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Violência e Redução da Desigualdade

Da Roma Antiga ao século 20, violência foi fator-chave para reduzir desigualdade, diz historiador  Direito de imagemGETTY IMAGESHistoriador afirma que desigualdade só foi reduzida de forma consistente em poucos episódios, todos marcados por violência Grandes guerras, revoluções, colapso de Estados, epidemias. Depois de estudar a distância que separa ricos e pobres nos últimos 3 mil anos, Walter Scheidel , professor da Universidade de Stanford, chegou à conclusão que, dos romanos até aqui, foram episódios de violência que ajudaram a reduzir a desigualdade de renda de forma significativa. E não foi qualquer tipo de violência. Em seu último livro, The Great Leveler: Violence and the History of Inequality from the Stone Age to the Twenty-First Century (A Grande Niveladora: Violência e a História da Desigualdade da Idade da Pedra ao Século 21, sem edição no Brasil), o pesquisador destaca episódios que mataram milhões de pessoas, como a Peste Negra e as duas Guerras Mundiais, ou que desmantelaram completamente regimes de governo, como a queda do Império Romano e as revoluções comunista e chinesa. O nivelamento, de forma geral, é por baixo: os choques de violência fazem com que todo mundo fique ‘mais pobre’ do que antes, mas, como os ricos têm mais a perder, destaca Scheidel, a distância entre as classes mais abastadas e as menos favorecidas diminui. Em entrevista à BBC Brasil, o historiador austríaco explica por que não espera arrefecimento da escalada da desigualdade que tem marcado o século 21, rebate as críticas à sua tese e admite que o processo recente – e pacífico – de redução do espaço entre o topo e a base da pirâmide social em países da América Latina, inclusive o Brasil, pode ser uma “esperança”. Muito antes do capitalismo A desigualdade existe desde que o homem deixou de ser nômade e que lhe foi possível acumular recursos, diz Scheidel. Isso aconteceu mais ou menos há 10 mil anos, quando nasceu a agricultura e o processo de domesticação de animais. “Ela é uma condição inerente à civilização”, ele observa. No decorrer da História, o abismo entre ricos e pobres foi estreitado de forma significativa em poucos episódios, ele defende, desencadeados por quatro “niveladores”: grandes guerras, revoluções, colapso de Estados e epidemias. Antes do século 20, diz, apenas os dois últimos estavam atuantes. O efeito “nivelador” das epidemias se dava, segundo Scheidel, porque, ao matarem tanta gente de uma vez só, reduziam drasticamente a oferta de mão de obra e empurravam os salários para cima. Esse movimento foi observado, por exemplo, após a Peste Negra, nos séculos 14 e 15, que dizimou praticamente um terço dos europeus. Direito de imagemGETTY IMAGESPor matarem parcela significativa da força de trabalho, epidemias acabavam empurrando para cima os salários Quanto ao colapso de governos, o historiador ressalta que boa parte das civilizações mais antigas foi construída em torno de Estados concentradores de renda. Eram sociedades bastante estratificadas, em que uma pequena parcela privilegiada explorava o restante. Quanto mais tempo esses Estados duravam, maiores ficaram, o que aumentava as chances de aprofundamento das desigualdades, inclusive de renda. No Império Romano, um dos temas de especialidade do historiador, os ricos ficavam ricos cada vez mais rápido à medida que o Estado crescia. O mesmo vale para a China da dinastia Tang, entre os séculos 7 e 10, e a civilização Maia, ele exemplifica. A tese do historiador gerou reações polêmicas, levando parte dos leitores a concluir que a desigualdade seria algo inexorável | Foto: Divulgação Quando modelos de Estado como esses desmoronam – e, com eles, as leis e as instituições que permitem que o topo da pirâmide multiplique com mais facilidade seu patrimônio -, abre-se espaço para equalização. Em geral, todo mundo fica “mais pobre” do que antes – mas, como os ricos têm mais a perder, destaca Scheidel, a desigualdade diminui. O pesquisador usou diferentes bases de dados para comparar períodos distintos da História. Quando não havia informação especificamente sobre renda, como foi o caso com as civilizações mais antigas, foram usados dados que se relacionavam de forma indireta com patrimônio, como os registros oficiais de recolhimento de impostos sobre a riqueza ou sobre salários e as pesquisas domiciliares que apontavam, por exemplo, o tamanho das propriedades. Era moderna O século 20, por sua vez, foi marcado pelos outros dois “niveladores”: grandes conflitos armados – a Primeira e Segunda Guerras Mundiais – e revoluções transformadoras – a comunista, a chinesa, a cubana, por exemplo. Direito de imagemGETTY IMAGESRevoluções ‘transformadoras’ agem como niveladores da mesma forma que o colapso de governos, destruindo leis e instituições O historiador destaca os dados relativos à Segunda Guerra para dar uma dimensão do impacto desses episódios sobre a distribuição de renda. De 1935 a 1945, a fatia da riqueza concentrada pelos japoneses que estavam entre os 1% mais ricos despencou de 20% para quase 6%, observa Scheidel. Na França, a queda foi de 16% para 8% e nos Estados Unidos, de 18% para cerca de 11%. O fenômeno do pós-guerra tem diversas razões – algumas mais ou menos preponderantes a depender do país. Entre elas, estão a redução da rentabilidade dos investimentos e a cobrança de pesados impostos sobre renda e propriedade, que afetaram os mais ricos, e a necessidade de mão de obra menos qualificada, que proporcionou melhora na remuneração dos mais pobres. Comum a todos os países foi o choque de violência da guerra, que, para o austríaco, foi catalisadora de movimentos que poderiam até ter acontecido, mas de forma muito mais lenta. Os níveis de desigualdade se mantiveram relativamente estáveis pelo menos pelas três décadas seguintes, com a ajuda do avanço da democracia, já que regimes autoritários tendem a ser mais concentradores de renda, a expansão dos sindicatos – com efeito positivo sobre os salários -, e a adoção de modelos de Estado de bem-estar social. E voltaram a aumentar depois da década de 1980, em um fenômeno já descrito pelo economista Thomas Piketty em O Capital no Século 21: o avanço do mercado financeiro fez com que os investimentos passassem cada vez

