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Pablo Neruda – Versos na tarde

Nada mais Pablo Neruda ¹ Na verdade fui solidário: Ao instaurar a luz na terra. Quis ser como o pão: A luta não me encontrou ausente. Porém, aqui estou com o que amo, Com a solidão que perdi: Junto a esta pedra não repouso. Trabalha o mar no meu silêncio. ¹ Neftalí Ricardo Reyes * Parral, Chile – 12 de Julho de 1904 d.C + Santiago, Chile – 23 de Setembro de 1973 d.C Prêmio Nobel de Literatura em 1971 ->> mais Neruda no blog [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Hacker é outra coisa

Hacker mesmo é outra coisa Mal entrou no cenário mundial, ganhando manchetes e derrubando sites, e a turma do LulzSec já está pedindo o chapéu. Nada como as primeiras prisões para enquadrar os meninos. Eles por certo chamaram a atenção para a fragilidade de um bom conjunto de sites corporativos. Mas, no fim, sobra pouco de suas ações. Coisa de meninos, mesmo, que querem aparecer. Se por vezes parece estar ali algum lustre político, é só ilusão. Hacker de verdade é muito diferente. Ainda são muitos os programadores de boa cepa que se ressentem do uso que nós jornalistas fazemos da palavra “hacker”. Na origem, o hacker não é bom ou mau. Ele é só excepcional, hábil como poucos na lida com o digital. Os primeiros hackers eram acadêmicos, cientistas da computação. Não é só a habilidade que os distinguia. Seguiam também um credo que nasceu do método científico e da contracultura. A informação quer ser livre. Deve ser livre. Dividiam informação. Trocavam macetes. E, com uma certa arrogância, invadiam os computadores onde a informação que buscavam estava protegida. Consideravam que ninguém tinha o direito de proteger informação útil à comunidade de programadores. Mais que busca por fama ou fortuna, curiosidade os movia. Aqueles que, ainda hoje, se identificam com aqueles hackers míticos dos anos 1970 e 80, preferem chamar a trupe do LulzSec de crackers. É um ideal romântico, mas a língua não lhes pertence e o termo já caiu no uso geral.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Hacker é o sujeito muito hábil com computadores mas é, também, aquele que derruba ou invade sistemas – por diversão, crime ou ideologia política. Por seus feitos, o LulzSec não se destaca em nenhum dos grupos. Em 1981, o grupo alemão Chaos Computer Club (CCC) invadiu o sistema eletrônico de um banco e fez uma transferência eletrônica de 134.000 marcos para sua conta bancária sem que ninguém percebesse. No dia seguinte, convocou a imprensa, devolveu o dinheiro publicamente e relatou como tudo foi feito. É assim que os profissionais apontam falhas de segurança e ainda se divertem. Em janeiro de 1987, um grupo hacker derrubou metade do sistema telefônico dos EUA. Apenas um ano depois, o jovem Robert Morris, aluno da Universidade de Cornell, escreveu um vírus que tornou a internet tão lenta que o sistema ficou inviável por mais de uma semana. Levou a internet nascente ao chão. (Morris fez tudo sem querer, mas certamente que o seu foi um ataque memorável.) Na história dos hackers há perseguições como as de cinema. De um lado, Kevin Mitnick. Para ele, a um tempo pareceu, não havia sistema que não fosse capaz de invadir. Do outro, Tsutomu Shimomura, o filho de um Prêmio Nobel que rastreou o celular de Mitnick para ajudar o FBI a prendê-lo. O grupo texano Cult of the Dead Cow é símbolo dos hackers políticos. Puxados por seu porta-voz, Oxblood Ruffin, passaram as últimas duas décadas promovendo o acesso à internet em ditaduras. Nessa toada, escreveram muitos programas para que dissidentes políticos pudessem trocar informação sem o risco de serem localizados ou para que gente comum quebrasse as barreiras para entrar na rede sem restrições. Não são o único exemplo. Em 2008, os senhores do CCC acessaram os bancos de dados do governo alemão, de lá tiraram as impressões digitais de um ministro e as distribuíram impressas em filmes que qualquer um poderia usar para burlar leitores eletrônicos de digitais. Era um protesto contra o que consideravam quebra de privacidade no uso de dados biométricos nos novos passaportes. Os bons hackers políticos têm causas específicas e usam seus talentos – legal ou ilegalmente – para intervir no processo político. No ano passado, hackers espiões de algum governo escreveram um vírus que levou ao chão os computadores da usina nuclear de Bushehr, no Irã. Talvez Israel, talvez EUA. Ninguém sabe ao certo, mas este é talvez o vírus mais sofisticado e de uso mais específico jamais escrito. Há grandes hackers e há o resto, os aprendizes. O LulzSec, que agora se aposenta, não dá para o gasto. Pedro Doria/O Globo

