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Maria José Giglio – Versos na tarde – 07/07/2016

Flash 12 Maria José Giglio¹ Vazio e forma se equivalem. Não falo de contornos de pausas mas de ausência. Da paisagem engolfada na garoa densa. Do mundo inconsistente que amarro em signos quando também estou em suspense e para outro visor inexisto. ¹Maria José Giglio * São paulo,SP –  5 de maio de 1933 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo

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Uma atleta baleada na cabeça e outras histórias do ‘inferno’ da insegurança no Rio às vésperas dos Jogos

Aos 27 anos, Anna Paula Cotta sonha em ser uma atleta olímpica, mas, para os Jogos do Rio, na sua cidade natal, ela tem um desafio maior: recuperar-se do tiro que levou na cabela durante um assalto. Atleta de tiro esportivo, Anna Paula Cotta levou um tiro na cabeça durante um assalto “É uma coisa meio pesada pela qual muita gente passa. Você vê na televisão todos os dias… Todos os dias, alguém morre”, diz Cotta, que pratica tiro esportivo, em voz baixa. “Mas, graças a Deus, estou aqui”, acrescenta ela durante uma entrevista concedida à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, na intimidade de sua casa, a primeira depois de se tornar mais uma vítima da violência carioca, há menos de um mês. O crime ocorreu em 9 de junho em plena avenida Martin Luther King, uma importante artéria viária da Zona Norte do Rio, a menos de 500 metros da delegacia de polícia do bairro de Inhaúma. Por volta das 5h00 da manhã, Cotta estava dirigindo sozinha em um pequeno carro amarelo para ajudar na empresa de transportes de seu pai, que, aos 63 anos, luta contra um câncer. Ressonância magnética mostra o dano causado pela bala no crânio de Cotta Logo, ela se deparou com um grupo de assaltantes armados que haviam parado o trânsito para roubar dinheiro e celulares de motoristas, uma prática frequente na cidade. Ela tentou passar. Os ladrões abriram fogo. Seu automóvel foi alvejado seis vezes. Um dos tiros atingiu o osso frontal de seu crânio. O carro seguiu em frente por vários metros até bater contra um muro. Cotta ficou ali, imóvel, sangrando e indefesa. ‘Bem-vindos ao inferno’ Falta praticamente um mês para o começo dos Jogos Olímpicos Rio 2016, e os índices de criminalidade sobem de forma alarmante no Estado anfitrião do evento. Só em maio, foram denunciados 9.968 roubos nas ruas, 42,9% acima do mesmo mês do ano anterior, indica o Instituto de Segurança Pública (ISP), vinculado ao governo fluminense. Houve 2.083 homicídios dolosos no Estado do Rio entre janeiro e maio, um aumento de 13,6% em relação ao mesmo período de 2015. ‘Bem-vindos ao inferno’, dizia a faixa em protesto contra o atraso de salários de policiais e bombeiros do Rio – Image copyright AP Quebrado financeiramente, o governo do Rio decretou em junho “estado de calamidade pública”, para receber R$ 2,9 bilhões do governo federal, destinados à area de segurança, o que inclui o pagamento de salários atrasados de policiais. “Bem-vindos ao inferno”, dizia em inglês uma faixa que, nesta segunda-feira, voltou a ser exibida por um grupo de policiais no aeroporto internacional do Rio para protestar contra o atraso dos salários. “Policiais e bombeiros não estão sendo pagos, quem vier ao Rio