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Reforma da Previência: lucros para poucos, “fumo” para a maioria

Por que a decisão do governo de fazer propaganda da Reforma da Previdência no Google é polêmica.  Presidente tem dado uma série de entrevistas defendendo a Reforma da Previdência A iniciativa do Palácio do Planalto de procurar o Google para publicar anúncios sobre a Reforma da Previdência causou desconfiança nas redes sociais nas últimas semanas. Considerada um dos maiores desafios da gestão Temer e com votação prevista para fevereiro, a medida é impopular – o que explica a procura do governo por novos meios para tentar aumentar a aceitação do projeto. Para analistas, o passo faz parte de uma expansão nas estratégias publicitárias do governo, recorrendo à publicidade extremamente segmentada permitida por plataformas digitais – uma tendência não só para a propaganda oficial, mas para as campanhas eleitorais de 2018. A estratégia, no entanto, exige precauções, dizem eles. As propagandas sobre a reforma têm sido alvo de críticas e questionadas judicialmente – em decisões diferentes no ano passado, juízes concluíram que as peças analisadas buscavam convencer, em vez de informar, e que não possuíam o caráter educativo ou de orientação social exigido pela Constituição. O governo nega que isso tenha ocorrido, e as decisões acabaram derrubadas (leia mais abaixo). De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação (Secom), o governo começou a usar o Google para campanha publicitária em dezembro último, somando anúncios na poderosa ferramenta de buscas à publicidade que vem fazendo em prol da Reforma da Previdência em redes como o Facebook, o Twitter e o YouTube (que também pertence ao Google). O secretário responsável pela pasta, Márcio Freitas, afirmou à BBC Brasil que ela vem estudando formas de viabilizar o que chama de “parceria” com o Google, e que o principal interesse no momento é aprimorar o alcance de conteúdo oficial sobre a Reforma da Previdência. Os anúncios promovem uma reforma “contra privilégios, a favor de todos” – como diz uma das últimas publicações do Planalto em seu perfil no Facebook. O Google confirmou à BBC Brasil que foi procurado pelo governo e afirma que os integrantes da Secom pediram informações sobre a inserção de publicidade e sobre o funcionamento da plataforma de anúncios do Google, buscando cenários especificamente para a campanha pela Reforma da Previdência. Não se trataria, segundo a empresa, de uma parceria, e sim da compra de publicidade, seguindo os mesmos procedimentos que a empresa de tecnologia adota com o setor privado e também com outros governos. De acordo com a assessoria de imprensa, alguns governos estaduais e municipais brasileiros já têm a prática de anunciar na plataforma. Procurado novamente pela reportagem para esclarecer o que queria dizer com parceria, o titular da Secom não respondeu. Direito de imagemREUTERSGoverno passou a usar a ferramenta em sua estratégia de divulgação da reforma em dezembro Mirando no alvo O movimento é parte do chamado microtargeting político. Jargão do marketing, o microtargeting (algo como mirar um “microalvo”) ou microssegmentação é a busca da publicidade por alcançar nichos específicos do público – e se vale dos perfis que as redes sociais traçam com base nos algoritmos com que operam, mapeando os hábitos e preferências dos usuários. É por causa do microtargeting que recebemos anúncios de hotéis em Madri depois de fazer uma busca sobre a Espanha; ou que de repente vemos na página do nosso email publicidade de eletrodomésticos parecidos com os que pesquisamos na Black Friday. O mesmo recurso pode ser usado pelo governo federal para direcionar sua campanha pela Reforma da Previdência, que enfrenta rejeição de até 70% da população em alguns levantamentos – em dezembro, o governo comemorou uma pesquisa encomendada ao Ibope que mostrava 46% de rejeição. Ao publicar anúncios ou impulsionar publicações específicas de órgãos públicos, o governo pode customizar o que vai oferecer para certas faixas etárias e regiões geográficas nas redes sociais, ou reagir às perguntas mais frequentes feitas no Google. Freitas defende a estratégia, dizendo que o Google “faz uma leitura muito eficaz da relevância de determinados assuntos na internet e é capaz de perceber as dúvidas mais comuns que as pessoas têm”. “Queremos saber quais as principais perguntas que as pessoas estão fazendo e as principais fontes de informações que consultam, para nos colocarmos dentre essas fontes e oferecer maiores esclarecimentos à sociedade”, afirma Freitas, referindo-se à publicidade oficial como um “conteúdo neutro” e não como uma peça de convencimento em massa. “O objetivo fundamental do governo é que as pessoas tenham acesso a informações corretas sobre a Reforma da Previdência. Precisamos evitar que informações de baixa qualidade, as fake news, se propaguem, e formular campanhas para disseminar conteúdo neutro e correto para a sociedade brasileira”, diz, argumentando que a ferramenta é “amplamente usada hoje no mercado por diversas empresas e governos”, e que está mais do que na hora de o governo federal utilizar essa tecnologia. ‘Não há tentativa de direcionamento’ Especialistas dizem que não há restrições legais para que a publicidade oficial seja direcionada para determinados nichos a partir dos perfis que revelamos nas redes sociais, mas alertam que é preciso transparência no uso e no monitoramento desses mecanismos. Professor de inovação e tecnologia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Fabro Steibel diz que governos de países como França, EUA e Reino Unido também usam o Google e redes sociais para inserir anúncios de suas ações. Ele alerta que, assim como em outros meios, a publicidade oficial deve servir a informar de forma objetiva, sem tentar convencer. E ressalta que o conteúdo oficial precisa estar discriminado claramente como tal. O Google ressalta que os anúncios são explicitamente indicados como publicidade e não interferem na “busca orgânica”, ou seja, a área central de resultados relacionados às palavras-chave digitadas pelo usuário. Os resultados que aparecem primeiro na busca são os mais relevantes de acordo com o algoritmo da plataforma. De 2016 para cá, de acordo com a Secom, o governo federal gastou R$ 103,6 milhões com agências de propaganda para formular campanhas sobre a Reforma da Previdência. Ao longo de 2017, o percentual investido em inserções na

