O Google apresentou nesta terça-feira sua mais nova estratégia para conter o avanço do Facebook no mundo virtual, o Google+.
O serviço – que não é descrito pela empresa como uma rede social – propõe uma nova maneira de compartilhamento de conteúdo a partir de ferramentas (algumas delas já existentes) do Google.
Seu lançamento, contudo, não mata o princípio – e uso – do Orkut. A rede social de maior popularidade no país se mantém ativa.
Sem previsão de lançamento oficial, o serviço está em fase de testes.
Por ora, apenas funcionários e profissionais convidados pelo próprio Google terão acesso a ele.
Para os demais, será preciso disputar (a tapas, virtualmente) raros convites, uma velha tática do Google.
Segundo a empresa, a expectativa é que, em 90 dias, o felizardo brasileiro que conseguir uma senha tenha acesso ao serviço.
Na prática, o Google+ é uma página pessoal (confira a imagem abaixo) a partir da qual o usuário poderá compartilhar informações com pequenos ou grandes grupos – chamados de círculos –, sem a necessidade de troca com o público em geral.
É possível, então, formar círculos, de amigos mais próximos, familiares, colegas de trabalho, antigos amigos de colégio, conhecidos e assim por diante.
“Cada conversa on-line (com mais de cem contatos) é uma exposição pública”, diz nota do Google, ao mesmo tempo apresentando o novo produto e cutucando o Facebook. “Por isso (com círculos restritos de contatos), compartilhamos com menos medo dos holofotes.”
O recurso se assemelha a uma ferramenta já disponível, mas pouco usada, no Facebook: o Grupo.
E aí está a grande aposta do Google: diferenciar-se da rede de Mark Zuckerberg ao salientar o respeito pela privacidade do usuário.
A partir de agora, prega o Google+, o usuário só exibirá quem é e o que faz a contatos escolhidos a dedo.
Entre as funcionalidades inéditas do serviço, destaca-se a função Sparks, pela qual o sistema apresentará vídeos, texto, fotos e demais conteúdos a partir das preferências apontadas pelo usuário.
A origem desses conteúdos: a produção de conteúdos de outros usuários.
Na prática, é uma seção de sugestões customizada.
Outro recurso apresentado é o Hangouts, que tem o objetivo de permitir chats em vídeo.
Para usá-lo, o usuário só precisa abrir uma sala de conversa e avisar o grupo que está on-line.
A iniciativa do Google eleva o mecanismo de buscas a um novo patamar: chegou a hora da busca social.
Antes hierarquizados de acordo com o algoritmo do Google, os resultados de pesquisas passarão, a partir de agora, a receber influência do compartilhamento proveniente do Google+: quanto mais compartilhado um conteúdo, maior sua relevância nas buscas.
O botão +1, lançado recentemente, será o motor do negócio.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]
Com ele, a exemplo do “Curtir“, do Facebook, os usuários podem marcar vídeos, textos, fotos etc. que mais gostam, recomendando-os a outros usuários – basta um clique.
A novidade, já presente nos blogs de VEJA, permite também saber o número total de leitores que gostaram de um conteúdo.
Segundo o Google, o novo projeto não sepultará o Orkut.
A rede de maior popularidade no país permanecerá com atualizações semanais e não há nenhum planejamento de migração de todo o conteúdo para o Google+.
Rafael Seabra/Veja
Confira o vídeo do novo projeto da empresa –>>aqui