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Moçambique; Situação ainda é dramática

No mês passado, o ciclone Idai devastou o sudeste da África, causando mais de mil mortes. Milhões de pessoas ainda lutam para sobreviver, relata a ativista humanitária Ninja Taprogge, em entrevista à DW. Ninja Taprogge trabalha na seção alemã da organização de ajuda humanitária CARE. Atualmente, ela se encontra em Moçambique, em regiões que até agora não haviam recebido apoio. Em entrevista à DW, ela relatou que apenas 23% dos 250 milhões de euros reivindicados foram garantidos pelas Nações Unidas. “Isso é muito pouco e realmente nos preocupa como organizações de ajuda.” “É importante fornecer ajuda imediata porque algumas pessoas não comem nada há quatro semanas. Temos que distribuir comida agora mesmo”, apontou a ativista. Deutsche Welle: Você está atualmente em Moçambique, o país mais afetado pelo furacão Idai. Qual a sua impressão da situação? Ninja Taprogge: A situação em Moçambique ainda é dramática. Acabei de chegar da região da Beira. Muitos lugares ainda estão afetados por enchentes. Estivemos há poucos dias num pequeno vilarejo chamado Guarda Guarda. Lá, as pessoas não receberam nenhuma ajuda. Distribuímos comida para 2 mil famílias. Cada uma delas recebeu 30 quilos de arroz, cinco quilos de feijão e dois litros de óleo. O que as pessoas lhe dizem no local? Falei com uma mulher que há semanas come apenas o milho que encontrou em seu cultivo. A região ao redor do vilarejo estava completamente inundada. Ela também me mostrou o milho. Ele cheirava mal e estava totalmente sujo. Ela me disse que um de seus filhos agora está com dor de estômago e sofrendo de diarreia. Nós também visitamos as plantações – elas foram completamente destruídas. Com são as condições de vida das pessoas? Muitos moram em abrigos. O governo acabou de divulgar novos números hoje. As pessoas vivem juntas num espaço confinado. Mais de 240 mil casas foram gravemente danificadas ou destruídas. Levará muito tempo até que possam ser reconstruídas. Nós ajudamos distribuindo lonas e cordas para as famílias, para que elas possam ao menos montar acomodações temporárias. Toda a infraestrutura também foi severamente afetada pelo ciclone Idai. Muitas escolas foram destruídas. Ajudamos a montar barracas para que aulas possam ser dadas novamente às crianças. Que outras doenças são também problemáticas? Especialmente malária. Abrigos temporários ou mesmo famílias que dormem ao ar livre contam com mosquiteiros para se proteger da doença. A propagação da enfermidade é uma grande preocupação para nós e outras organizações de ajuda no momento. Quanto tempo a CARE pretende atuar no local? A ajuda é suficiente? O maior problema continua sendo o fato de as plantações estarem completamente destruídas. Segundo estimativas de especialistas, mais de 700 mil hectares de terras agrícolas foram danificadas pelas inundações. É importante fornecer ajuda imediata porque algumas pessoas não comem nada há quatro semanas. Temos que distribuir comida agora mesmo. Mas também temos que ficar lá por mais tempo. As pessoas precisam de sementes suficientes para trabalhar em seus campos novamente. No momento, esta crise está completamente subfinanciada. Apenas 23% dos 250 milhões de euros reivindicados foram garantidos pelas Nações Unidas. Isso é muito pouco e realmente nos preocupa como organizações de ajuda. O que precisa acontecer em termos concretos nos próximos meses? Precisamos de dinheiro para continuar a fornecer apoio imediato, mas também para construir e ajudar as pessoas a reconstruir suas casas. Precisamos dar às pessoas algo para ajudá-las a refazer suas plantações e garantir renda para suas famílias.