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Miriam Leitão – Impostos

Como eu admiro a Novilíngua prevista por Orwell! Míriam “Leilão”, “economista” budeja a indignação seletiva sobre aumento de impostos. Mais uma vez a pena “marrom” é atropelada pela realidade. Em 2015: “Não tem sentido. A sociedade não aguenta mais esse tipo de asfixia tributária”! Em 2018: O aumento de impostos não é o ideal,mas é necessário”! Que beleza! Que maravilha! Quanta coerência!

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Venezuela: a vida num país em colapso

Inflação ultrapassou 2.500% em 2017 na Venezuela Inflação em quatro dígitos, senha para ir ao supermercado, escassez de produtos básicos, onda de violência e surtos de doenças como sarna: o cotidiano dos venezuelanos se tornou um desafio. População de Caracas sofre com preços altos e falta de mantimentos e remédios A Venezuela, país com 30 milhões de habitantes, tem as maiores reservas de petróleo do mundo, mas vem sofrendo uma maciça e severa recessão econômica desde que os preços globais da commoditty caíram drasticamente, há três anos. O governo não publica dados relativos à inflação há mais de um ano. Mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu uma taxa de 2.350% para 2018; e a Assembleia Nacional estimou em mais de 2.500% a de 2017. Numa tentativa de amortecer o efeito da inflação, no fim de dezembro o governo venezuelano implementou o sexto aumento de salários e aposentadorias em um ano, elevando o salário mínimo em 40%.  Maduro lança “bitcoin venezuelano” para enfrentar crise econômica e embargos “De manhã, vê-se pessoas bem vestidas procurando restos no lixo antes de ir ao trabalho”, diz Miguel Ángel Hernandez, um estudante de mestrado de 24 anos. “Com um salário como o meu, as pessoas costumavam ser capazes de comprar carros e pagar uma parcela do financiamento da casa. Eu não consigo nem comprar um par novo de sapatos. Enfrentar essa realidade destrói as perspectivas de qualquer um”, continua. “A inflação está ‘comendo’ quase tudo”, diz um advogado de 38 anos que trabalha numa agência pública e pediu anonimato. “Hoje em dia, eu vou ao supermercado para comprar xampu, e o preço de uma unidade é quase o que eu ganho em duas semanas. Ultimamente, tem havido racionamento de açúcar. Achei um saco, na semana passada, por 105 mil bolívares. Mas eu ganho só 650 mil bolívares por mês.”  Cristina Carbonell é uma advogada que trabalha na ProVene, uma organização que oferece conselhos legais de graça. Ela confirma que a vida cotidiana na capital se tornou um desafio. “O número da nossa carteira de identidade determina em que dia da semana podemos ir ao supermercado. Mas de produtos básicos como leite, você compra apenas dois litros. Na semana passada, não tive água corrente por três dias. A escassez contínua tem causado surtos de fungos e sarna – e eu estou falando de Caracas”, indigna-se. Emergência médica No final de dezembro, houve protestos nas favelas de Caracas, desencadeados por entraves em lojas financiadas pelo Estado, onde 20 alimentos básicos ficam disponíveis a preços subsidiados. Manifestantes furiosos queimaram lixo e entoaram coros de “Estamos famintos” enquanto protestavam contra a falta de comida. A Venezuela não tem as reservas em moeda estrangeira necessárias para importar mantimentos e artigos de primeira necessidade. Várias agências de rating já classificaram o país sul-americano como parcialmente falido. Lorena