Sarney: sobrinha no Maranhão e cargo em Brasília

Brasil: da série “Só dói quando eu rio”!

Meninos e meninas, a corja não está pra brincadeiras. Agora a panacéia explicativa das tramóias é a existência de “atos secretos” no senado. Uáu! Estaremos assistindo a KGB rediviva no parlamento brasileiro? Como diz Zé Bêdêu – o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira em Fortaleza – ‘diabeisso’?

Pagamentos retroativos por serviços fictícios, faltam investigar horas extras fictícias, gratificações por função fictícia, 14º e 15º ilegais para ‘acompanhar’ as remunerações extras dos senadores, os “inocentes” que não sabem de nada,  serviços ‘especiais’ na gráfica, ‘boquinhas’ de servidores nos gabinetes etc,etc.

Um levantamento preliminar indica a existência de mais de 500 atos secretos da Casa que foram usados para nomear parentes, amigos, criar cargos, aumentar salários e até mesmo liberar hora extra sem limite para os servidores.

Por muiiiiito menos disso cassaram o marajá das Alagoas. O qual, com a cegueira costumeira, os eleitores da “Terra dos Marechais” o empoleiraram em uma sinecura de Senador. Argh!

Cadeia para todos os agacieis e cassação de mandatos para os Senadores envolvidos.

O editor

Ato secreto deu cargo no Senado a sobrinha de Sarney

Apesar dos 1.079 quilômetros que separam sua casa de Brasília, ela foi contratada para vaga de confiança

Os boletins secretos que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirma desconhecer foram utilizados em maio de 2003 para nomear sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges para um cargo na Casa. Apesar de morar em Campo Grande (MS), a 1.079 quilômetros de Brasília, ela foi contratada para exercer o cargo de confiança de assistente parlamentar, com salário de R$ 4,6 mil, originalmente na presidência do Senado. Sarney exercia, na ocasião, seu segundo mandato como presidente da Casa. Vera está na folha de pagamento do Senado até hoje.

Assinada pelo então diretor-geral Agaciel Maia, a primeira nomeação de Vera foi publicada, às claras, no dia 24 de março de 2003, mas ela não tomou posse. Um mês e meio depois, porém, Agaciel assinou duas outras medidas, mas com caráter de sigilo. Uma delas, só agora divulgada, tratava da nomeação da sobrinha do presidente do Senado.

Procurada ontem, a assessoria de Sarney confirmou o parentesco, a nomeação e informou que, na verdade, Vera dá expediente no escritório político do senador Delcídio Amaral (PT-MS), em Campo Grande. De acordo com os assessores de Sarney, ela é funcionária de carreira do Ministério da Agricultura e está “cedida” ao Senado, lotada na assessoria do parlamentar petista. No entanto, o Estado telefonou ontem para o escritório de Delcídio em Campo Grande e, lá, funcionários disseram – em entrevista gravada – não conhecer nenhuma Vera Macieira.

O Estado de São Paulo – por Rosa Costa, Rodrigo Rangel e Leandro Colon

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