Educação e o boicote aos CIEPS do Brizola

Educação CIEPS Brizola Darcy RibeiroOs CIEPS planejados por Darcy Ribeiro e construídos por Leonel Brizola foram o melhor, o mais importante e a maior ação política educacional já intentada na ‘Terra Brasilis’.

Os dois homens públicos sabiam que a educação era a mais importante ferramenta para debelar os males crônicos que assolam a Taba dos Tupiniquins. Mas, e tem sempre um, o projeto foi boicotado e descontinuado por não ser do interesse dos que queriam, e, querem a manutenção desses males para o controle e manutenção do poder.

Darcy e Brizola, com seus erros e acertos, mais aqueles que esses, são sinônimos de educação pública de qualidade. Mas os donos do país não queriam mudanças, e a sociedade assistiu indiferente a destruição do projeto.

Quando de um debate entre candidatos a presidente da república, transmitido pela televisão, Fernando Henrique Cardoso, logo ele, perguntou ao Brizola: “você não acha os CIEPs uma obra muito cara?”
Brizola respondeu de bate-pronto: “caro meu amigo é a ignorância.”

José Mesquita – Editor
PS. Os CIEPs, idealizados por Darcy Ribeiro -, foram inspirados na obra de Anísio Teixeira, fato que o fundador da Universidade de Brasília, Darcy Ribeiro, não cansou de reconhecer de público.
José Mesquita – Editor


Projeto dos CIEPs foi descartado porque não interessa educar o povo
Roberto Nascimento/Tribuna da Imprensa

Sempre que é citado aqui no Blog da Tribuna o visionário governador Leonel Brizola, sente-se tristeza pela atual falta de amor pela Educação Básica, demonstrada pelos dirigentes e políticos que nos governam hoje. O projeto dos CIEPs foi literalmente abandonado.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]

O tripé Leonel Brizola, Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro protagonizou uma revolução em todos os sentidos, no conceito de Educação Sistêmica. O que é isso: em primeiro lugar, as instalações, o prédio arquitetônico, as salas de aula, a biblioteca, à área coberta para práticas esportivas.

Em segundo, o horário integral para as crianças poderem completar todas as fases do ensino, com atendimento médico e odontológico.

Era progressista demais para as cabeças conservadoras da elite dirigente do país. Elas pensaram: quando esses jovens estiverem formados, irão competir em igualdade com as nossas crianças preparadas para exercer o poder. Então, vamos detonar o projeto dos CIEPs. Foi exatamente o que aconteceu.

A consequência da falta de visão dos nossos governantes se processa nestes 2013, quando iremos importar trabalhadores europeus altamente qualificados e que estão desempregados em seus países por conta da tsunami econômica desencadeada em 2008. Não teria sido bem melhor que brasileiros ocupassem esses postos vagos por falta de mão de obra?

Agora vem o pior: Mesmo com o exemplo fático, real e cristalino, nada está sendo preparado para mudar a situação atual cujos reflexos se farão sentir talvez em 2020, 2030, sei lá. Ou não, bom dia Caetano.

Segregando o povo

O projeto dos CIEPS foi descartado porque não interessa educar o povo, preparando-o para a revolução tecnológica, mas sim deixá-lo hibernando em berço esplêndido, calmo, tranquilo, sem muitas exigências materiais e sociais e votando nos mesmos de quatro em quatro anos. Essa é a realidade atual.

Em relação aos estádios de futebol, trata-se de desperdício de dinheiro público. Os clubes é que deveriam se ocupar das arenas, como exemplo o estádio do Morumbi construído pelo São Paulo Futebol Clube.

Outra coisa, de que adianta espaços para 100 mil pessoas, se o máximo de uma partida não está passando de 50 mil torcedores?

Ao invés de arenas, à moda romana, para proporcionar espetáculos midiáticos de futebol e também musicais, fariam bem os governantes se espalhassem escolas de ensino básico e técnicas de norte a sul do Brasil. Contudo, isso não se traduz em votos, logo por que fazer?

Quanto à afirmação do presidente, governador de Minas e senador Itamar Franco, sobre a alma dele ficar do lado de fora da tribuna, demonstra a insatisfação do político mineiro com a inoperância da representação senatorial. Sabia ele, como sabem os outros, que o Senado, constituído pelos 81 membros pouco ou nada, pode fazer pelo povo.

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