Surga, fundadora do movimento de ajuda humanitária Angeles Invisibles (Anjos Invisíveis), trabalha com médicos na Colômbia que compram remédios de três hospitais venezuelanos e também doam suas amostras de medicamentos. “Aumentou a taxa de natalidade. Não há pílulas anticoncepcionais. O número de pessoas afetadas por doenças sexualmente transmitidas aumentou porque não há preservativos. Pacientes de câncer estão morrendo porque não há remédios suficientes para que eles completem os seus tratamentos. Alguns estão usando medicamentos vencidos”, afirma. A polícia foi acusada de reprimir violentamente protestos da população no país Violência policial Em maio de 2017, milhares de venezuelanos foram às ruas para protestar contra a crise humanitária e as mudanças políticas depois que o presidente Nicolás Maduro retirou poderes do Congresso dominado pela oposição. “Marchei várias vezes, e a cada dia as forças policiais eram mais repressivas”, lembra Cristina Carbonell. “Um policial atirou no meu cunhado à queima-roupa com um projétil de borracha. Eu não podia deixar o escritório para ir ajudá-lo porque a polícia estava atirando nos transeuntes”, continua. Em novembro de 2017, as ONGs Human Rights Watch (HRW) e Fórum Penal publicaram um relatório conjunto sobre as violações de direitos humanos cometidas pelas Forças Armadas venezuelanas durante os protestos de maio e os meses seguintes. Gás lacrimogêneo, jatos d’água e armas de ar comprimido foram usadas sistematicamente. As balas de borracha, em muitos casos, eram recheadas com bolas de gude, estilhaços de vidro ou parafusos metálicos para causar ferimentos e dor. “Os protestos foram reprimidos mais brutalmente que antes”, diz Tamara Taraciuk, pesquisadora sênior da HRW Americas. “Basta olhar os números: em 2014, 43 pessoas morreram em protestos e 800 ficaram feridas [na Venezuela]. Em 2017, 124 pessoas morreram e duas mil ficaram feridas”, enumera. O relatório da HRW também menciona vários casos de tortura em centros de detenção. Diz que homens mulheres e adolescentes foram submetidos a choques elétricos, espancamentos cruéis, abusos sexuais, e asfixia e detidos junto com dezenas de outras pessoas em minúsculas celas sem ventilação, tendo acesso a apenas um mínimo de água e comida. A existência de algumas pessoas se reduziu a procurar comida no lixo em Caracas Êxodo e criminalidade Alguns sociólogos estimam que dois milhões de venezuelanos já deixaram o país desde que Hugo Chávez, morto em 2013, assumiu o poder em 1999, embora sua figura seja controversa no governo Maduro. “As pessoas estão trancando suas casas e saindo com o que podem carregar”, diz Lorena Surga. A taxa de criminalidade também está aumentando, de acordo com o Observatório Venezuelano da Violência (OVV), uma organização criada pelo Laboratório Venezuelano de Estudos Sociais em 2005. O Observatório diz que 28.479 pessoas foram mortas em 2016, o que se traduz num aumento na taxa de homicídios de 91,8 por cem mil habitantes em todo o país. Em Caracas, a taxa é ainda maior, com o OVV dizendo que houve 140 homicídios por cem mil habitantes em 2016. Até mesmo o número oficial de homicídios de 2016, divulgado pela Procuradoria Geral venezuelana, embora seja muito mais baixo que o do OVV, ainda está entre os mais altos do mundo, com 70,1 por cem mil habitantes. “Sinto que estou vivendo numa prisão. Vou de casa para o trabalho para a faculdade e preciso voltar antes das oito da noite porque

