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Alexandre Pontara – Versos na tarde – 01/08/2016

Física do Ocaso Alexandre Pontara¹ Limitação do tempo Aceleração constante Cotidiano de sensações vazias Sem desafios diários a envelhecer Cada hora marcada pelo descompasso Terra árida de tempestades de areia A sufocar a respiração ofegante Incerta acomodada na monotonia. Cada passo dado em retrocesso, com mais velocidade Preso em vácuo. O grito não se propaga. Perdido na escuridão do infinito Ninguém escuta apesar do esforço Deprimente relação entre tempo e espaço Ocorrido no tempo certo mas na hora errada. ¹ Alexandre Pontara * Assis, SP. – 23 de junho de 1971 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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