O Martin Mars¹
O hidroavião Martin MARS tem 70 anos de história, desde os tempos do celebrado transporte transpacífico pela PanAm. Hoje propriedade da Coulson Flying Tankers, o “Hawaii MARS” é, provavelmente, a aeronave de maior flexibilidade para servir como avião-bombeiro no combate a incêndios. Nos voos “bate-volta” o MARS é imbatível, principalmente quando o combate às chamas ocorre próximo à água, já que o avião pode lançar uma nova carga a cada 15 minutos.
Sua tripulação é composta por quatro pessoas: um comandante, um primeiro-oficial e dois engenheiros de voo. A parte mais intensa na gestão dos tripulantes é a coleta da água, com o comandante executando um pouso típico, permitindo uma queda de velocidade de até 70 nós. O engenheiro de vôo passa a se encarregar da potência dos motores, selecionando a posição “em baixo” das calhas de captação de água.
A pressão de impacto para a injeção de água nos tanques que o aerobote a ingere ocorre a mais de uma tonelada por segundo. Para compensar este aumento de peso – quase instantâneo – o engenheiro de voo avança as manetes para ficar entre 60 e 70 nós, mantendo o MARS sobre o “degrau”. O tempo total para encher os tanques de água é de 25 segundos, em média.
Quando os tanques estão cheios, as calhas são novamente retraídas e o aerobote faz uma decolagem normal com carga total. Uma vez no ar, o concentrado de espuma é injetado nos tanques (normalmente 30 galões de concentrado para 7200 galões dos tanques) onde é dispersado, permanecendo inerte até o lançamento da carga.
Quando ocorre o lançamento a ação provoca a expansão, convertendo a água em uma carga de espuma. Este processo se repete a cada lançamento. Em outras palavras, este trabalho de equipe se repete, em média, a cada 15 minutos por aeronave.