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Aviões – O Bombeiro Martin Mars

O Martin Mars¹ O hidroavião Martin MARS tem 70 anos de história, desde os tempos do celebrado transporte transpacífico pela PanAm. Hoje propriedade da Coulson Flying Tankers, o “Hawaii MARS” é, provavelmente, a aeronave de maior flexibilidade para servir como avião-bombeiro no combate a incêndios. Nos voos “bate-volta” o MARS é imbatível, principalmente quando o combate às chamas ocorre próximo à água, já que o avião pode lançar uma nova carga a cada 15 minutos. Sua tripulação é composta por quatro pessoas: um comandante, um primeiro-oficial e dois engenheiros de voo. A parte mais intensa na gestão dos tripulantes é a coleta da água, com o comandante executando um pouso típico, permitindo uma queda de velocidade de até 70 nós. O engenheiro de vôo passa a se encarregar da potência dos motores, selecionando a posição “em baixo” das calhas de captação de água. A pressão de impacto para a injeção de água nos tanques que o aerobote a ingere ocorre a mais de uma tonelada por segundo. Para compensar este aumento de peso – quase instantâneo – o engenheiro de voo avança as manetes para ficar entre 60 e 70 nós, mantendo o MARS sobre o “degrau”. O tempo total para encher os tanques de água é de 25 segundos, em média. Quando os tanques estão cheios, as calhas são novamente retraídas e o aerobote faz uma decolagem normal com carga total. Uma vez no ar, o concentrado de espuma é injetado nos tanques (normalmente 30 galões de concentrado para 7200 galões dos tanques) onde é dispersado, permanecendo inerte até o lançamento da carga. Quando ocorre o lançamento a ação provoca a expansão, convertendo a água em uma carga de espuma. Este processo se repete a cada lançamento. Em outras palavras, este trabalho de equipe se repete, em média, a cada 15 minutos por aeronave.

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Crise de opioides e a ausência de salas de injeção nos EUA

Epidemia de grupo de drogas que inclui heroína provocou cerca de 50 mil mortes nos Estados Unidos em 2016. Apesar de bons exemplos internacionais, país hesita em estabelecer locais de injeção supervisionada. No Canadá, existe a única sala de injeções assistidas na América do Norte “Silêncio – Sala íntima”, lê-se numa placa de um hospital em Maryland. “Eu não queria ir até lá, porque sabia para que servia aquele quarto”, lembra-se Toni Torsch. Mas, finalmente, ela teve que ir e enfrentar o que os médicos tinham para dizer. Foi em 3 de dezembro de 2010, o dia em que seu filho Daniel morreu de uma overdose acidental de heroína. Ele tinha 24 anos e era dependente de opioides [drogas com efeitos semelhantes à morfina], um vício que havia desenvolvido sete anos antes. Um médico lhe prescrevera o analgésico oxicodona para ajudar a aliviar a dor de uma lesão ocorrida quando jogava futebol. Foi quando começou o que ele chamava de “problema de pílulas”. Depois do tratamento, ele continuou comprando o medicamento nas ruas ou na escola. Mais tarde, ele recorreu à heroína, que era mais barata e mais fácil de encontrar. “Para ele, era vergonhoso e constrangedor”, disse Torsch à DW. “Ele não queria que ninguém soubesse.” Ao longo dos anos, contou a mãe, ele tentou superar o vício várias vezes seriamente – mas não conseguiu acalmar a “fera”, como ele chamava a sua dependência de opioides. Poupando vidas e dinheiro Histórias como a de Daniel tornaram-se muito comuns nos EUA, onde uma epidemia de opioides está devastando famílias e municípios. No ano passado, por volta de 50 mil pessoas morreram por overdose de opioides, incluindo a heroína e o ainda mais forte fentanyl, segundo dados oficiais preliminares. Isso corresponde a um número dez vezes maior que em 2000. Daniel Torsch, ao lado da mãe, Toni, morreu de overdose de opioides aos 24 anos Diante desta epidemia, o presidente Donald Trump declarou nesta quinta-feira (26/10) a crise de opioides como emergência de saúde pública. A medida facilita que recursos governamentais sejam redirecionados para combater esse problema. “Essa epidemia é uma emergência de saúde pública nacional. Como americanos, não podemos permitir que isso continue”, disse Trump, durante um discurso na Casa Branca. O presidente afirmou ainda que a crise não está poupando nenhuma parte dos EUA. O país está procurando maneiras de reduzir as mortes por abuso de drogas e ajudar as pessoas a sair do seu vício. Uma ideia que está sendo discutida de forma controversa é o estabelecimento de salas para injeção supervisionada ou SIFs (Safe Injection Facilities). Esses são espaços onde os viciados em opioides podem usar drogas que adquiriram em outros lugares, sem medo de perseguição legal. Isso ajuda a evitar mortes por overdose, pois há uma equipe médica no local para intervir em caso de emergência. Críticos dizem que as SIFs iriam basicamente legalizar, tolerar e até mesmo incentivar o uso de heroína. Em outros países, principalmente na Europa, tais salas já existem há muito tempo. A primeira foi aberta em Berna, na Suíça, em 1986. Nos EUA, apesar do aumento das mortes por overdose, não existe nenhuma. “Isso tem que acontecer”, disse Torsch, falando a favor das SIFs. “Eu não quero lutar para que as pessoas consumam mais heroína. Eu só quero lutar para salvar vidas.” Após a morte de seu filho, ela e sua família criaram uma fundação que ajuda famílias afetadas pelo vício de opioides na região de Baltimore, Maryland. Aqui, dois estudos deram um argumento forte para o estabelecimento das SIFs na cidade. Um deles estima que uma única sala poderia evitar seis mortes por overdose a cada ano. Além disso, os autores da pesquisa afirmam que as SIFs poderiam gerar 6 milhões de dólares anuais – porque, por exemplo, reduziriam o número de chamadas de ambulâncias e as visitas de emergência. Insite, em Vancouver, disponibiliza cabines onde usuários podem aplicar droga adquirida externamente Essas estimativas são baseadas em dados da Insite em Vancouver, Canadá – que é até agora a única sala de injeção supervisionada na América do Norte. Com mais de 3,6 milhões de injeções desde que abriu em 2003, o projeto canadense não registrou uma só morte por overdose desde então. Em Maryland, assim como nos EUA como um todo, o tema é controverso. No início deste ano, um deputado na Assembleia Legislativa do estado do leste americano apresentou um projeto de lei que abriria o caminho para o estabelecimento de SIFs em Baltimore. Não foi aprovado. Na época, o governador Larry Hogan chamou a proposta de “absolutamente insana” e “idiota”. Seu gabinete não respondeu a um pedido da DW, perguntando por que ele se opôs às SIFs. “Nenhuma varinha mágica” Em outras cidades, como Nova York e São Francisco, também há debates sobre a abertura ou não de SIFs. Na região de Seattle, os legisladores já concordaram em estabelecer duas salas piloto, mas até agora nenhuma abriu. Muitas cidades da região, no entanto, até proibiram SIFs em seu território. Um grupo chamado I-27 tem feito campanhas para eliminar a ideias das salas como um todo e, em vez disso, se concentrar no tratamento tradicional. Na semana passada, um juiz derrubou os planos da iniciativa para que as pessoas decidissem sobre o assunto. O líder do grupo, Joshua Freed, afirmou que ele e seus companheiros iriam continuar lutando contra as SIFs. “Acho que, em vez de continuar permitindo o uso, uma sociedade atenciosa diz: ‘vamos encontrar um lugar onde você possa ser ajudado’”, defendeu. Para Torsch, uma SIF seria exatamente esse tipo de lugar. “Não vai ser uma varinha mágica. Mas se trata de mais um espaço, de mais uma oportunidade para pessoas com essa doença”, afirmou. “Temos a esperança de que possamos ajudar outras famílias a evitar a dor com que convivemos.” Deutsche Welle

