Andréa Mota – Versos na tarde – 17/01/2013

A chuva
Andréa Motta

Ouviste a chuva me perguntas
com alegria infantil
respondo-te singelamente
não só a ouvi, também a vi.

Porque estava frio,
em meu corpo
não a senti.

Mas, na música da chuvarada
os córregos que estavam por um fio,
em plena madrugada,
tornaram-se caudalosos e silenciosos rios.

Não resta dúvida, em território lasso,
o profuso pranto
de tratos, traços e encantos,
explodiu em fulgor plural.

E aos poetas
se não trouxe a rima
nem a cadência
trouxe a divina inspiração.


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