Boa noite
Pensamentos noturnos
Goethe
Tão belas na rútila luz soberana,
Guia do navegante aflito, sem norte
(E sem recompensa, divina ou humana),
– Tenho dó de vocês, estrelas sem sorte,
Sem jamais amar e sem saber do amor!
Tangendo, incansáveis, as horas eternas
Na ronda do tempo das vastas esferas,
Vocês vão cumprindo percursos sem conta.
Mas eu, se nos braços dela permaneço,
Da noite que passa – e de vocês – me esqueço.