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Empresa enfrenta com urgência “uma mudança radical” e espera que as saídas sejam voluntárias Katharine Viner. Gorka Lejarcegi O jornal britânico The Guardiananunciou planos de cortar 250 postos de trabalho para equilibrar contas que resultaram no último ano em perdas de 58,6 milhões de libras (307 milhões de reais). No total, a equipe do diário no Reino Unido se reduzirá em 18%, o equivalente a 310 empregos, já que outros 60 postos permanecerão sem reposição porque não será renovado o contrato dos atuais ocupantes. A empresa acredita, segundo informação publicada em sua edição online, que todos os cortes serão alcançados com saídas voluntárias. Os planos da editora de The Guardian e The Observer, a edição dominical do jornal, incluem a reestruturação das partes menos rentáveis do negócio para tentar sair dos números vermelhos em três anos. Entre outras medidas, a empresa abandona o projeto de transformar um galpão ferroviário em um espaço para eventos. O Guardian Media Group conta com uma equipe de 1.960 pessoas. Um total de 750 pertence à área editorial, da qual serão cortados 100 funcionários. Os outros 150 postos serão eliminados em outras áreas do negócio. Os 210 trabalhadores fora do Reino Unido não estão incluídos nas previsões de redução do quadro. Os custos trabalhistas do grupo representam a metade do total.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em um correio eletrônico à equipe, a diretora de The Guardian, Katherine Viner, e o diretor-executivo, David Pemsel, afirmam que “o volátil ambiente dos meios” desencadeou “uma necessidade urgente de atuação radical”. “Nosso plano de ação tem um objetivo: garantir a integridade jornalística e a independência financeira de The Guardian para a perpetuidade”, acrescentam. Em janeiro, The Guardian apresentou um plano de três anos com o objetivo de conseguir o saneamento das contas para o exercício 2018-2019. As medidas incluem reduzir em 20% os custos, o que equivale a 262 milhões de reais, potencializar novas fontes de receita e um novo modelo de assinatura. A ediçãoonline de The Guardian é aberta e gratuita, e conta com 7,35 milhões de usuários únicos por dia. É o segundo jornal diário britânico com mais tráfego, depois doMail Online. The Guardian está com perdas há mais de uma década, mas a empresa se encontra entre as editoras mais seguras financeiramente no país. O Guardian Media Group possui importante receita procedente do Auto Trader, negócio de anúncios classificados da indústria automobilística. A propriedade do grupo está em mãos do Scott Trust, cujo compromisso é garantir a independência financeira e editorial de The Guardian. O ano de 2015 foi devastador para o setor dos meios de comunicação. Segundo explica o próprio jornal, “grandes empresas, como Google e Facebook, monopolizaram o mercado de publicidade” e “o crescimento das empresas de telefonia móvel torna mais difícil obter ganhos econômicos”. As receitas com publicidade impressa no Reino Unido caíram 25%. O jornal The Independent deixará de ser publicado em papel na semana que vem e outros grupos jornalísticos também fizeram cortes em sua equipe. Os lucros dos jornais líderes do mercado, The Daily Telegraph, The Sun e The Daily Mail, caíram 40% na última década. E o Financial Times, por sua vez, foi vendido no final do ano passado para o grupo japonês Nikkei. Há apenas duas semanas, porém, foi colocado no mercado um novo jornal impresso no Reino Unido. Trata-se de The New Day, propriedade do Trinity Mirror, o maior grupo editorial britânico. É o primeiro diário impresso lançado no país em 30 anos, tem 40 páginas, sai a um preço inicial de 25 pences (1,3 real) e não possui edição online. ElPaís
Frans Pourbus – Retrato de Isabella Clara Eugenia, 1598 – Detalhes [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
