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Reinaldo Ferreira – Versos na tarde – 05/10/2016

Sei que a ternura Reinaldo Ferreira ¹ Sei que a ternura Não é coisa que se peça, E dar-se não significa Que alguém a queira ou mereça. Estas verdades, Que são do senso comum, Não me dão conformação Nem sentimento nenhum De haver força e dignidade Na minha sabedoria… Eu preferia – Sinceramente, preferia! – Que, contra as leis recolhidas No que ficou dos destroços De outras vidas, Tu me desses a ternura que te peço; Ou que, por fim, reparasses Que a mereço. ¹ Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira * Barcelona, Espanha – 20 de Março de 1922 d.C + Lourenço Marques, Moçambique – 30 de Junho de 1959 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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