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Fatos & Fotos – 10/11/2017

Lázaro Ramos,Thais Araújo & Lea T O Beijo, Klimt – Nascimento de Vênus, Botticelli Hahahahaha. Até parece que algo irá acontecer.  Baixem o fogo! “Ministro quebra sigilos fiscal e bancário de Aécio desde 2014 A quebra de sigilo se estende a outros investigados na Operação Patmos – suposta¹ propina de R$ 2 milhões da JBS para o senador.” ¹Sou apaixonado por esse substantivo feminino – nesse caso é substantivo, e não, adjetivo. Independente do gênero. O ministro do STFdoG Marco Aurélio Mello: – Soltou o goleiro Bruno; – Votou a favor de soltar Cunha em fevereiro; – Devolveu o mandato do senador Aécio Neves em junho; – E agora revogou a prisão domiciliar de Andrea Neves, irmã de Aécio. STFdoG revoga prisão domiciliar da irmã de Aécio Never e do primo maleiro. Ambos agora estão livres leves e soltos para mais traquinagens. É obrigação do exercício da cidadania, desobedecer uma justiça injusta, parcial, podre e corrupta. Esqueçam esse olhar maniqueísta e catequizado, ou à direita ou à esquerda. O Estado Brasileiro nos esmaga de cima para baixo. De volta aos tempos da lenha Desde agosto, o gás de cozinha já subiu 67,8%. Ps. Para o MPF, governo Dilma cometia “crime” ao manter gás e gasolina baratos. Ministério Público Federal no Rio acusou a gestão Dilma de improbidade administrativa o então Conselho da Petrobras por política de preço. Aumentos abusivos de Temer são considerados normais. E é? Então tá? “Em presença de imbecis e loucos, há somente um caminho para mostrarmos nossa inteligência: não falar com eles.” Schopenhauer Não choro por ti Tiririca Você não passa de um covarde. Ficou silente quando não havia mordaças. Cospe no prato que lambeu. Desonra à memória do Chaplin, do Carequinha, do Arrelia, das Colombinas e Arlequins. Não aproveitou a oportunidade que o eleitor lhe concedeu para lutar pelo povo de onde você brotou, e não fez nada por essa gente. Ao contrário; ferrou os pobres! 1. Votou a favor da PEC que congelou investimentos em saúde e educação por 20 anos; 2. Votou a favor da entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras; 3. Votou a favor da reforma que retira garantias sociais do trabalhador. Um povo que segue um pato pedindo a retirada das próprias conquistas lhe merece. “Non piangere pagliaccio. Veste la giubba.” Janot alega sigilo profissional e foge da CPI da JBS. Hahaha. Pai Janot é soda! “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Eduardo Galeano Boooom diaaaaaa otimiiiiiiiistas. Marcelo Odebrecht saírá da cadeia, terá milhões de dólares devolvidos e voltará para casa de jatinho para passar o Natal; o meliante corrupto foi condenado a 19 anos de prisão. Ps. Quem foi mesmo que disse que não compensa? “Aécio escreve carta dizendo ser inocente e que seu grupo vai voltar a governar o país”. O tempo irá provar; será absolvido por prescrição, ou por obra do Barattão no STFdoG, como todos políticos do PSDB. Alexander Jansson – Her Only Friend The Moon Revelada a razão pela qual o palhaço Tiririca resolveu abandonar a política; há muita concorrência. A vida como não deveria ser

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Fatos & Fotos – 10/11/2017

Ballet – Natalia Osipova  ***** Arte – Joel Meyerowitz – Chichester Canal ***** Como fabricar monstros para garantir o poder em 2018 Manifestantes protestam no MAM em repúdio à apresentação do coreógrafo Wagner Schwartz no dia 30 de setembro TIAGO QUEIROZ ESTADÃO CONTEÚDO Enquanto o país é tomado por assaltantes do dinheiro público, parte dos brasileiros está ocupada caçando pedófilos em museus.  Pense. Preste atenção na sua vida. Olhe bem para seus problemas. Observe a situação do país. Você acredita mesmo que a grande ameaça para o Brasil – e para você – são os pedófilos? Ou os museus? Quantos pedófilos você conhece? Quantos museus você visitou nos últimos anos para saber o que há lá dentro? Não reaja por reflexo. Reflexo até uma ameba, um indivíduo unicelular, tem. Exija um pouco mais de você. Pense, nem que seja escondido no banheiro. Seria fascinante, não fosse trágico. Ou é fascinante. E também é trágico. No Brasil atual, os brasileiros perdem direitos duramente conquistados numa velocidade estonteante. A vida fica pior a cada dia. E na semana em que o presidente mais impopular da