Arquivo

Gabriel Nascente – Versos na tarde – 10/11/2016

O grande banquete Gabriel Nascente¹ Convidarei Proust e Guevara Maiakóvski e Pound, Rilke e Rimbaud, materialistas e teólogos (corja de loucos, graças a Deus!) para tomarem comigo um porre de justiça. Primeiro cairemos num duelo de metáforas. Depois estrangularemos o pescoço da miséria. Mas atenção, de arcabuzes ninguém entra! Ouviremos o fragor das fráguas neste bródio universal de homens. E no fogo de nossas taças brindaremos o amor subversivo de Cristo. Entrem logo, bardos meus, para o banquete dos excluídos. As basílicas do mundo estão falidas. Deus está no húmus, não precisa de nascer. Vamos chover crisântemos nos hospitais, nas favelas, nas marquises e nos sonhos. Vamos saudar a humanidade com este florido chapéu de pássaros. ¹Gabriel José Nascente * Goiânia, GO. – 23 de Janeiro de 1950 d.C

Leia mais »