O pesquisador de segurança Thomas Reed da Malwarebytes alertou em um post no blog da empresa que golpistas podem estar sequestrando contas do iCloud e usando os recursos antirroubo desenvolvidos pela Apple para bloquear dispositivos, como iPhones e Macs. Para realizar o desbloqueio, o golpista exige uma quantia em dinheiro. Reed contou o caso de uma vítima chamada Ericka que o procurou para obter auxílio com o problema. O invasor deixou a seguinte ameaça na tela do computador (em inglês ruim): “Todas as suas conversas de SMS+email, banco, arquivos do computador, contatos, fotos, eu publicarei + enviarei aos seus contatos”. O mesmo recado foi enviado por e-mail para ela a partir do próprio endereço do iCloud dela. Os recursos antirroubo têm por finalidade reduzir o interesse de ladrões, além de proteger os dados do usuário. Quando esses recursos são usados contra o usuário, porém, o estrago pode ser difícil de ser desfeito. A tática ganhou exposição em 2012, quando o jornalista Mat Honan foi alvo de um ataque sofisticado que explorou uma diferença de políticas de segurança entre a Amazon e a Apple para acessar a conta de iCloud e destruir a vida digital dele. Honan teve auxílio da Apple para recuperar parte dos seus dados, mas Ericka não teve a mesma sorte, já que ela não tinha mais nenhum comprovante de compra do iMac adquirido há seis anos. Reed argumenta que é compreensível não facilitar o desbloqueio de dispositivos que foram trancados pelas tecnologias antirroubo, mas que a mensagem de sequestro deixada pelo invasor deveria ser um sinal de que se tratava de um golpe. O especialista recomenda o uso de uma senha forte para o iCloud e o uso da autenticação em dois fatores. A senha usada também deve ser exclusiva para o serviço. A Apple introduziu no ano passado um novo sistema mais agressivo de autenticação de dois fatores que precisa ser ativado e ajuda a evitar o roubo da conta do iCloud. G1
Fotografia de Vlad Dumitrescu [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Quem ameaça a reputação do Brasil no exterior hoje não é a crise política e econômica, mas os Jogos Olímpicos do Rio. O britânico Simon Anholt é referência mundial na criação de metodologias para estimar a reputação de nações no exterior – Image copyright TED.com Para o consultor britânico Simon Anholt, referência mundial em pesquisas sobre imagem internacional de países, problemas internos não costumam afetar a percepção geral do público de fora sobre determinada nação. O potencial maior de dano à “marca Brasil”, avalia, está no possível “choque de realidade” decorrente da exposição massiva, com a Olimpíada, de problemas locais como desigualdade e violência – fenômeno que ele detectou na Copa do Mundo de 2014.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “(Na Copa de 2014) O Brasil tinha uma situação parecida (com a da África do Sul em 2010). Todos pensavam que o país era moderno, desenvolvido. Vieram horas e horas de transmissão e cobertura da mídia sobre problemas sociais, protestos, crimes”, afirmou Anholt à BBC Brasil. “O público se deu conta que era um país em desenvolvimento, e corrigiram aquela visão irrealista, foi um passo atrás. Acho que a Olimpíada será mais um pequeno passo para trás (na imagem do país no exterior)”, completou. Criador do conceito de marcas de países (nation branding) e de metodologias para medir a reputação de nações pelo mundo, Anholt produz desde 2005 o chamadoNation Brands Index (NBI), uma pesquisa global de opinião (20,3 mil entrevistas na edição 2015) que mede a imagem de 50 países em aspectos como governança, cultura e população. Para Anholt, a Olimpíada deverá repetir o roteiro da Copa, quando o ‘choque de realidade’ divulgado pela mídia afetou a reputação do país no exterior. Image copyright Reuters O Brasil é o país em desenvolvimento que mais avançou no índice desde sua criação, e ficou em 20º na edição mais recente do ranking, acima de Rússia e Islândia e logo abaixo de Bélgica e Irlanda – o país tem se mantido estável nessa posição desde 2009. “O NBI é a pesquisa mais chata já criada”, brinca Anholt. “Basicamente, ela nunca muda. Isso porque a maioria das pessoas, quando falamos de opinião pública em geral, não pensa muito sobre