de Janeiro não estará seguro.” O ato foi idêntico ao realizado uma semana antes, e, apesar de bastante criticado por empresários de turismo, está evidente a deterioração da segurança para quem vive na cidade ou acompanha as notícias locais. Só na última semana de junho, morreu baleado em um assalto um policial que integrava a equipe de segurança do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e um cadáver mutilado apareceu nas areias de Copacabana, onde serão realizadas as disputas de vôlei de praia. Além disso, uma médica que dirigia pela Linha Vermelha, na Zona Norte da cidade foi assassinada com um tiro na cabeça. A polícia investiga se foi uma execução ou um assalto com um desfecho mais triste que o de Cotta. Boa pontaria Além de atleta, Cotta é psicóloga da Marinha e cursa um mestrado em Administração de Empresas “Sempre quis competir nos Jogos. Tentei em várias modalidades, e nunca fui boa em nada”, diz a atleta, que tem olhos negros e um sorriso generoso. Mas, um dia, ela descobriu o tiro esportivo. Assistia às transmissões de Olimpíadas pela TV junto com sua mãe quando “apareceu um senhor de idade gordinho atirando”. “Isso! Encontrei”, lembra-se de ter dito na ocasião. Até aquele momento, as armas nunca haviam despertado seu interesse. Quando passou a praticar o esporte, em 2010, começou com uma pistola de ar comprimido, porque achava que seria menos perigosa do que uma de fogo. Quase imediatamente, notou que tinha boa pontaria. Subiu no ranking, entrou para a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo e, em maio, participou da Copa do Mundo, na Alemanha. Queria se classificar para os Jogos, mas não conseguiu. Acredita que faltou tempo: com algumas competições e pontos a mais somados no ranking, talvez tivesse obtido a classificação. Tempo sempre foi algo que faltou no dia a dia de Cotta: além de ser atleta e ajudar o pai, é psicóloga da Marinha e cursa um mestrado em Administração de Empresas. Sua mãe, Jussara, uma aposentada de 64 anos, lembra que, na noite de 8 de junho, Cotta disse estar cansada e a surpreendeu com perguntas de teor filosófico: “Para que nascemos? Para que estudamos tanto? Para que trabalhamos?” “Você nasceu para fazer coisas boas”, respondeu sua mãe. Seis horas despois, a jovem levou um tiro. Resgate de cinema e ‘pacificação’ em xeque Alguns acontecimentos recentes no Rio ligados à violência tiveram aspectos cinematográficos. Em 19 de junho, um domingo, cerca de 20 homens armados resgataram um narcotraficante internado em um hospital sob custódia policial, matando uma pessoa e deixando outras duas feridas. O hospital, localizado no Centro do Rio, é uma das unidades de referência para os 700 mil turistas esperados na cidade durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. As mortes pelas mãos de policiais também têm aumentado neste ano: apenas em maio, foram 84 em todo o Estado, 90,9% acima do mesmo mês do ano passado, segundo dados do ISP, que inquietam defensores de direitos humanos. Por sua vez, seis policiais morreram em serviço naquele mês, um a mais tendo como base a mesma comparação. Nos últimos dias, a polícia realizou uma série de operações para capturar criminosos em favelas da cidade, gerando cenas de pânico. A polícia tem realizado operações em favelas do Rio para combater a

