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Dante Alighieri – Versos na tarde – 22/03/2013

Inferno – Canto I – Trecho Inicial Dante Alighieri ¹ No meio do caminho desta vida me vi perdido numa selva escura, solitário, sem sol e sem saída. Ah, como armar no ar uma figura desta selva selvagem, dura, forte, que, só de eu a pensar, me desfigura? É quase tão amargo como a morte; mas para expor o bem que encontrei, outros dados darei da minha sorte. Não me recordo ao certo como entrei, tomado de uma sonolência estranha, quando a vera vereda abandonei. Sei que cheguei ao pé de uma montanha, lá onde aquele vale se extinguia, que me deixara em solidão tamanha, e vi que o ombro do monte aparecia vestido já dos raios do planeta que a toda gente pela estrada guia. Então a angústia se calou, secreta, lá no lago do peito onde imergira a noite que tomou minha alma inquieta; e como náufrago, depois que aspira o ar, abraçado à areia, redivivo, vira-se ao mar e longamente mira, o meu ânimo, ainda fugitivo, voltou a contemplar aquele espaço que nunca ultrapassou um homem vivo. (…) Tradução: Augusto de Campos ¹ Dante Alighieri * Florença, Itália – 1 de junho de 1265 d.C + Ravena, Itália – 14 de setembro de 1321 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Brasil vive momento de “apagão” para leis de internet

Há pouco o Brasil perdeu a oportunidade de ter instalado no país um datacenter do Google. O projeto, que traria investimentos de US$ 150 milhões (cerca de R$ 300 milhões), acabou indo para o Chile. Uma das razões para a perda de oportunidades como essa é o “apagão” que o país enfrenta com relação a leis para a inovação e a internet. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Diferente de outros países latino-americanos que adotaram leis pró-inovação recentes, o Brasil ainda não cuidou da sua agenda para promover todo o potencial da internet. Há ao menos três leis essenciais para o país sair da idade analógica e se tornar atraente para iniciativas digitais. A primeira é o Marco Civil da Internet, projeto de lei parado na Câmara dos Deputados desde o fim de 2012. Ele é peça chave para garantir princípios essenciais para a rede no país, como liberdade de expressão, igualdade no tratamento de dados, privacidade e ampliação das iniciativas de governo aberto. A segunda é a lei para proteger dados pessoais de usuários. Espera-se que o Brasil apresente uma solução equilibrada, que não apenas proteja a privacidade, mas impulsione novos serviços como a “computação em nuvem” e o “big data” (análise de grandes volumes de dados). Por fim, a reforma dos direitos autorais, que será essencial para construir a economia do conhecimento durante os próximos anos. A demora para lidar com esses temas é sinal de que a agenda microeconômica no país anda à deriva. Muito se fez pela agenda macro nos últimos anos. Mas, sem pensar também na agenda micro, a competitividade do país vai se erodindo. Como acontece agora com relação à inovação na internet. READER JÁ ERA Snapchat reinando sozinho em aplicativos para envio de fotos que se autodestroem JÁ É Poke, competidor do Snapchat criado pelo Facebook para enviar fotos privadas JÁ VEM MyWickr.com: manda fotos criptografadas com tecnologia militar, que se autodestroem Ronaldo Lemos é diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV e do Creative Commons no Brasil. É professor titular e coordenador da área de Propriedade Intelectual da Escola de Direito da FGV-RJ. Foi professor visitante da Universidade de Princeton. Mestre em direito por Harvard e doutor em direito pela USP, é autor de livros como “Tecnobrega: o Pará Reiventando o Negócio da Música” (Aeroplano). Escreve às segundas na versão impressa de “Ilustrada”. Folha de S.Paulo

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