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Saramar Mendes – Versos na tarde – 12/06/2016

Do leve fim Saramar Mendes¹ Já se foi, para sempre. De sua partida, sabem minhas pernas que abraçam o ar. De sua partida, sabem os olhos meus, pela cinzenta hora que afasta a aurora. De sua partida, sabem os espelhos e a novidade do vazio. De sua partida sabem já os livros perdidos dos rabiscos costumeiros. De sua partida, me disseram os cães, andando por onde sua imagem se desvanece. Da gentileza do seu existir, a última imagem que terei é de ir-se assim, mudo e leve. ¹ Saramar Mendes Brasil, 1958 d.C São escassas as informações sobre esta poetisa. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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A peregrinação absurda a que a Justiça do Paraná submete um grupo de jornalistas

Magistrados movem série de ações contra jornalistas da ‘Gazeta do Povo’ após reportagem sobre ‘supersalários’ Ações judiciais obrigam repórteres do jornal a rodar o Estado do Paraná para responder a processos. Cena do filme ‘O Processo’, de Orson Welles, adaptado da obra de Kafka Há cerca de dois meses, um grupo de jornalistas percorre as estradas do Paraná tal qual o personagem principal do romance O Processo, de Franz Kafka. Na ficção, o protagonista Josef K. anda por corredores labirínticos de um tribunal soturno, participa de sessões e dá testemunhos sem nunca descobrir do que, de fato, é acusado. Na vida real, os jornalistas do diário Gazeta do Povo, de Curitiba, sabem bem o que motiva os processos movidos contra eles. Mas a sensação de absurdo, proporcionada por um périplo sem fim para comparecer em dezenas de audiências em diferentes comarcas e que sempre tratam do mesmo assunto, é bem semelhante. Até agora, são mais de 6.000 quilômetros rodados – uma média de 98 por dia – e 19 cidades visitadas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Essa história começou em fevereiro deste ano com a publicação de uma série de reportagens que trata da alta remuneração da Justiça e do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Durante duas semanas, os repórteres Rogerio Galindo, Chico Marés e Euclides Garcia dedicaram-se a compilar dados sobre os vencimentos de juízes e membros do MP-PR. As informações usadas estão todas disponíveis, segundo determinação da lei de transparência, para qualquer cidadão interessado no site das instituições. O resultado do levantamento foi a descoberta de que somados salários e benefícios, magistrados e promotores recebem, em média, ordenados que extrapolam em mais de 20% o teto do funcionalismo público. MAIS INFORMAÇÕES Reajuste do servidor e 14.000 novos cargos: austeridade de Temer em xeque Marcos Nobre: “O impeachment é estratégia de defesa contra a Lava Jato” Daniel Vargas: “Interferência do Judiciário na crise não é remédio, mas parte da doença” A reação não tardou. Em março, logo após a publicação na Gazeta do Povo de um direito de resposta conjunto da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) e da Associação Paranaense do Ministério Público (APMP) – que se sentiram lesadas com as reportagens –, processos começaram a ser movidos contra o jornal e os signatários da série de artigos. Não ficaram de fora nem o analista de sistemas Evandro Balmant, que ajudou na compilação dos dados salariais, já que o formato disponível no site da Justiça paranaense é pouco amigável, e nem o infografista Guilherme Storck, que elaborou o material gráfico. Os autores das