Jorge de Lima – Versos na tarde – 17/12/2016
O primeiro dos quatorze Jorge de Lima ¹ Há muita gente eu sei que não gosta de versos, Porque… não sei… talvez… porque não queira; Daí uma asserção de críticos diversos: Morrerá no Porvir a poesia inteira. Eu me esteio a mim mesmo em pontos controversos: A Ciência julgada austera e sobranceira Pousa no fictício os pedestais emersos Que sustêm uma bíblia eterna e verdadeira. Vêde: a Química conta as moléculas; dita A Mecânica as leia tendo por base a inércia; Outros mundos além a Astronomia habita… Se mesmo o positivo é sonho e controvérsia Nem Porvir, nem ninguém, cousa alguma desliga A Ciência que sonha e o verso que investiga. ¹ Jorge de Lima * União dos Palmares, AL. – Abril de 1895 + Rio de Janeiro, RJ. – Novembro de 1953 [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]