história recente se safou pela segunda vez de uma denúncia criminal, desta vez por obstrução da justiça e organização criminosa, e se safou distribuindo dinheiro público para deputados e rifando conquistas civilizatórias como o combate ao trabalho escravo, qual é um dos principais assuntos do país? A pedofilia. Desde setembro, quando a mostra QueerMuseu – Cartografia da Diferença na Arte Brasileira foi fechada, em Porto Alegre, pelo Santander Cultural, após ataques liderados por milícias como o Movimento Brasil Livre (MBL), arte, artistas e instituições culturais têm sido atacados e acusados de estimular a pedofilia e/ou de expor as crianças à sexualidade precoce no Brasil. Resumindo: enquanto os brasileiros têm seus direitos roubados, uma parte significativa da população está olhando para o outro lado. Ou, dito de outro modo: sua casa foi tomada por assaltantes de dinheiro público e ladrões de direitos constitucionais, mas você está ocupado caçando pedófilos em museus. Conveniente, não é? E para quem? A resposta é tão óbvia que qualquer um pode chegar a ela sem ajuda. Uma pergunta simples: por que os movimentos que ergueram a bandeira anticorrupção para derrubar Dilma Rousseff (PT), uma presidente ruim, mas que a maioria dos brasileiros elegeu, não estão fazendo nenhum movimento para derrubar Michel Temer (PMDB), um homem que só se tornou presidente por força de um impeachment sem base legal, ligado a uma mala de dinheiro e que tem como um dos principais aliados outro homem, Geddel Vieira Lima (PMDB), ligado a mais de 51 milhões de reais escondidos num apartamento? Ou Aécio Neves (PSDB), que em conversa gravada pediu dois milhões de reais a Joesley Batista, um dos donos da JBS, para pagar os advogados que o defendem das denúncias da Operação Lava Jato? Isso não é corrupção? Isso não merece movimento? Quem mudou? E por quê? Responda você. Outra pergunta simples: por que, em vez disso, parte destes movimentos, que se converteu em milícia, criou um problema que não existe justamente num momento em que o Brasil tem problemas reais por todos os lados? A não ser que você realmente acredite que o problema da sua vida, o que corrói o seu cotidiano, são pedófilos em museus, sugiro que você mesmo responda a essa pergunta. Eu vou buscar responder a algumas outras. 1) Como criar monstros para manipular uma população com medo? A criação de monstros para manipular uma população assustada não é nenhuma novidade. Ela se repete ao longo da história, com resultados tenebrosos, seguidamente sangrentos. Como muitos já lembraram, a Alemanha nazistaatacou primeiro exposições de arte. Os nazistas criaram o que se chamou de “arte degenerada” e destruíram uma parte do patrimônio cultural do mundo. E, mais tarde, assassinaram 6 milhões de judeus, ciganos, homossexuais e pessoas com algum tipo de deficiência. Dê um monstro a uma população com medo, para que ela o despedace, e você está livre para fazer o que quiser. Mas hoje há uma diferença com relação a outras experiências ocorridas na história: a internet. A disseminação do medo e do ódio é muito mais rápida e eficiente, assim como a fabricação de monstros para serem destroçados. Mas a internet é uma novidade também em outro sentido, que está sendo esquecido pelos linchadores: as imagens nela disseminadas estarão circulando no mundo para sempre. A história não conheceu a maioria dos rostos dos cidadãos comuns que tornaram o nazismo e o holocausto uma realidade possível, apenas para ficar no mesmo exemplo histórico. Eles se tornaram, para os registros, o “cidadão comum”, o “alemão médio” que compactuou com o inominável. Ou mesmo que aderiu a ele. Aqueles que hoje chamam artistas de “pedófilos” se esquecem de que sua imagem e suas palavras permanecerão para sempre nos arquivos do mundo Hoje, no caso do Brasil e de outros países que vivem situação parecida, o “cidadão comum” que aponta monstros com o rosto distorcido e estimula o ódio não é mais anônimo e apagável. Ele está identificado. Seus netos e bisnetos o reconhecerão nas imagens. Seu esgar de ódio permanecerá para a posteridade. Será interessante acompanhar como isso mudará o processo de um povo lidar com sua memória. E com sua vergonha. Tudo é tão instantâneo e imediato na internet, tão presente contínuo, que muitos parecem estar se esquecendo de que estão construindo memória sobre si mesmos. Memória que ficará para sempre nos arquivos do mundo. 