ações, todas abertas em Juizados Especiais, em que as duas partes são obrigadas a comparecer presencialmente para uma audiência de conciliação, são juízes e promotores de diferentes municípios do Paraná. Nos processos, que por enquanto somam 37, o texto é praticamente idêntico: os reclamantes sentem-se ridicularizados e expostos, alegam danos morais e dizem que os pagamentos estão todos dentro da lei. “A reportagem não afirma que os pagamentos são ilegais, a intenção é apenas levantar um debate público sobre teto salarial e a real remuneração no funcionalismo público” comenta Rogerio Galindo. Em um dos textos, é dito literalmente sobre os vencimentos: “Fica tudo dentro da legalidade, claro. O que se questiona é a moralidade e também os efeitos desse tipo de coisa”. Ao todo, as indenizações pedidas nos processos somam mais de 1 milhão de reais. “Não é possível fazer acordo de conciliação nas audiências, porque isso seria como uma confissão de culpa”, defende Galindo. Para a Gazeta do Povo, a moção das ações é uma iniciativa coordenada que visa inviabilizar o trabalho da imprensa. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) concorda. “Os processos não buscam a reparação de eventuais danos, mas intimidar, são um atentado à democracia”, registrou em nota. Já a Amapar diz que não há coordenação e que os reclamantes exercem apenas seu direito, já que a reportagem sugeriria que existe um ato ilícito sendo praticado ao usar expressões como “supersalários” e “chicana”, que induziriam o leitor a acreditar que o salário real está sendo aumentado por meios escusos. Uma charge com um homem de toga segurando um saco de dinheiro também foi considerada ofensiva por eles. “É claro que qualquer pessoa, inclusive os magistrados, tem o direito de entrar com ações nos juizados especiais, mas o argumento de que houve exposição vexatória é, no mínimo, estranho, já que a reportagem usa como base dados públicos”, comenta Michael Mohallem, professor de Direito na Faculdade Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro (FGV-RJ). Para ele, o que a reportagem levanta, ainda mais em tempos em que se fala em ajuste fiscal, é algo que precisa ser discutido no Brasil. “Se for uma ação coordenada, os processos movidos contra os jornalistas só são mais um exemplo da dificuldade que o Judiciário brasileiro tem de lidar com a crítica aberta, apesar de estarmos falando de pessoas que ocupam uma posição pública”, diz. Transparência e Justiça Segundo Luciano Da Ros, cientista político e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), quando se fala em ajuste fiscal é comum que só se pense no poder Executivo, mas não há razão para que isso não seja feito também em outras esferas. “O Judiciário brasileiro tem uma autonomia enorme e pouca tradição de fiscalização externa; não à toa, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado há pouco mais de 10 anos, e o resultado disso é que há muito pouco incentivo para que os tribunais controlem seus próprios gastos e sejam eficientes”, comenta. Da Ros é coautor, ao lado do brasilianista Matthew M. Taylor, de um estudo que faz um comparativo da eficiência da Justiça brasileira com a de outros países. Uma das conclusões é que a despesa do Poder Judiciário brasileiro é a maior do mundo ocidental: 1,30% do PIB, enquanto os gastos de países como Espanha, EUA e Inglaterra ficam entre 0,12% e 0,14%. Da Ros argumenta que existem vários motivos que explicam essa despesa tão discrepante, e um deles é a alta

