Há pouco o Brasil perdeu a oportunidade de ter instalado no país um datacenter do Google. O projeto, que traria investimentos de US$ 150 milhões (cerca de R$ 300 milhões), acabou indo para o Chile.
Uma das razões para a perda de oportunidades como essa é o “apagão” que o país enfrenta com relação a leis para a inovação e a internet.
[ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Diferente de outros países latino-americanos que adotaram leis pró-inovação recentes, o Brasil ainda não cuidou da sua agenda para promover todo o potencial da internet. Há ao menos três leis essenciais para o país sair da idade analógica e se tornar atraente para iniciativas digitais.
A primeira é o Marco Civil da Internet, projeto de lei parado na Câmara dos Deputados desde o fim de 2012.
Ele é peça chave para garantir princípios essenciais para a rede no país, como liberdade de expressão, igualdade no tratamento de dados, privacidade e ampliação das iniciativas de governo aberto.
A segunda é a lei para proteger dados pessoais de usuários. Espera-se que o Brasil apresente uma solução equilibrada, que não apenas proteja a privacidade, mas impulsione novos serviços como a “computação em nuvem” e o “big data” (análise de grandes volumes de dados).
Por fim, a reforma dos direitos autorais, que será essencial para construir a economia do conhecimento durante os próximos anos.
A demora para lidar com esses temas é sinal de que a agenda microeconômica no país anda à deriva.
Muito se fez pela agenda macro nos últimos anos. Mas, sem pensar também na agenda micro, a competitividade do país vai se erodindo. Como acontece agora com relação à inovação na internet.
READER
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