2) Como criar uma base eleitoral para “botar ordem na casa” sem mudar a ordem da casa? A fabricação de monstros é uma forma de controle de um grupo sobre todos os outros. A escolha do “monstro” da vez é, portanto, uma escolha política. O que se cria hoje no Brasil é uma base eleitoral para 2018. Uma capaz de votar em alguém que controle o descontrole, alguém que “bote ordem na casa”. Mas que bote ordem na casa sem mudar a ordem da casa. Este é o ponto. A escolha do “monstro” da vez é uma escolha política Primeiro, derrubou-se a presidente eleita com a bandeira anticorrupção. Mas aqueles com os quais esses

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William Waack foi afastado do Jornal da Globo – Fatos & Fotos – 09/11/2017

William “Waca”, um homem da CIA caiu de si. (Foto: Reprodução/Globo) O afastamento do apresentador do Jornal da Globo nesta quarta (8) é algo que vem “coroar” uma trajetória bem complicada. O motivo, como você deve ter acompanhado, foi o vazamento de um vídeo do ano passado em que Waack diz uma frase racista. A atitude da Globo é corretíssima e não há o que questionar, ainda mais depois da pressão das pessoas na internet. Mas o jornalista já demonstrou outras vezes o seu desprezo por alguns tipos de pessoas. Durante as olimpíadas no Rio, também ano passado, William teve de entrevistar Anitta, que havia se apresentado na abertura dos jogos com Gil e Caetano. Dava para notar claramente que o apresentador tinha um certo desprezo pela cantora. Certamente ele a considerava indigna de estar ali naquela festa e ao lado de dois “monstros sagrados” da MPB. O que deu para ver é que deve ter sido um fardo para Waack entrevistar a estrela pop. Não parou por aí. William também não se deu bem ao dividir a câmera com Cris Dias, nas olimpíadas. Eles tiveram várias rusgas ao vivo, com ele novamente desprezando a moça e gerando alguns momentos constrangedores. Ele não queria em nenhum momento deixar parecer que estava sendo passado para trás pela moça. Isso tudo sem contar a saída, suspeita até hoje, de Christiane Pelajo, que dividia a bancada com ele no Jornal da Globo. Muita gente credita a Waack o afastamento da jornalista. E, na tela, era possível notar que a relação dele com ela era de superioridade. E como não se lembrar do vídeo, esse foi ao ar oficialmente, em que William chama a jornalista Zelda Melo de “Zelda Merda”? Este momento já virou até um clássico da delicadeza de Waack. Enfim, agora é esperar o resultado de tudo isso. A Globo terá de ser dura. ***** Arte – Ilustrações de Victor Nizovtsev Confiança na economia do Bananil? Ninguém a demonstra mais do que o sinistro da economia, o nefasto Henrique “Bank Boston/JBS” Meirelles. O parça do Soros tem tanta confiança no que está fazendo na economia do Bananil, que, por garantia, tem uma empresa “off shore” nas Bahamas. Meirelles é um “Presidenciável do Car…ibe” ***** Uma dupla cuja soma é zero é desesperante. Um messias, que a sociedade pensa que existe para resolver o Brasil – hahahaha – e um “jurista”, que renunciou à corte por esta ser mais ampla que esse nos saberes jurídicos. O ex-togado deixou a magistratura por não conseguir conviver com o Estado Democrático de Direito. Todos os absurdos jurídicos possíveis foram cometidos pelo hoje obscuro paladino de ébano. Essa dupla se merece, e nós, os Tapuias, estamos entregues, pois os até aqui postos como “presidenciáveis” são um deserto de ideia. Quando se perde o sentido da história, perde-se tudo. A caminhar nesse deserto, com vênias Molière haveremos de ter um Árgon, aquele, e um Tartufo, esse no Planalto. Que Deus se apiede do Bananil. ***** Arquitetura – XOSI RA ***** Um passo por vez pelo fim da Federação. “Divide & Conquer” “UnB cria o primeiro instituto de línguas indígenas do Brasil.” Em seguida movimento pela autonomia dos tais “povos da floresta”, e em seguida, conforme decidido em Bretton Woods em 1944, luta pela independência dos territórios dos “Povos Indígenas”. ***** Enquanto as meretrizes do Palácio do Planalto e do Congresso nacional cortam verbas das FFAA, o Navio de Assistência Hospitalar “Soares de Meirelles” realizou Operação de Assistência Hospitalar no AM. A mídia prostituta e os esquerdinhas “Soro’s boys” nada disso divulgam para não enaltecer