Um soneto
Anderson Christofoletti ¹
Superficial frágil obscuro
Teu tempestuoso céu fustigante!…
Fulgura serpentes de ódio puro
Envenena a seiva num raro instante…
Antes bruta é agora elaborada…
Néctar que desliza no fio da espada,
Magia — alquimia — deveras sagrada
Da vida bendita e dita lograda
Despida do mal, a noite então canta,
Encanta com sua poética lua
Fulgurando altiva e somente sua.
Noite, que acolhe a todos com sua manta.
Faz dormir a lírica de louvor
E desperta o ódio para o amor.
¹ Anderson Christofoletti
* São Paulo,SP – 19 de Abril de 1976 d.C
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