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Brasil: a maior desindustrialização da história

“O Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história da economia” Ha-Joon Chang,especialista em economia do desenvolvimento da Universidade de Cambridge – DIVULGAÇÃO Considerado de direita na Coreia do Sul e de esquerda na Inglaterra, o economista heterodoxo Ha-Joon Chang critica o rumo das políticas brasileiras e defende protecionismo nos países emergentes Você se considera de esquerda? Mesmo acostumado a dar entrevistas, essa pergunta ainda faz gaguejar Ha-Joon Chang, professor de economia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, que se tornou conhecido por expor os problemas do capitalismo. “Bem…eu possivelmente sou”, respondeu um pouco reticente o acadêmico, como quem confessasse um pecado. Para ele, no mundo polarizado de hoje, admitir-se de qualquer tendência ideológica pode significar uma sentença de morte para um potencial diálogo. Além disso, em diferentes países, a percepção de direita e esquerda é diferente. “Na Coreia do Sul e Japão, por exemplo, o tipo de política industrial que defendo é considerada de direita. Já na Inglaterra, onde vivo hoje em dia, é uma política de esquerda”, afirmou o autor sul-coreano do best-seller Chutando a Escada: A Estratégia do Desenvolvimento em Perspectiva Histórica (Editora Unesp), que veio ao Brasil participar do Fórum de Desenvolvimento, em Belo Horizonte. Ha-Joon Chang conversou com o El PAÍS sobre polarização política, história econômica e o futuro do sistema econômico mundial, que, para ele, não é nem capitalista, nem socialista. Pergunta. Como a polarização política afeta o desenvolvimento econômico? Resposta. A polarização é a pior coisa que pode acontecer para a economia. Tudo se torna simbólico. Você começa a se opor a determinada política simplesmente porque ela está associada a um partido de esquerda ou direita. Os debates estão se tornando cada vez mais difíceis. Ambos os lados, ao invés de debater, gritam uns com os outros. Eu gosto de me descrever como um pragmatista. Não importa de onde a vem determinada política para o desenvolvimento econômico, contanto que ela funcione. P. Desde o Consenso de Washington, no final da década de 1980, muitos países pobres abraçaram as recomendações internacionais para propagar o livre comércio como uma das formas de combater a miséria e se desenvolver. Como você avalia o resultado dessa medida? R: Hoje, quando olhamos para os países ricos, em sua maioria, eles praticam o livre comércio. Por isso, é comum pensarmos que foi com esta receita que eles se desenvolveram. Mas, na realidade, eles se tornaram ricos usando o protecionismo e as empresas estatais. Foi só quando eles enriqueceram é que adotaram o livre comércio para si e também como uma imposição a outros Estados. O nome do meu livro, Chutando a escada, faz referência a um livro de um economista alemão do século XIX, Friedrich List, que foi exilado político nos Estados Unidos em 1820. Ele critica a Inglaterra por querer impor aos EUA e à Alemanha o livre comércio. Afinal, quando você olha para a história inglesa, eles usaram todo o tipo de protecionismo para se tornar uma nação rica. A Inglaterra dizendo que países não podem usar o protecionismo é como alguém que após subir no topo de uma escada, chuta a escada para que outros não possam usá-la novamente. P: Como se deu o desenvolvimento dos países ricos na prática? R:Estes países cresceram com base no que Alexander Hamilton [1789-1795], primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos [que estabeleceu os alicerces do capitalismo norte-americano], defendeu como o argumento da indústria nascente. Do mesmo jeito que mandamos nossas crianças para a escola ao invés do trabalho quando são pequenas, e as protegemos elas crescerem, os Governos de economias emergentes têm que proteger suas indústrias até que elas cresçam e possam competir com as indústrias de países ricos. Praticamente todos os países ricos, começando pela Inglaterra no século XVIII, Estados Unidos e Alemanha, no século XIX, Suécia no começo do século XX, além de Japão, Coreia do Sul e Taiwan…todos estes países se desenvolveram usando protecionismo, subsídios estatais, controle do investimento direto estrangeiro, e em alguns casos, até mesmo empresas estatais. P: Como esse passado dialoga com as medidas atuais de austeridade, que se tornaram fetiche em todo mundo como promessa de crescimento? R: A receita de austeridade usada na Grécia é a mesma tentada na América Latina, na África e em alguns países da Ásia nas décadas de 1980 e 1990, e que criou desastrosos resultados econômicos. Investir em política de austeridade é contraproducente. As pessoas que defendem esse tipo de política entendem que, quando você tem uma grande dívida pública, um jeito de reduzir essa dívida é cortar os gastos do Governo a fim de reduzir o déficit fiscal. Mas um jeito melhor de reduzir o déficit é fazer a economia crescer mais rápido. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha tinha uma dívida mais de 200% de seu PIB [Produto Interno Bruto], mas sua economia estava crescendo rápido. E depois de algumas décadas, isso deixou de ser um problema. Hoje, a Inglaterra tem tentado uma política de austeridade, mais amena que a da Grécia, é verdade, mas também sem sucesso em reduzir o déficit público proporcionalmente a renda nacional. Isso porque o PIB está crescendo muito lentamente. Se você corta os gastos, seu endividamento pode ficar um pouco menor, mas a renda precisa crescer. P: O país corre o risco de ficar estagnado? R: Exatamente. O que é incrível é que essa política vem sendo usada várias vezes, como no Brasil nas décadas de 1980 e 1990, e nunca funcionou. Albert Einsteinfalava que a definição de loucura é fazer a mesma coisa várias vezes e esperar resultados diferentes. O problema é que muitos economistas que defendem essas medidas, quando sua teoria não funciona, culpam a realidade. Como se a teoria nunca estivesse errada. P: Você é bastante crítico da desindustrialização dos países emergentes. Por que é tão ruim ser dependente das commodities? R: As pessoas têm que entender como é séria a redução da indústria de transformação no Brasil. Nos anos 80 e 90, no ponto mais alto da industrialização, esse setor representou 35% da produção nacional. Hoje não é nem 12% e está caindo. O Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história, em um período muito curto. O país tem que se preocupar. E eu não estou dizendo nada novo. Muitos economistas latino-americanos já levantavam