as FFAA e rebaixar a autoestima dos Tapuias. ***** Abomino aos que transformam políticos em ídolos. Exceto aqueles que já lhes são amigos antes de se enlamearem ao se filiarem a quaisquer partidos políticos. A partir da filiação a um partido político, o mais honesto cidadão se conspurca, seja por conveniência ou omissão. Convivem com notório corruptos porque assim desejam. Portanto, que tais, não me venham posar de vestais. Traduzindo Nietzsche; Quem com ladrões convive, cuide de não se transformar em um. O abismo é comum. ***** “Les amoureux”, Marc Chagall, 1913 ***** Bananil ainda não saiu de 1888. Afinal, onde estamos? Na África do Sul na época do apartheid? Ou no sul dos Estados Unidos nos tempos da segregação racial? Não. Estamos em Salvador na Bahia, terra de Jorge Amado, Gilberto Gil, do Olodum, da Timbalada. E também da cultura escravagista. ***** A sra. Raquel Dodge – MPF – indicou a “cândida” defensora da moralidade, Depufede Federosa Shéridan,PSDB, por corrupção, crime eleitoral e corrupção. A indignada defensora do ‘Fora Dilma”, ofereceu óculos e pagou multa de trânsito em troca de votos para o marido. ***** Desperdicei cinco anos no Curso de Direito, e insistente, dedico mais dois anos à uma pós em Direito Constitucional. Nada disso será usado. Grafa o Sr. Moro; {…]”não é absolutamente necessário determinar se Luiz Inácio Lula da Silva era o real proprietário do Sítio em Atibaia, bastando esclarecer se ele era ou não o real beneficiário das reformas”. Minha nossa! Não entro no mérito da ação contra o lunfa de Garanhuns, mas não posso senão me quedar atônito, ante a extinção do Estado Democrático de Direito. Está implantado o “Direito Penal Subjetivo”. Que nenhum dos idólatras do senhor dos pinhais tenha o desfortúnio de cair-lhes nas garras justiceiras. ***** Às cores. Ao atelier trabalhar. Caso o implicante Pirifome me permita. Independente da cor que eu queira pintar, ou pinte o meu mundo, ele continuará sendo o mesmo, não há como mudar a não ser a mim mesmo. Fui… Minha Galeria de Arte Comercial está disponível na Internet. http://www.josemesquita.art.br/Acrílica e colagem sobre tela, 2017 090 x 070 cm – Ref.1710ABS16 – Disponível ***** Heil!, seu misógino de m**da. Aprenda – creio ser impossível por insuficiência neural,mas sou generoso – de uma vez: Feminicidio não é assassinato de mulheres. É o assassinato de mulheres em circunstâncias em que ser mulher está ligado à sua morte. Desenhando: 1.A moça foi assassinada durante um assalto: não é feminicidio.

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A fome em São Paulo; Assombrados pela desnutrição

Comer e viver assombrado pela subnutrição: a fome em São Paulo Mural do artista Paulo Ito em uma rua de São Paulo. ANDRE PENNER AP Idas e vindas de Doria sobre alimento processado joga luz sobre questão na cidade. Especialistas explicam que famílias de baixa renda e moradores em situação de rua convivem com insegurança alimentar, agravada pela crise. Faz seis meses que Ricardo, 33 anos, e Liliane da Silva, 28, decidiram se unir a outras famílias em uma ocupação de um antigo edifício da rua Vitorino Carmilo, no centro de São Paulo. As contas não fechavam. Ela faz bicos de costura e recebe 240 reais do Bolsa Família. Ele trabalha numa padaria — de maneira informal — e recebe 2.000 reais por mês. Mas com o aluguel de 1.000 em um quarto e sala e a pensão de 300 para a ex-mulher de Ricardo, pouco sobrava para sustentar quatro crianças entre um e oito anos. “O aluguel e o gás a gente pagava em dia, mas faltava comida. Às vezes tinha que cortar feijão, carne, tomate…”, conta ele, que há um ano e meio perdeu o emprego em outra padaria — onde ganhava ainda menos, uns 1600 reais — e ficou sem trabalho durante seis meses. Naquela época passaram a comprar só arroz e batata — “o mais barato” — e a depender da ajuda de família e doações de cesta básica. E ainda hoje dependem de que seus quatro filhos tomem café da manhã e almocem nas creches e escola municipais que frequentam diariamente. As dificuldades enfrentadas pela família de Ricardo e Liliane refletem a realidade de milhares de famílias da capital paulista — e do Brasil — que, ainda que se alimentem, vivem assombradas pela fome. Uma realidade que se atenuou nos anos de bonança econômica, o que fez com que o Brasil deixasse o Mapa da Fome da