Uma análise sobre os números da ciclovia que desabou no Rio de Janeiro, deixando dois mortos, revela os critérios de prioridade nos gastos públicos.
Foto JB
Enquanto o povo sofre com um transporte público sofrível, a Prefeitura gastou R$ 45 milhões nesta obra, valor que seria suficiente para pagar um ano de salário para 3.750 trabalhadores, com vencimento de R$ 1.200 por mês.
Com este dinheiro, este trabalhador poderia dar moradia e comida à sua família.
Mas a opção deles foi construir uma ciclovia para a elite, que atravessa a chique orla da Zona Sul onde estão os bairros mais caros do Rio.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
Considerando que uma boa bicicleta hoje está na faixa de R$ 500 a R$ 1 mil, não seria o trabalhador que poderia comprá-la e usufruir dos quilômetros à beira-mar.
Como se não bastasse, esta ciclovia da elite, além de não servir para o povo, “mata” e desmoraliza ainda mais a imagem do Rio no exterior.
Foi uma obra estética e de “embelezamento”, como se o povo pudesse se alimentar disso…
Enquanto a crise social explode no Brasil, ainda surge um secretário de Governo com suas mentiras, tentando inventar desculpas e escondendo os verdadeiros responsáveis: o poder público e a ganância corrupta desse segmento de empreiteiros no poder privado.