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Zika e Olimpíada: Duas visões científicas sobre riscos a atletas e turistas

As dúvidas e apreensões quanto aos riscos que a epidemia de zika – associada à alta nos casos de microcefalia em bebês – pode trazer aos turistas brasileiros e estrangeiros que virão ao Rio para a Olimpíada, em agosto, vêm mobilizando pesquisadores, organizadores dos Jogos e autoridades nos últimos dias.  Governo federal e Prefeitura do Rio minimizam riscos Image copyright AP Afinal, quais são os perigos reais aos visitantes e seus países de origem? Em conversa com jornalistas estrangeiros nesta sexta, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o governo federal aposta na queda da proliferação do mosquito Aedes agypti em agosto – mês que no ano passado registrou o menor número de casos de dengue, transmitida pelo mesmo vetor. Além disso, citou medidas de prevenção a serem implementadas durante os Jogos, entre elas a aplicação de R$ 64,5 milhões para reforçar a rede de saúde local. Segundo o ministro, 80% dos imóveis do Rio já foram vistoriados, e o trabalho dos 3 mil agentes de fiscalização continua.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Numa tentativa de dissipar as preocupações, Barros argumenta que a incidência de zika vem caindo. Na primeira semana de maio, exemplificou, foram registrados 2.053 casos em todo o país, número bem inferior aos 16.059 notificados na terceira semana de fevereiro. Na cidade do Rio, a queda no mesmo período foi de 2.116 para 208 casos. Mesmo com esse indicativo de queda no número de transmissões, essa polêmica atingiu níveis internacionais. Especialistas de instituições como as universidades de Oxford, no Reino Unido, Harvard e Yale, ambas nos Estados Unidos, enviaram uma carta à OMS (Organização Mundial de Saúde) dizendo que os Jogos deveriam ser adiados ou transferidos, pois poderiam ajudar a espalhar ainda mais o vírus pelo mundo. Cientistas brasileiros reagiram, também em carta, a essa hipótese – a OMS, em resposta aos pesquisadores internacionais, também afirmou não ver necessidade de alterar os planos para a Olimpíada. Para entender melhor os argumentos de cada lado, a BBC Brasil conversou com dois cientistas que participaram da organização das duas cartas. Confira o que eles dizem: ‘Pode haver disseminação rápida do vírus para países pobres, sem sistema de saúde estruturado’ – Arthur Caplan, professor de Bioética e diretor do Departamento de Ética Médica da Universidade de Nova York Arthur Caplan defende que Jogos sejam cancelados ou transferidos Image copyright NYU “A minha maior preocupação é que ainda não entendemos o vírus Zika. Não sabemos quanto tempo ele fica no corpo, ou se estamos lidando com uma cepa nova. Também não compreendemos todas as formas de transmissão ou se ele pode levar à síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia muscular, mas há indícios de que o vírus presente no Brasil seja mais forte. O vírus já está circulando em 60 países, e tenho quase certeza de que vai se espalhar pela América do Norte e talvez pela Europa durante o verão que se aproxima (no Hemisfério Norte). Mas há muitos países onde ele ainda não está presente, como Mauritânia, Nepal e Etiópia, que não mantêm um fluxo intenso de turistas para o Brasil, e para os quais a ida de pessoas para a Olimpíada teria mais impacto. Se você introduzir uma pessoa infectada nesses locais poderia haver a disseminação do vírus de forma muito rápida e intensa, e estamos falando de países pobres da África e da Ásia, sem sistema de saúde estruturado. Como vão lidar com crianças nascendo com microcefalia? E, mesmo no Brasil, podemos dizer que as famílias de bebês com más-formações estão recebendo toda a assistência de que precisam? É algo que me preocupa mesmo em países onde não há a presença do mosquito transmissor, já que pode haver a transmissão sexual. Estou certo de que as autoridades brasileiras e os organizadores estão tentando contornar o problema, e que há o uso de inseticidas e fiscalizações nos locais de competição. Mas eu acho muito otimismo contar tanto com as baixas temperaturas como um fator para a diminuição dos casos. E se fizer calor? O que vão fazer? Quanto à prevenção, também acho otimista. Sabemos que, apesar de alertar as pessoas para que usem roupas compridas e repelentes, e que façam sexo com camisinha, elas não farão isso, muito menos num clima de festa como uma Olimpíada. É necessário que haja mais transparência sobre os riscos, para que as pessoas façam decisões mais informadas. A OMS, por exemplo, deveria ser bem mais transparente. Por que não fazem uma reunião aberta, coletiva, convidando cientistas de todo o mundo e também a imprensa internacional? Mais de 4 mil cientistas de todo o mundo nos escreveram, e a maioria é a favor de adiar os Jogos. Mas é claro que os cientistas brasileiros apoiariam a realização da Olimpíada. Há um grau de nacionalismo, de patriotismo. São cientistas, mas também são brasileiros. Eu também creio que os organizadores não estejam levando em conta sua responsabilidade legal. Se o Comitê Rio 2016 diz que é seguro para os turistas irem para o Rio, e de alguma forma eles adoecem, ou temos o nascimento de crianças com microcefalia, quem serão os responsáveis? Todos estão sendo otimistas demais, na minha opinião.” ‘É impossível achar que podemos controlar o espalhamento do vírus Zika no mundo cancelando um evento’ – Cláudia Codeço, do Programa de Computação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Cláudia Codeço defende a continuidade dos Jogos Image copyright ACERVO PESSOAL “Nossa justificativa para que os Jogos sejam mantidos na data planejada se baseia em dois fatos. O primeiro é que nos meses de agosto e setembro as temperaturas no Rio de Janeiro são relativamente baixas, e normalmente a transmissão de doenças pelo Aedes aegypti é muito menor. Nos últimos cinco anos, encontramos entre 7 a 10 casos de dengue para cada 100 mil habitantes no mês de agosto. E nossas pesquisas na Fiocruz mostram que o mosquito tem capacidade mais baixa de transmissão do Zika, então esperaríamos números ainda menores. Logo, adiar o evento faria com que os Jogos ocorressem mais próximos a meses de calor,

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Quando a mídia atropela reputações