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O país das tornozeleiras eletrônicas

A imprensa não precisa mais se preocupar com falta de manchetes de primeira página.  Basta colocar um plantonista na porta da Polícia Federal em cada capital estadual e diariamente, haverá, pelo menos uma grande operação, com nomes pomposos, para atrair a atenção do público e assustar os corruptos espalhados por todo o país. Por Carlos Castilho ¹ E quem quiser ganhar dinheiro rápido é só montar uma fábrica de tornozeleiras eletrônicas porque o mercado consumidor está em expansão, a oferta é reduzida e o produto está em falta no mercado, pelo menos segundo a polícia e os guardas penitenciários.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Nunca assistimos a uma sucessão tão grande de denúncias de irregularidades sendo apontadas pelas diferentes delegacias da PF. A de Curitiba perdeu o monopólio das manchetes para outras delegacias depois que a operação Lava Jato deixou de ser apenas um inquérito para se transformar numa bandeira politica. O país vive hoje sob a égide da luta contra corrupção e a multiplicação de manchetes alimentadas pela PF mostra que estamos chegando a uma encruzilhada: ou se investiga tudo a fundo e o país será colocado de pernas para o ar ou ficamos só nas piruetas mediáticas que alimentam discursos tonitruantes mas que acabam em pizza. A dieta quotidiana de casos de corrupção escancarados para a opinião pública assusta os cidadãos porque estamos conhecendo evidências cada vez mais claras de que a honestidade está se tornando uma exceção no Brasil, tal o número e volume de malfeitos com o dinheiro público. Também restam cada vez menos dúvidas de que o assalto aos cofres públicos foi institucionalizado e que aumentou extraordinariamente a dificuldade em saber em que confiar em se tratando de políticos, parlamentares, empresários e até na justiça. O ritmo quase diário de novos casos de corrupção em investigação gera interrogações sobre a capacidade dos órgãos policiais desenvolverem uma apuração idônea e do sistema judicial encaminhar com a devida rapidez e isenção o julgamento de acusados e suspeitos. Se antes da atual ofensiva anticorrupção a justiça e a polícia já enfrentavam críticas por lentidão ou ineficiência, agora com o volume crescente de casos sob investigação ou em julgamento tende a agravar os dilemas enfrentados por ambas instituições. O problema é que o corporativismo pode ofuscar a necessidade de espírito público na busca de soluções para questões salariais e operacionais. Nós, os náufragos Mas o problema mais grave é o crescimento da consciência de que, nós os cidadãos, estamos virando náufragos num mar de corrupção cujos limites desconhecemos e, de alguma forma, temos até medo de conhecer. A Lava Jato desencadeou, independente de suas motivações iniciais, a desmontagem de um sistema de desvio de dinheiro oriundo de impostos e taxas que não deveria ser interrompido. Está claro que o começo da operação visava tirar o PT e a presidente Dilma Rousseff do poder, mas a dinâmica deflagrada pelas delações premiadas e pelo salve-se quem puder de acusados e suspeitos criou uma nova situação, que atropelou os objetivos iniciais. Agora não é mais o só o PT que está em questão mas toda uma estrutura de gestão dos recursos públicos. A consciência do cidadão foi sacudida pela espetacularidade das operações da PF. O que impressiona não é mais a identidade e filiação dos protagonistas do desfile diário de circunspectos empresários e políticos chegando para depor nas delegacias da Polícia Federal, mas a diversidade e dimensão das denúncias dos casos em investigação. No início eram as empreiteiras superfaturando para financiar o financiamento de campanhas eleitorais de partidos e políticos. As últimas operações, no entanto, mostram empresários embolsando pessoalmente o dinheiro desviado de obras e serviços públicos. O que assistimos nos telejornais e jornais nos transmite a sensação de que em matéria de gestão e uso de verbas estatais estamos numa verdadeira “casa da mãe Joana”, em todo o país. Tal volume de malfeitos empurra a sociedade para uma situação em que, se ela não fizer nada, acabará sendo cúmplice. E é ai que entram em cena a transparência e a informação. Sem transparência sobre as investigações e denúncias, a sociedade ficará a mercê da manipulação de dados e fatos. Seremos protagonistas involuntários de uma farsa político-jurídica. Dai a importância do papel da Polícia Federal , do Ministério Público e dos tribunais na divulgação dos fatos e do contraditório na apuração das denúncias. A falta de transparência alimenta o vírus da suspeita sobre as ações policiais e judiciais e aí todo o processo de higienização da coisa pública vai pro brejo. Mas para que a transparência comprove que o objetivo predominante nas investigações é do interesse dos cidadãos é indispensável que a imprensa veicule os dados coletados pelos investigadores e monitore o andamento dos processos judiciais para que a população tenha como cobrar resultados capazes de moralizar o governo e os prestadores de serviços a órgãos públicos. Sem informações fidedignas, contextualizadas e isentas de viés partidário, a imprensa também acaba sob suspeita e por conta disto, enquadrada pela opinião público como cúmplice da corrupção. Tudo isto nos mostra que o destino da Lava Jato e a sonhada moralização da coisa pública está mais nas mãos de todos nós cidadãos, do que nas da PF, do Ministério Público ou do Supremo Tribunal Federal. Não é uma constatação agradável porque fomos educados a depender do governo e a esperar sempre por um salvador da pátria. A Lava Jato está nos mostrando que não dá mais para continuar pensando assim, num sistema politico onde as tornozeleiras passaram a ser uma vergonhosa rotina. ¹ Carlos Castilho é jornalista, editor do Observatório da Imprensa e faz pos-doutorado em Jornalismo, no POSJOR/UFSC

