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Else Lasker-Schüler – Poesia – 08/01/24

Boa noite Umas canção Else Lasker-Schüler ¹ Por detrás dos meus olhos há águas Tenho de as chorar todas. Tenho sempre um desejo de me elevar voando, E de partir com as aves migratórias. Respirar cores com os ventos Nos grandes ares. Oh, como estou triste… O rosto da lua bem o sabe. Por isso, à minha volta há muita devoção aveludada E madrugada a aproximar-se. Quando as minhas asas se quebraram Contra o teu coração de pedra, Caíram os melros, como rosas de luto, Dos altos arbustos azuis. Todo o chilreio reprimido Quer jubilar de novo E eu tenho um desejo de me elevar voando, E de partir com as aves migratórias. ¹ Else Lasker-Schüler * Elberfeld, Wuppertal, Alemanha – 1869 + Jerusalem, 1945 Foi uma figura enigmática e única, no contexto das primeiras décadas do século XX e da poesia alemã do chamado Expressionismo, onde claramente não cabe. Estranheza, exotismo, fantasia sem limites e alguma ponta de loucura poderão ajudar a dar perfil a uma mulher que, oriunda de uma família de judeus assimilados e marcada por dois casamentos breves, cedo escolhe um caminho que a levará a inventar mundos próprios, alimentados pelas visões de um ‘Oriente de Deus’ — judeu, árabe, egípcio, oriental sem mais — que não tem paralelo em nenhum outro poeta da época. Ao inventar mundos e a assumir máscaras várias: Jussuf (José), príncipe de Tebas, Tino, princesa de Bagdad, Robinson, o índio Jaguar Azul… A autobiografia que fornece em 1919 ao organizador da mais célebre antologia de poesia do Expressionismo (Menscheitsdämmerung/ Aurora da Humanidade, de Kurt Pinthus) é sintomática da indistinção entre lenda e vida que marcará a existência e a obra de Else Lasker-Schüler: “Nasci em Tebas (Egito), embora tenha visto a luz do mundo em Elberfeld, na Renânia. Fui à escola até aos onze anos, tornei-me Robinson, vivi cinco anos no Oriente, e desde então vegeto.”

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Senadores que divulgaram manifesta de apoiar golpe do 8 de janeiro de 2024

Guardem bem esses nominhos. Esses são os 30 senadoresinhos e senadorasinhas que assinaram um manifesto contra o ato “Democracia Inabalada” que repudia os atentados golpistas do 8 de janeiro e defende a nossa democracia. No mínimo esses 30 senadores deveriam renunciar o mandato já que foram eleitos num sistema democrático. Houve tentativa de golpe em 8 de janeiro, mas a elite permanece impune. – Rogério Marinho (PL-RN) – Ciro Nogueira (PP-PI) – Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – Carlos Portinho (PL-RJ) – Tereza Cristina (PP-MS) – Mecias de Jesus (Republicanos-RR) – Izalci Lucas (PSDB-DF) – Eduardo Girão (Novo-CE) – Alan Rick (União-AC) – Cleitinho (Republicanos-MG) – Damares Alves (Republicanos-DF) – Dr. Hiran (PP-RR) – Eduardo Gomes (PL-TO) – Esperidião Amin (PP-SC) – Hamilton Mourão (Republicanos-RS) – Jaime Bagattoli (PL-RO) – Jayme Campos (União-MT) – Jorge Seif (PL-SC) – Luiz Carlos Heinze (PP-RS) – Magno Malta (PL-ES) – Márcio Bittar (União-AC) – Marcos do Val (Podemos-ES) – Marcos Pontes (PL-SP) – Marcos Rogério (PL-RO) – Nelsinho Trad (PSD-MS) – Plínio Valério (PSDB-AM) – Sérgio Moro (União-PR) – Styvenson Valentim (Podemos-RN) – Wellington Fagundes (PL-MT) – Zequinha Marinho (Podemos-PA) Seres tenebrosos!

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