Você acreditaria mais numa foto ou nas palavras de um político? O comportamento-padrão nos leva a escolher a primeira opção. Afinal, estamos vendo algo, tendo algum contato com o fato, enquanto que as falas dos políticos são tão fugidias quanto a areia que escorre pelos dedos! Sim, a maioria das pessoas age e raciocina assim, o que não é condenável; é apenas sinal dos tempos. Entretanto, pense ainda que tal foto mostre um vereador acessando conteúdos pornográficos em plena sessão da Câmara e que ele justifique estar com seu computador infectado por vírus.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O quadro não muda, não é verdade? Aliás, só piora, pois o flagrante ajuda a revelar uma faceta ainda desconhecida daquele representante político e sua ousadia em praticar atos distantes de sua função pública na frente de todos! Mas vamos adiante um pouco mais. Imagine ainda que o vereador flagrado seja o único representante de um partido de oposição, em rápido processo de deterioração de imagem, e a tal foto seja espalhada pela mídia a poucos meses das eleições municipais. Tenha em conta ainda que a imagem não foi captada originalmente pelos repórteres fotográficos dos meios que cobrem as sessões da Câmara, mas reproduzida a partir de um site menor, pouco conhecido. Infelizmente, este episódio não é fictício. Aconteceu no final de abril em Florianópolis, tendo como pivô da discussão o vereador Lino Peres (PT) e uma fotografia publicada inicialmente na página do Facebook do site Fl0r1p4M1lGr4u, e replicada em sites e jornais de todo o Brasil! Sem crédito de autoria, a imagem mostra o vereador de costas para a câmera diante do computador, cuja tela exibe mulheres nuas. A cena se passa no plenário da Câmara Municipal de Florianópolis em meio à sessão ordinária do dia 26 de abril. Divulgada na fanpage no dia seguinte, a fotografia “viralizou”, e foi reproduzida sem qualquer pudor ou rigor jornalístico em meios de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Piauí, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Rio Grande do Norte, Tocantins, e em portais nacionais como o Yahoo! Notícias e o R7. Embora a imagem não indicasse como foi feita nem quem a produziu, e ainda que o Fl0r1p4M1lGr4u se considere uma página de humor, a mídia fez a festa, apoiando o noticiário na fotografia apócrifa e sem mais detalhes. Ainda no dia 27 de abril, a assessoria do vereador se apressou a divulgar nota negando a intenção de acesso àqueles conteúdos e ainda forneceu trecho da gravação em vídeo do momento em que Lino Peres comunicou à mesa diretora que algo estava errado com seu computador. O PT também lançou uma nota pública, repudiando os ataques ao correligionário, condenando o “oportunismo” e a “espetacularização” da divulgação em massa. Nas redes sociais e nos portais noticiosos, a imagem se espalhou sem controle, e o político foi massacrado nos comentários raivosos, irônicos e moralistas. Lino Peres registrou boletim de ocorrência e solicitou ao setor de tecnologia da informação da Câmara avaliação do equipamento. Dois laudos distintos foram feitos e os peritos comprovaram que o vereador não fez busca por site impróprio no computador nem navegou naqueles conteúdos durante a fatídica sessão. Comprovada a fraude, o político convocou uma coletiva de imprensa para apresentar o resultado da perícia, mas o estrago já estava feito. Cadê os limites? Se isso aconteceu com um político – que geralmente tem mais condições de defesa – por que não aconteceria com um cidadão comum? É bem verdade que um episódio cujo protagonista é um homem público pode ter tornado a narrativa mais atraente para os jornalistas e interessados no escândalo. Adicionem-se a isso algumas doses de moralismo (afinal, era um site pornográfico) e a carga política que se poderia dar ao caso. Diversos sites fizeram questão de trazer nas manchetes que o vereador acusado era do PT, e o BlastingNews, foi além, relacionando o ocorrido com outras polêmicas do partido: Alguns veículos de informação deram a versão inicial do político – a suspeita de vírus – e ainda ouviram os responsáveis pela página Fl0r1p4M1lGr4u, que atestaram que a fotografia era “real” e havia sido feita no dia da sessão. Mas os administradores da fanpage não disseram quem fez o registro nem como. Fica evidente que os veículos não certificaram a autenticidade da foto – poderia ser uma montagem! – confiaram na declaração do site de humor, e reproduziram o conteúdo, contribuindo para uma impiedosa espiral de pré-julgamento do vereador. Uma vez na rede, qualquer conteúdo pode ser replicado ao infinito, com muito pouco a fazer para estancar seu progresso. O material pode ser uma importante e bem apurada denúncia jornalística contra os poderosos de plantão, mas também pode ser um conteúdo de origem duvidosa, fora de contexto, que induza ao erro e que fortaleça uma campanha difamatória. Foi o que ocorreu com o vereador neste caso, onde erros e deslizes éticos se acumularam. É esperado que o jornalismo fiscalize os políticos, que morda os calcanhares dos poderosos, mas este exercício de contrapoder deve estar equilibrado em apuro técnico, em rigor investigativo, e em altos padrões éticos. Se seguir essa trilha, repórteres e editores não estarão fazendo nada além do que deles se espera – jornalismo! Mas se tropeçarem no caminho, seu trabalho estará contaminado e poderá ser questionado, e sua função na democracia terá falhado. Uma sindicância foi aberta na Câmara de Florianópolis, inquérito policial foi instaurado e o vereador estuda acionar alguns veículos da mídia pedindo direito de resposta e danos morais. Mas este é o caminho jurídico, que pode ser longo e incerto. Interessa também discutir pelo viés da deontologia jornalística onde teriam errado os colegas… Jogo dos 7 erros Pelo menos sete deslizes éticos foram cometidos no Caso Lino Peres. Não é meu propósito apontar quem errou mais e onde, mas sim discutir a natureza desses equívocos que poderiam ter sido evitados. Erro #1: publicaram um material apócrifo e que sem checar sua autenticidade. A foto da fanpage do Fl0r1p4M1lGr4u não tinha

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