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USA x BRICS; uma pedra no meio do caminho da NWO.

Estávamos no caminho. Aí os rentistas se uniram aos USA. Em pouco tempo os BRICS se transformou em um novo centro de poder, preparando um comércio sem o papel pintado do dólar como referência, o que evidentemente não agradou os USA. Leiam: Em 1990, os países que compunham o BRICS – Brasil, Rússia, China e África do Sul – respondiam apenas por 25% da produção mundial. Em 2015 respondiam por 56%; representavam 85% da população mundial e controlavam 70% das reservas financeiras mundiais. Somente em 2015, os Brics contribuíram com US$ 2 trilhões ao PIB global, criando efetivamente outra Itália em um ano. Entenderam ou precisa desenhar?

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Fatos & Fotos – 26/12/2017

Um procurador da república que vem a público ofender o presidente da república – esse merece, aquele não deveria fazê-lo – insinuando, insinuando uma ova, é acusando mesmo, de haver concedido o indulto de natal visando a proteção futura dele mesmo se vier a ser condenado por corrupção, é a estampa cristalina da absoluta e amoral ausência de ética e compostura de alguns membros danosos do Ministério Público. É necessário e urgente que o Conselho Nacional do Ministério Público extirpe essa ervas daninhas. O sr.Dallagnol definitivamente trocou a judicatura pela ribalta de uma ópera bufa. Foto:Vladimir Platonow/ Agência Brasil Jingo Bell. O Brasil é um país de cabeça pra baixo. Juízes com apartamentos próprios recebendo auxílio moradia e trabalhadores com salários de fome pagando aluguel. Baixo, Rony pagando aluguel por um barraco com 10m², sem banheiro, em São Paulo. Foto Antonio Sacorza Henrique Fontana e o Maia do PT, esse, ex presidente da Câmara Federal, foram delatados pela Odebrecht, e até pelo operador da Gleisi. Porém a Gaveta do STFdoG, do MPF e da PGR são enormes. Enquanto isso o Lula tá solto e fazendo campanha. Dilma então, nem citada foi. E brasileiro ainda goza de argentino. Ouvindo na rádio um moralista a “budejar” contra a República das bundas. Ora bolas! Ou bundas. Me pergunto, na realidade fora eu um chato mais graduado, ligaria para a rádio e perguntaria ao indignado “bundólogo” como um país que foi abduzido durante décadas pelo “é o tchan” – minha nossa – foi a orgasmos múltiplos com Mamonas Assassinas, e cresceu com a banheira do Gugu, com a pedofilia da Meneghel, argh!, se transformou nessa calvinista sociedade de gente(?) que finge ser moralista para “de um tudo”? O Tim Tones – fazes falta Chico Anysio. Muita! – radiofônico pensa que engana a quem? Um espanto! Odebrecht confirma propinas de R$ 50 milhões a Aécio. Investigadores da PGR e da Polícia Federal encontraram novos indícios de que o senador Aécio Neves recebeu propina para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia; tema de inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a acusação contra o tucano foi relatada por ex-executivos da Odebrecht em acordos de colaboração premiada; de acordo com os executivos da Odebrecht, Aécio recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões); Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que demonstram depósitos para Aécio por meio de uma conta de offshore em Cingapura. Jingo Bell   Lembrei-me do que li, Stendhal, sobre resultados inversos no Congresso de Viena em 1814, quando foi firmada a “Santa Aliança”. Transpondo para o Bananil… Ao colocar o Alexandre “Copy Desk” Moraes no STF o MiShell conseguiu o impossível. Enterrou o Meirelles, blindou o Lula e ainda deu todas as armas para “esquerda” – é, vá lá que exista” – voltar ao poder “di cun força”. A Farsa Jato não entregou nem o Palocci, nem o Paulo Bernardo e nem a GEOBASE do filho do Lula. Tudo teatro. E bufo. Lula será condenado no TRF4, o STFdoG derrubará a inconstitucional prisão na 2ª instância, e por consequência, a inelegibilidade do Lula – aquele que diz se arrepender com a foto com o Maluf. Moro volta à matriz, e a República de Curitiba cada vez mais longe dos petistas.