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Facebook e páginas pagas

Facebook estuda mostrar só o conteúdo das páginas que pagarem Rede social cogita criar um mural para os contatos e outro para o conteúdo das páginas O Facebook acha isso normal. No Vale do Silício, qualquer experimento é por tentativa e erro. Testar, ver reações e tomar decisões a partir dos dados. Entre os editores dos meios de comunicação, a mais nova ideia da rede social está causando um grande reboliço. Os usuários do Sri Lanka, Bolívia, Eslováquia, Sérvia, Guatemala e Camboja já deixaram de ver em suas capas o conteúdo compartilhado por páginas, a modalidade usada pelos meios de comunicação para difundir seus links noticiosos. Aparecem apenas as postagens dos seus contatos. Desse modo, o conteúdo das páginas só se mistura com o dos perfis pessoais se o interessado pagar. Até agora o Facebook intercalava ambos, embora dê um maior impulso para quem investe em publicidade segmentada, buscando perfis específicos. Adam Mosseri, responsável pelo News Feed, a zona de conteúdo onde aparecem tanto as notícias como os conteúdos dos usuários, enviou uma mensagem acalmando os ânimos: “Sempre escutamos a nossa comunidade com a intenção de melhorar. As pessoas nos dizem que gostariam de ver de maneira mais simples o que seus familiares e amigos compartilham. Assim, estamos testando um espaço dedicado à família e amigos e outro, à parte, chamado Explore, para as mensagens das páginas. A finalidade destes testes é entender se as pessoas preferem um espaço separado. Vamos escutar o que dizem para ver se iremos adiante. Não há um plano para ir além disso nesses países ou para cobrar das páginas para ter mais visibilidade na capa ou no Explore. Infelizmente, muitos, erroneamente, interpretaram mal. Mas não é essa a nossa intenção”. Os editores dos países afetados foram os primeiros a dispararem o alarme. O Facebook, junto com as visitas geradas pelos buscadores, é a principal fonte de tráfego para os meios de comunicação no mundo todo. Uma redução tão drástica nas visitas põe em xeque parte do modelo de negócio dos veículos na Internet. Só na Eslováquia, 60 sites noticiosos viram seu tráfego cair em até um terço. Filip Struhárik, editor do Denník N, um jornal de Bratislava, compartilhou a situação em seu blog: “A maior queda de alcance orgânico que já experimentamos”. A medida, que surpreendeu os editores dos veículos de comunicação, já era cogitada havia mais de um ano por parte da rede social. Por Rosa Jimenez Cano

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