nunca aprenderam a citar! Então você acessa um blog de um jornalista-blogueiro, desses de agora, e vê lá que ele fala tudo por alto, fingindo que está dando em primeira mão – mas tá na cara que ele tirou tudo aquilo de algum outro lugar… E quando vai lincar, não se dá nem ao trabalho de marcar a palavra, expressão ou frase (a que o tal link se refere): copia e cola aquele endereço que é uma centopéia (e o link, pra variar, não funciona!).” Ainda que o texto transpire algum rancor contra os jornalistas profissionais, Julio conhece muito bem a sintaxe da comunicação via internet e faz uma análise aguçada do que acontece em alguns (eu disse alguns) dos novos blogs de velhos lobos da imprensa. Aconselho aos colegas de profissão a leitura atenta e reflexão sincera sobre o artigo. Espero que a carapuça não lhes sirva. Do contrário, bem, que comecem a dar links, produzir conteúdo original e parar de fazer posts polêmicos só para conseguir audiência qualquer preço. Os comentários colocados abaixo desse tipo de post são sempre da pior qualidade. Por:Ricardo Anderáos/Estadão

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Distúrbios em São Paulo

A cidade conflagrada Os jornais de sexta-feira (7/6) descrevem, com imagens fortes, as cenas de violência ocorridas na véspera em São Paulo, onde manifestantes contrários ao aumento do preço das passagens de ônibus provocaram depredações e causaram grandes congestionamentos na região central da cidade. “Caos, fogo e depredação”, destaca o Estado de S.Paulo. “Confronto e vandalismo”, registra a Folha. O Globo informa que, além da capital paulista, também houve protestos no Rio, em Natal e em Goiânia pelo mesmo motivo, organizados pelo Movimento Passe Livre. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Como sempre, há divergências quanto ao número de participantes: os porta-vozes do movimento contaram 3 mil pessoas, a Polícia Militar calculou a multidão em 2 mil pessoas no início da passeata e a Guarda Civil Metropolitana afirma que a aglomeração não passou de mil indivíduos. As imagens exibidas pela televisão e expostas nas redes sociais mostravam que, na Avenida Paulista, o grupo estava reduzido a cinco ou seis centenas de manifestantes. No Rio, segundo o Globo, duzentas pessoas caminharam da igreja da Candelária até a estação Central do Brasil, provocando no caminho interrupções do trânsito e entrando em confronto com a polícia. As manifestações foram convocadas pelas redes sociais digitais, que até na manhã de sexta-feira ainda exibiam comentários e imagens, com debates exaltados. O canal informativo GloboNews acompanhouao vivo grande parte da movimentação em São Paulo, documentando a caminhada pela Avenida Paulista, onde alguns dos participantes destruíram uma cabine da Polícia Militar, depredaram uma banca de jornais e deixaram sacos de lixo em chamas ao longo da pista. As tomadas aéreas permitiam observar como um número relativamente reduzido de pessoas é capaz de paralisar as principais vias da maior cidade do país e agravar ainda mais a difícil situação do trânsito no momento da volta para casa. Os jornais mostram estação do metrô com vidros quebrados, registram o pânico de transeuntes que tentaram se abrigar dentro de um shopping center e informam que a causa de tudo foi o aumento de 20 centavos na tarifa. Mas não discutem a questão central: o sistema de transporte público. Catracas livres Curiosamente, os jornais não trazem nas edições de sexta-feira a fartura de declarações de manifestantes que geralmente ilustram as reportagens sobre eventos que conturbam a cidade. O movimento é definido genericamente como uma iniciativa de universitários e estudantes secundaristas, embora tenha sido identificado entre eles pelo menos um sindicalista, presidente do Sindicato dos Metroviários. Nas redes sociais, o movimento Passe Livre, que defende o transporte coletivo grátis, ensina como enfrentar a polícia e como se prevenir contra o efeito do gás lacrimogêneo e do gás pimenta. Interessante notar a preocupação dos organizadores em definir seu perfil ideológico. Em sua página no Facebook, fazem questão de afirmar que o material “não foi feito por nenhum coletivo burguês-estudantil e sim por anarquistas insurrecionários”. Pela rede social pode-se acompanhar os relatos de manifestantes, provavelmente feitos de seus smartphones, ao mesmo tempo em que parte dos usuários critica os atos de vandalismo, enquanto outros lamentam ter que trabalhar ou estudar e não poder participar do movimento. A página também contém informações sobre o sistema de transporte de São Paulo, mostrando tabelas de subsídios pagos pela Prefeitura a um consórcio de ônibus que é campeão de multas e irregularidades. O material contido nas redes sociais digitais é mais extenso e mais diversificado do que as reportagens dos jornais, embora, por motivos óbvios, menos organizado. Por ali se pode observar que a causa é considerada justa pela maioria das pessoas que manifestam suas opiniões, mas há também uma condenação geral aos atos de vandalismo. O Passe Livre, que tem grupos organizados em várias cidades do país, se apresenta como um “movimento social autônomo, horizontal, independente e apartidário que luta por um transporte público gratuito e de qualidade, sem catracas e sem tarifa”. Os jornais poderiam ajudar o leitor a formar uma opinião sobre essa proposta, que já foi tentada como política oficial quando Luiza Erundina era prefeita de São Paulo. Na ocasião, a imprensa apoiou o lobby das empresas de ônibus, e muitas perguntas ficaram sem resposta. Quanto custa subsidiar as frotas de empresas privadas? Quanto custaria liberar as passagens? Existem experiências como essa em outras cidades? Qual seria o efeito do transporte gratuito sobre a economia? Algumas planilhas poderiam ajudar os cidadãos a entender o que há por trás do custo do transporte público. Por Luciano Martins Costa/Observatório da Imprensa