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Fatos & Fotos – 24/12/2017

Idiotas manipulados no 3º Andar do Planalto Infelizmente, enquanto tivermos candidatos à presidência cujas únicas competências e ambições é compor alianças com quer que seja para se sentar naquela poltrona do terceiro andar do Palácio do Planalto, só teremos idiotas manipulados por espertalhões na presidência da república. Precisamos de um candidato que tenha aquele mínimo de inteligência para saber que precisa montar um grupo de candidatos ao parlamento competentes e honestos – suficientes para formar maioria – para concorrer junto com ele. 2018 é a eleição ideal para isso, pois serão renovados 2/3 do senado. Brasil e a Ditadura da Toga O Bananil é um país (sic) que tem um único poder: da Toga. Eles decidem como querem as leis, a Constituição, e quem deve ser preso ou solto independente de provas materiais. Essa degradação do “Estado Democrático de Direito”, começou com a Inconstitucionalíssima posse do facínora Sarney, transitou na nefasta e seletiva aplicação da absurda da “Teoria do Domínio Fato” no mensalão, e desembocou na Farsa Jato, onde a ausência de “Provas Materiais” é substituída pela inacreditável “Convicção”. Um país (sic) que vive uma ditadura da “Toga” é muito pior do que qualquer outra ditadura, porque tais estão travestidos de impolutos defensores da sociedade.  A imbecilidade não é privilégio dos analfabetos funcionais. Pretender chegar ao governo do Bananil, afirmando em patética e ilegal campanha antecipada, que “a redução da inflação é reflexo da miséria e não de ação do governo, e ainda afirmar que só se deve gastar menos do que se ganha”, é condescendência além do suportável que se pode conceder a um farsante doutorado. Qualquer comezinho idiota sabe disso. Henrique “Soros/Bank Boston’s boy” Meirelles é somente mais um néscio chafurdando na pocilga, que faz qualquer coisa pelo poder.   PSDB nasceu dentro da briga na quadrilha do PMDB por causa da má divisão de roubo. Rede nasceu dentro do consórcio Natura/Itau Novo nasceu, e já morreu, dentro dos banqueiros insatisfeitos. PT nasceu, via Golbery, para a direita ter um partido de “esquerda” pra chamar de seu. O mais é figuração. De quinta.

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O lucrativo negócio de empregar presos de graça ou pagando menos do que a lei determina