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“Apesar do discurso de ajuste, Temer só eleva despesas desde que assumiu”

Para o economista, medidas do presidente interino são “completamente contraditórias” Gil Castello Branco, fundador da organização Contas Abertas. Ao assumir a presidência em maio, Michel Temer afirmou que não estava preocupado com sua popularidade e que seu Governo interino “cortaria na carne” para tirar as contas do país do vermelho. No entanto, para o economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da organização Contas Abertas, em menos de dois meses no poder, Temer tem caminhado na contramão do seu discurso de austeridade.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O presidente interino já cede às pressões políticas para assegurar sua permanência, vivendo uma dicotomia entre o que seria racional do ponto de vista econômico e aquilo que é possível dentro do ambiente político. O pacote de bondades dos últimos dias – aumento aos servidores públicos, beneficiários do Bolso Família e a renegociação da dívida dos Estados -, que eleva fortemente os gastos, deve ter consequências graves, segundo Castello Branco, e tornar ainda mais distante a possibilidade da esperada retomada da economia brasileira no próximo ano. Pergunta. O presidente interino Michel Temer vem concedendo um pacote de bondades em meio ao ajuste fiscal. Não é uma ação muito contraditória ao seu discurso inicial de austeridade? Resposta. É completamente contraditório do ponto de vista racional. Michel Temer está vivendo um dilema em que ele está precisando se balizar pelo que seria racional do ponto de vista econômico e aquilo que é conveniente sob o ponto de vista político. Isso faz com que o dream team econômico, do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, sofra uma derrota fragorosa contra os políticos. O que se viu até agora de positivo foi uma tentativa de criar um teto de gastos para 2017, que seriam as despesas de 2016 corrigidas pela inflação, mas, por outro lado, vimos uma farra de aumento dos salários. Além disso, ele aprovou a renegociação das dívidas com os estados beneficiando as federações e [na semana passada] veio o reajuste do Bolsa Família, inclusive em porcentual maior do que a presidenta Dilma Rousseff havia prometido, passando de 9% para 12,5%. MAIS INFORMAÇÕES O ‘generoso’ Temer pré-impeachment concede bondades em meio ao ajuste fiscal Governo Temer passa pelo seu primeiro teste no Congresso e aprova a meta fiscal Temer propõe limitar gastos em Saúde e Educação para deter rombo. Entenda P. Temer também assinou a Medida Provisória que libera 2,9 bilhões de reais para o Governo do Rio… R. Sim. Desde que ele assumiu, o que temos, na verdade, é o crescimento de despesas. A explicação que a área econômica tem dado é que essas despesas estavam previstas na nova meta fiscal – que prevê um déficit de 170 bilhões de reais -, mas essa explicação não convence. É exatamente por conta dessas despesas exorbitantes que nós vamos chegar a esse resultado pífio. Com essa base que ele possui no Congresso, extremamente favorável à mudança de Governo, se ele quisesse mesmo seguir essa racionalidade econômica, poderia tentar fazê-lo. O problema é que nesse momento, sem dúvida nenhuma, essa relação política se sobrepõe sobre o ajuste fiscal. P. Corremos o risco de que as medidas do ajuste fiscal não consigam ser aprovadas outra vez como aconteceu com Dilma? R. Exatamente, se ele não conseguir fugir desse dilema, ele vai entrar no mesmo processo que entrou o Governo Dilma e o próprio ex-ministro da FazendaJoaquim Levy. Ninguém criticava a qualidade da equipe do Levy. As medidas estão postas, o diagnóstico já foi absolutamente concluído e não foi só agora, ele já tinha sido revelado há algum tempo. No próprio Governo Dilma isso já estava muito claro, já se sabiam as soluções. No entanto, as medidas nunca foram tomadas pela falta de ambiente político para que elas fossem implementadas. O que se vê agora, é mais uma vez essa situação: essa dicotomia entre o que seria racional do ponto de vista econômico e aquilo que é possível dentro da conjuntura política. Ele tem cedido a essas pressões do Congresso, naturalmente para fortalecer a sua situação, porque no momento ele ainda é interino. A primeira preocupação é ele sair da interinidade para conseguir solidificar a permanência. O receio é que depois do impeachment, caso ele seja aprovado, haja uma nova fase de estagnação dessas medidas já de olho nas eleições municipais deste ano. Aí já estaremos com outro horizonte. Esse jogo político acaba sempre se prolongando e o Presidente da República se vê obrigado a ceder politicamente em detrimento do ajuste, isso obviamente tem consequências. P. Fica mais distante a possibilidade de uma retomada da economia no próximo ano? R. Sim, a grande questão é como sair desse buraco fiscal que nós nos metemos. Não sairemos desse buraco com paliativos. São necessárias medidas duras. A própria reforma da Previdência, que todos nós aguardamos, também está em compasso de espera. Também se comenta que ela só será encaminhada ao Congresso depois das eleições municipais. Depois virá a proximidade do fim do ano, os parlamentares sairão de recesso… Quero imaginar que em algum momento, no entanto, ele terão que priorizar essa situação econômica. O problema é que eles exercem uma verdadeira chantagem, se valendo da fragilidade do presidente nesse momento, eles aprovam medidas que aumentam os gastos, sob a promessa que em algum momento serão tomadas medidas de contenção das despesas, como é o caso do teto. Mas o próprio mercado financeiro já discute a questão do teto. O que seria ele? A despesas de 2016 corrigida pela inflação. Mas, se essas despesas desse ano estão sendo exponencialmente elevadas, o teto não será nenhuma maravilha, se ainda vão ser corrigidas, não chega a ser nenhuma reforma fiscal de maior impacto. Por isso, o melhor seria que esse período interino fosse o menor possível. Essa fase de transição acaba gerando essa situação política. P. O mercado financeiro já está reagindo negativamente ao Governo Temer? R. As incertezas certamente já aumentaram, como já revelaram algumas pesquisas de opinião. Diminui a margem daquelas pessoas do mercado financeiro que acharam que ele conseguiria uma reforma vigorosa e que