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Internet e audiência da TV

Internet provoca queda de audiência na TV. Não é a toa que até o “Cançastico” anuncia no encerramento do programa, que mais atrações, como “chats” prosseguem na Internet. A mesma estratégia os noticiosos globais utilizam, guiando o espectador para o portal G1. Com a tecnologia 3G/4G e as redes WiMax, a internet também vem em socorro dos que estão presos nos monumentais engarrafamentos. Cada vez mais as televisões deslocam o foco para seu portais na Web e/ou procuram redirecionar os espectadores para a Internet. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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A ética que se dane, e Joseph Pulitzer que se revire na tumba

Jornalista do O Globo que acompanhou a viajem do Ministro Joaquim Brabosa à Costa Rica, teve despesas custeadas pelo caixa do Supremo Tribunal Federal. A revelação é do diretor do Diário do Centro do Mundo, Paulo Nogueira Batista que acentua: “Viagens pagas já faz tempo, no ambiente editorial mundial e mesmo brasileiro, são consensualmente julgadas inaceitáveis eticamente”. Na realidade tais fatos não mais me causam espanto, nessa baderna conspurcada que é a “Terra Brasilis”. Mas, na realidade quem paga a conta é o bornal dos Tupiniquins. Nem um cêntimo diretamente saiu dos cofres do STF, mas sim dos 45% de impostos que deixamos de impostos em tudo que compramos. Esse é um dos motivos pelos quais a credibilidade, e a audiência dos órgãos da chamada grande imprensa despencam ladeira abaixo. Continuam atuando livremente os “políticos capitães do mato, cujo índice de promiscuidade com a ‘Res Publica’ não tem limites”. E essa esbórnia permite o financiamento do sensacionalismo midiático, mais propriamente o que “Vargas Llosa” nomeou de “La Civilización del Espetáculo”. Que fique claro que também é condenável o financiar de passagens para jornalistas como foi o caso da comitiva presidencial para o Vaticano. É um absurdo que em um país com tantas demandas internas se gaste dinheiro assim! E o povo que se rale. PS. Link para a matéria:http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/100853/O-STF-deve-pagar-viagens-E-O-Globo-deve-aceitar-STF-paga-viagem-jornalista-Globo.htm [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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União civil de pessoas do mesmo sexo, rede Globo e preconceito