ONU em 2014. Mas que nunca sumiu. “A fome em São Paulo é a insegurança alimentar. Ou seja, aquela pessoa que não tem o que comer em quantidade e qualidade adequada para o seu bom desenvolvimento. Mas isso é fome. É diferente daquela pessoa extremamente desnutrida quase morrendo. Mas uma pessoa que não tem capacidade de se desenvolver é tão sério quanto”, explica a nutricionista Isabel Marçal, gerente da ONG Banco de Alimentos, que recolhe mensalmente cerca de 50 toneladas de comida que ainda está própria para o consumo, mas que não será comercializada, e distribui a entidades como creches e asilos, combatendo o desperdício. “No primeiro caso, quando alguém está quase morrendo, você tem que tomar uma medida emergencial. Já a fome em São Paulo é a fome que incapacita da mesma maneira, mas nem sempre é visível a olho nu”, acrescenta. O debate sobre a fome na capital voltou com força nas últimas semanas, após o prefeito João Doria (PSDB) lançar o programa Alimento Para Todos e prometer distribuir um granulado feito de farinata, uma espécie de farinha composta por alimentos próximos de sua data de validade ou que não seguem os padrões de comercialização. Chegou a anunciar que o produto, que foi batizado pelos críticos do prefeito de “ração humana”, chegaria como complemento alimentar nas refeições dos centros de acolhida de pessoas em situação de rua e, já em outubro, nas merendas de crianças da rede municipal de ensino — o que pegou de surpresa da própria secretaria de Educação e contrariou as regras municipais e federais que regulam a alimentação escolar, segundo noticiou a Folha de S. Paulo. “A alimentação nas escolas paulistanas é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade. Se continuar a ser fomentada, com orgânicos e a retirada de produtos industrializados, ela é muito boa. Será que realmente é necessário entrar com o complemento?”, questiona Vivian Zollar, conselheira do Conselho Regional de Nutrição, um dos organismos que criticou a decisão do prefeito. A rejeição foi tanta, e não apenas por parte de especialistas e nutricionistas, que mães com filhos matriculados no ensino público chegaram a se manifestar na avenida Paulista na última quinta-feira. Doria acabou recuando, segundo ele mesmo admitiu nesta quarta-feira para jornalistas. A posição de sua gestão, ele garante, é a de “aguardar”, para não transformar o tema em “uma polêmica interminável”. “Há sempre um cuidado muito grande na área de educação e assistência social. Estamos avaliando com cuidado, mas não haverá nenhuma decisão para que a farinata seja distribuída neste momento”, afirmou. Assegurou, entretanto, que “o produto é bom”. Em coletiva de imprensa, Doria anuncia que a farinata estaria presente na merenda de crianças da rede pública. HELLOISA BALLARINI AFP Flávia Rondão, 38 anos, ficou assustada com a possibilidade de que seu filho Vitor Hugo, de um ano e quatro meses, começasse a comer a farinata na creche, onde fica de 7h30 até 17h30. Ainda mais porque ele nasceu prematuro e possui uma série de restrições alimentares. “A alimentação dele na creche é super controlada, então para mim é uma tranquilidade. Eu economizo com ele estando lá e isso para mim é importante. Quando ele chega eu só faço a janta, ou então ele come um mingau, um miojo, uma bolacha ou toma um leite… E deita e dorme”, conta. Mãe e filho vivem um pequeno quarto no mesmo edifício ocupado do centro, na Vitorino Carmilo, porque pagar as contas ficou impossível. Flávia ganha um salário de 1.200 reais por mês em uma fábrica de produtos para pet shop e viu o aluguel subir de 900 para 1.700 reais no final do ano passado. Ainda que dividisse os gastos com sua madrinha, conta ter passado dificuldades durante uns cinco meses, antes de finalmente decidir ir para a ocupação com as outras famílias. “Já cheguei a não ter o leite do meu filho, cheguei a não ter comida para comer. A gente apertou de um jeito, apertou de outro, porque não queríamos sair de lá. Cortei muita coisa”, explica. Zollar, do Conselho Regional de Nutricionista, explica que uma situação comum nas famílias é a de “fome oculta”. “São indivíduos que até estão com peso adequado ou com excesso de peso, mas por conta da qualidade ruim do que come, acaba tendo carência específica de alguns nutrientes”,

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