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Petrobras diz ao STF que Cunha ‘se locupletou’ com ‘sangria’ na estatal

Em documento, estatal pede para ser assistente de acusação em ação penal contra deputado afastado. Petrobras afirma que Cunha “locupletou-se” com a “sangria perpetrada” contra a a empresa A Petrobras pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser assistente de acusação em uma das ações penais abertas contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, na Operação Lava Jato. Em documento enviado ao STF no dia 21 de junho, e que foi tornado publico no sistema do tribunal nesta quarta-feira (6), a estatal afirma que é “vítima de desfalques” de atos de Cunha no caso em que ele foi acusado de receber ao menos US$ 5 milhões em dinheiro desviado de contrato de navios-sonda da estatal.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Ainda segundo o documento, a Petrobras afirma que ele “locupletou-se” com a “sangria perpetrada” contra a a empresa. “Mantém-se incólume o encadeamento narrativo e probatório indiciário que evidenciam que o 1° denunciado [Eduardo Cunha, com o auxílio pontual porém decisivo da 2ª denunciada (Solange Almeida), locupletou-se ilegalmente de pelo menos US$ 5.000.000,00 (cinco milhões de dólares) oriundos da sangria perpetrada por agentes diretores da requerente (Petrobras) e intermediadores financeiros nos dois contratos dos navios sondas em questão”, diz a Petrobras. Petrobras afirma que Cunha “locupletou-se” com a “sangria perpetrada” contra a a empresa. “Trata-se de dano direto aos cofres da requerente, à toda evidência vítima de desfalques possibilitados a partir de diversas irregularidades verificadas em auditoria, cujos resultados instruem a presente ação penal. Os autos noticiam que contratações permitiram a criação de expedientes fictícios, que nada mais eram do que formas de pagar propina a agentes da própria requerente, intermediadores financeiros e parlamentares. Não é por outra razão que o Ministério Público reconhece o dano patrimonial sofrido – e moral, frise-se -, ao pleitear indenização mínima, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, em favor da requerente”, acrescenta o documento.

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