Rede Globo continua destilando preconceito, e claro, esgrimindo, com a habitual maestria, o hábil florete da desinformação. Um órgão formador de opinião, no meu entender, essencialmente em noticiários, deve usar a linguagem mais culta. Não existe na nomenclatura jurídica “casamento gay”, mas sim união civil de pessoas do mesmo sexo. Deve haver uma audiência tão preconceituosa quanto. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Internet ‘engole’ a mídia tradicional

Leio que o Jornal o Estado de São Paulo demitiu 20% dos profissionais da redação. A mídia tradicional agoniza, em parte por inépcia ante a Internet, e em parte por questões ideológicas ditando as linhas editoriais. Acontece que a mídia tradicional não acordou a tempo para a internet. Nos anos 90, a pedido, preparei um projeto de um portal para um jornal local, que não só não foi implantado – não significa que fosse perfeito e eu um gênio, mas era uma tentativa oriunda de alguns jornalistas visionários – que foi barrada pela direção do jornal, como se quer tiveram a gentileza de darem retorno. O portal, não o do meu projeto, foi implantado de forma capenga, e alguns anos depois. Some-se agora, o fato da mídia, por ser parcial – o que é um direito de cada qual. Só observo o fato, não condeno a opção – continua perdendo leitores que não estejam na vertente ideológica do veículo de comunicação. Assim, por exemplo, quase que por unanimidade, a Veja atrai leitores que são anti-PT, e a Carta Capital somente é lida por quem tem simpatia pelo PT. Ambas perdem o leitor que busca a informação despida de parcialidade. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Somos diariamente bombardeados por notícias mentirosas, e/ou informações claramente dirigidas para que o leitor seja induzido a acreditar serem essas versões as únicas verdadeiras. É claro nas linhas editorias, com qualquer que seja o viés ideológico, a intenção de deturpar a realidade visível. Por isso a audiência, e a credibilidade vão diminuindo de forma exponencial, a ponto da mais celebrada revista semanal oferecer, na ‘bacia das almas’, via ‘spams’, inúmeros e diários, renovação de assinaturas com descontos de 50%. Fica tecnicamente impossível, e também por questões de estrutura, competir com redes sociais e blogs. Hoje todo portador de um celular é um repórter. Por último, mas não por fim, convém repetir Joseph Pulitzer, que no final do Sec.XIX alertou: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.” Ps. Quem quiser entender melhor o que é manipulação, existem dois filmes, já em DVD, interessantes: “O Quarto Poder” e “Mera Coincidência”, ambos com Dustin Hoffman.

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Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa

Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo. Azenha denuncia a Globo Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula. Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão. Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras. MANIPULAÇÕES Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações. Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello. Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006. Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão. Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério. VAZAMENTO DE FOTOS No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra. Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo. Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora. Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno. Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário. ASSASSINATO DE CARÁTER Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal. Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador. O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais. Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios. Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados? O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais. Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores. Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico. DITADURA Durante a ditadura militar, implantada com o

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Nelson Mota: os golpistas fracassaram

O compositor, jornalista e escritor Nelson Mota, sempre um crítico mordaz da política desde que o PT chegou ao poder, reconheceu que “os golpistas fracassaram.” O compositor de consagrada “Saveiros” – música em parceria com Dori Caymmi e interpretada por Nana Caymmi, venceu a fase nacional do I Festival Internacional da Canção – afirmou que “apesar de tudo, a presidente tem 76% de aprovação popular” Nelson Mota também se posiciona contra a chamada regulação das mídias. Para Nelson Mota a tentativa de regular a imprensa de maneira geral é anacrônica, uma vez que a internet já democratizou a informação. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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