Segundo relatório, 75% dos detentos que trabalham recebem menos do que o valor previsto em lei Detento trabalha na fabricação de bolas de futebol em MG. DIVULGAÇÃO O Brasil tem milhares de presos trabalhando de graça para empresas e órgãos governamentais, que, por fora da lei, se beneficiam desta mão de obra vulnerável para baratear seus custos. Outras companhias pagam aos detentos um valor muito abaixo do que prevê a legislação. É um lucrativo e obscuro negócio que ocorre atrás das grades das penitenciárias do país que tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 726.712 detentos. As companhias dos setores público e privado firmam acordos com os Estados para explorar a mão de obra dos internos: o regime de trabalho dos presos não é regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e sim pela Lei de Execuções Penais, que prevê uma remuneração de ao menos três quartos do salário mínimo – ou seja, um piso de cerca de 702 reais. Mas para muitos encarcerados que trabalham, este valor, ainda que baixo, é um sonho. Outros não veem a cor do dinheiro. Dos 95.919 detentos que são empregados dentro do sistema penitenciário, 33% (ou 31.653 pessoas) não recebem nada, trabalham de graça. Além dos que trabalham sem remuneração dentro dos presídios, outros 39.326 detentos que estão empregados recebem valores abaixo dos 702 reais exigidos pela LEP. No total, 75% dos internos que exercem alguma atividade no cárcere recebem menos do que o exigido por lei. Os dados constam em um relatório do Ministério da Justiça intitulado Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, publicado no início de dezembro e feito com dados de 2016. Todos os presos que trabalham contam com o benefício da remição de pena por dias de atividade – cada três dias de trabalho abatem um dia no cumprimento da sentença. O artigo 29 da LEP diz que “o trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo”. Além disso, o empregador não precisa arcar com nenhum encargo trabalhista ao utilizar o serviços de um preso. Mas na prática, além do fato de existirem poucas oportunidades de trabalho no cárcere (apenas 15% dos detentos brasileiros trabalham), quando estas vagas existem, são predominantemente empregos remunerados de forma irregular até para os padrões dos anos de chumbo. Isso porque a LEP foi assinada em julho de 1984 pelo general João Figueiredo, no penúltimo ano de ditadura militar no país. Apesar de ser um direito, o trabalho no cárcere – visto como uma das principais ferramentas de ressocialização do preso – acaba sendo mais uma forma de exploração. Em São Paulo, Estado com a maior população carcerária do país (240.061 presos), a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) mantêm contratos com 631 empresas privadas e 55 órgãos públicos que utilizam mão de obra dos internos, segundo dados oficiais. No site da pasta, o programa Alocação de Mão de Obra é descrito como uma oportunidade para que “a empresa possa desenvolver seu plano de responsabilidade social (…) sem vínculo empregatício com o trabalhador que está em cumprimento de sua pena e, portanto, sem os encargos sociais”. No Estado, 27% dos detentos que trabalham não recebem remuneração alguma, e 53% recebem menos do que o valor estipulado em lei. Além disso, uma portaria da SAP estipula que quanto mais postos de trabalho uma empresa ofereça dentro do presídio, menor é a taxa administrativa paga para a Secretaria, em um negócio lucrativo para todos – menos para o detento. Questionada pela reportagem, a SAP de São Paulo afirmou que os presos prestam serviços nas áreas de “construção civil, têxtil, artesanato, fabricação de bens duráveis e não duráveis, alimentício e prestação de serviço”. Indagada, a pasta não comentou o descumprimento da LEP no Estado, tampouco forneceu a lista das empresas que utilizam mão de obra de detentos, e respondeu apenas que “discorda da metodologia de coleta de dados utilizada pelo Infopen na ocasião”. Parte dos contratos feitos entre detentos e empresas no Estado de São Paulo passam pela Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel, a Funap, ligada à SAP. A entidade faz uma triagem das companhias, para evitar, por exemplo, que elas despeçam funcionários que estão em liberdade para contratar detentos, além de garantir o pagamento previsto em lei. “Para o setor privado é interessante investir neste tipo de mão de obra, uma vez que economizam todos os encargos trabalhistas”, afirma Lucia Casali, diretora da Funap. Mas nem tudo é lucro para a empresa que opta por trabalhar com presos. “Dificilmente eles conseguem que o interno trabalhe oito horas por dia, tendo em vista que é preciso que ele saia da cela, vá até a oficina, retorne no almoço horário de almoço… Tudo isso leva tempo”, afirma Casali. Presos costuram uniforme escolar em Minas Gerais. Em algumas ocasiões, a Fundação chegou a acionar a Justiça para garantir que empresas conveniadas fizessem o pagamento correto do salário dos presos. A diretora da Funap afirma que todos os contratos irregulares apontados no estudo são feitos por fora da Fundação. “O ideal seria que os presos ganhassem um salário mínimo completo. Mas se todos ganhassem ao menos três quartos do mínimo já seria ótimo”, diz. A expectativa dela é que no máximo até 2019 a situação da exploração irregular de detentos seja sanado no Estado. A reportagem tentou contato com duas empresas que exploram o trabalho dos presos paulistas sem sucesso. No Distrito Federal a porcentagem de presos que trabalham de graça é de 100%. Procurada para comentar o descumprimento da lei, a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do DF informou que ” o levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, de 2016, está desatualizado no que se refere ao Distrito Federal”. Segundo a nota enviada, atualmente cinco internos e 132 internas do sistema prisional que cumprem penas em regime fechado exercem serviços remunerados”.   “O ideal seria que os presos ganhassem um salário mínimo completo. Mas se todos ganhassem ao menos três quartos do mínimo já seria ótimo” Procurado, o Ministério da Justiça informou que “recentemente lançou o Selo Nacional de

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