Até o final do ano será lançada a Veek, a primeira operadora móvel virtual do Brasil dedicada ao público jovem, especialmente aquele de classe C.
Celular: o controle do consumo, assim como o atendimento, acontecerá todo dentro de um aplicativo móvel para Android e iOS
Sua proposta é ser simples e objetiva, tendo tarifa única para o minuto de voz, independentemente da natureza da ligação (para móvel ou fixo, local ou de longa distância), assim como uma tarifa única por Megabyte trafegado e outra por SMS enviado. Não haverá serviços de valor adicionado (SVAs).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
“Somos um ‘pipe’ eficiente, honesto e sincero. Gosto de dizer que não somos uma operadora, mas uma comunicação móvel, um serviço de conectividade”, diz Alberto Blanco, criador da Veek, em entrevista exclusiva para MOBILE TIME.
Só serão vendidos planos pré-pagos. O controle do consumo, assim como o atendimento, acontecerá todo dentro de um aplicativo móvel para Android e iOS.
Os valores das tarifas ainda não foram definidos, mas Blanco promete que será mais barato que as teles tradicionais porque sua estrutura é mais enxuta, proporcionando menores custos operacionais.
A Veek disponibilizará uma calculadora para as pessoas compararem os preços: basta informar quanto consumiu em minutos, Megabytes e mensagens de texto no último mês com a sua operadora e será calculado em seguida quanto seria gasto na Veek. “Em 80% das vezes será mais barato na Veek”, garante.
A meta da empresa é conquistar uma receita média por usuário de R$ 40 ao mês, diz o executivo.
Marketing multinível
Outra característica que distingue a Veek das demais operadoras é a adoção do modelo de marketing multinível. Os usuários que convidarem outros usuários serão remunerados por isso.
ada assinante tem um código identificador que deve ser informando pelos seus convidados quando estes se cadastrarem na Veek.
Cada novo assinante adquirido via web gera R$ 5 para o usuário que convidou.
Há também a possibilidade de se comprar um kit com dez SIMcards ao preço de R$ 100 e que podem ser revendidos a R$ 20 cada, gerando portanto um lucro de R$ 10 por cada assinante conquistado dessa forma.
Além disso, o “veeker”, como são chamados os usuários que promovem a operadora, receberá 2,5% do valor de cada recarga feita pelos seus convidados diretos, mais 1% de cada recarga feita pelos convidados dos seus convidados, e outro 1% no nível seguinte de convidados. A partir do quarto nível, ele não recebe mais nenhuma participação.
Blanco está conversando com influenciadores da Internet de diferentes comunidades para estimulá-los a virarem veekers.
A ideia é que eles divulguem seu código de identificação em seus canais online: sempre que o código for informado quando do cadastro de um novo usuário, o influenciador ganhará dinheiro.
Os veekers receberão um cartão de débito da Mastercard no qual será carregada toda a receita gerada dentro do sistema. É o “Veek Card”. Através do app, ele poderá também acompanhar a geração de receita através dos seus convidados.
Rede
A Veek usará a rede da TIM. Porém, seu contrato não é direto com a operadora, mas através da Surf Telecom, uma MVNE (mobile virtual network enabler).
A Surf Telecom, por sua vez, fornecerá o core da rede e o sistema de billing para a Veek e para outras operadoras virtuais no futuro. Na prática, para fins regulatórios, a Veek é uma operadora móvel virtual credenciada.
Experiência
Blanco tem larga experiência em marketing de telecomunicações. Ele foi o primeiro diretor de marketing da Oi, responsável pelo lançamento da marca da companhia, quase 15 anos atrás.
Depois, teve outros empreendimentos e atualmente é CEO da agência de marketing Riot, que vai cuidar da campanha de lançamento da própria Veek.
Fernando Paiva/Teletime