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Google+ é arma para enfrentar o FaceBook

O Google apresentou nesta terça-feira sua mais nova estratégia para conter o avanço do Facebook no mundo virtual, o Google+. O serviço – que não é descrito pela empresa como uma rede social – propõe uma nova maneira de compartilhamento de conteúdo a partir de ferramentas (algumas delas já existentes) do Google. Seu lançamento, contudo, não mata o princípio – e uso – do Orkut. A rede social de maior popularidade no país se mantém ativa. Sem previsão de lançamento oficial, o serviço está em fase de testes. Por ora, apenas funcionários e profissionais convidados pelo próprio Google terão acesso a ele. Para os demais, será preciso disputar (a tapas, virtualmente) raros convites, uma velha tática do Google. Segundo a empresa, a expectativa é que, em 90 dias, o felizardo brasileiro que conseguir uma senha tenha acesso ao serviço. Na prática, o Google+ é uma página pessoal (confira a imagem abaixo) a partir da qual o usuário poderá compartilhar informações com pequenos ou grandes grupos – chamados de círculos –, sem a necessidade de troca com o público em geral. É possível, então, formar círculos, de amigos mais próximos, familiares, colegas de trabalho, antigos amigos de colégio, conhecidos e assim por diante. “Cada conversa on-line (com mais de cem contatos) é uma exposição pública”, diz nota do Google, ao mesmo tempo apresentando o novo produto e cutucando o Facebook. “Por isso (com círculos restritos de contatos), compartilhamos com menos medo dos holofotes.” O recurso se assemelha a uma ferramenta já disponível, mas pouco usada, no Facebook: o Grupo. E aí está a grande aposta do Google: diferenciar-se da rede de Mark Zuckerberg ao salientar o respeito pela privacidade do usuário. A partir de agora, prega o Google+, o usuário só exibirá quem é e o que faz a contatos escolhidos a dedo. Entre as funcionalidades inéditas do serviço, destaca-se a função Sparks, pela qual o sistema apresentará vídeos, texto, fotos e demais conteúdos a partir das preferências apontadas pelo usuário. A origem desses conteúdos: a produção de conteúdos de outros usuários. Na prática, é uma seção de sugestões customizada. Outro recurso apresentado é o Hangouts, que tem o objetivo de permitir chats em vídeo. Para usá-lo, o usuário só precisa abrir uma sala de conversa e avisar o grupo que está on-line. A iniciativa do Google eleva o mecanismo de buscas a um novo patamar: chegou a hora da busca social. Antes hierarquizados de acordo com o algoritmo do Google, os resultados de pesquisas passarão, a partir de agora, a receber influência do compartilhamento proveniente do Google+: quanto mais compartilhado um conteúdo, maior sua relevância nas buscas. O botão +1, lançado recentemente, será o motor do negócio.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Com ele, a exemplo do “Curtir“, do Facebook, os usuários podem marcar vídeos, textos, fotos etc. que mais gostam, recomendando-os a outros usuários – basta um clique. A novidade, já presente nos blogs de VEJA, permite também saber o número total de leitores que gostaram de um conteúdo. Segundo o Google, o novo projeto não sepultará o Orkut. A rede de maior popularidade no país permanecerá com atualizações semanais e não há nenhum planejamento de migração de todo o conteúdo para o Google+. Rafael Seabra/Veja Confira o vídeo do novo projeto da empresa –>>aqui

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