outros países. As opiniões são bem consolidadas. Quando mudam, tendem a mudar pouco e em escala reduzida”, afirma o consultor. Impacto da crise Quando o assunto é imagem de um país no exterior, diz Anholt, é preciso distinguir a percepção de públicos elitizados, como investidores, diplomatas e jornalistas, da visão da população em geral. Nesse sentido, avalia, o mau momento do Brasil de hoje não deverá ter impacto significativo sobre a imagem do país, conjunto de atributos que podem influenciar, por exemplo, o poder de negociação de uma nação em transações comerciais. “Muitos acham que as imagens dos países estão em constante mudança: você tem um escândalo envolvendo um ex-presidente e de repente todos odeiam seu país, mas não funciona dessa maneira. Pessoas leem essas coisas e as esquecem após 15 segundos”, diz. Nem a recessão, que caminha para ser a pior já medida na história do país, com queda do PIB projetada em 8,7% para 11 trimestres a serem encerrados em dezembro deste ano, deverá afetar o desempenho da “marca Brasil”, estima Anholt. “Na média, globalmente, o impacto (da atual crise na imagem do país) é zero. Primeiramente, o fato de estar em recessão é algo que a maioria das pessoas na maior parte dos países não sabe a respeito e não se importa, porque não o afeta. De qualquer forma, recessão não é vista como responsabilidade de um país, mas como uma espécie de vírus que você pega, e não um ato deliberado de estupidez ou incompetência do governo”, diz. Pior recessão já medida no Brasil não deverá ter impacto significativo na imagem geral do país, avalia consultor – Image copyright Thinkstock Para corroborar sua avaliação, o consultor cita os casos de “catástrofes econômicas” recentes no mundo e do reflexo tímido na imagem dos países afetados. “Qual é a pior catástrofe econômica recente no mundo? Venezuela (queda de 5,7% no PIB em 2015), Grécia (queda de 0,2%)? A imagem desses países não mudou por causa das crises. A economia da Grécia praticamente entrou em colapso, e não fez diferença. As pessoas ainda pensam na Grécia como um país maravilhoso, ensolarado, cheio de praias, pessoas bonitas e comida deliciosa.” Problema de imagem Ao longo dos anos de estudo sobre reputação de nações, Anholt identificou uma característica marcante do Brasil: ser um país que não é levado a sério no exterior. Tal traço, afirma, é reforçado pela cultura popular e pela mídia norte-americana, e o principal desafio do país nesse campo é se livrar desse clichê. “Os EUA promoveram essa ideia do Brasil como destino turístico, paraíso. Desde aquele filme com Fred Astaire, Flying Down to Rio (1933). Todos pensam no Brasil como um país basicamente decorativo, mas inútil. Um típico país latino: muito bonito, homens e mulheres bonitos, clima maravilhoso. Ninguém trabalha, a economia é corrupta, pobre e desigual, mas é divertido, tem futebol, carnaval e samba. O caos e a corrupção: a imagem clássica do país latino”, afirma. Para britânico, país ainda enfrenta o desafio de se livrar do clichê de país do “carnaval, samba e futebol”: festeiro e pouco sério – Image copyright Reuters Para o consultor, tal concepção pode ser útil aos operadores de turismo, mas não a um país que quer despontar como potência econômica e política. “É muito fácil para o Brasil inspirar amor, mas é difícil inspirar respeito.” Novo ranking Anholt criou recentemente o índice Good Country (País do Bem, em tradução livre), que mede, a partir de 35 bases de dados, a contribuição de cada país para o bem da humanidade e do planeta. Na primeira versão do ranking, publicada em 2015, o Brasil aparece em 48º lugar entre 125 nações – ainda, portanto, como “credora” de benefícios ao mundo, e não como devedora. “Descobri que as pessoas gostam de países bons, e não necessariamente de países bem-sucedidos. Se você pensar, é
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A maioria das escolas particulares ainda resiste em matricular alunos com deficiências graves. Uma nova lei chega para forçá-las a abraçar a inclusão. Constituição determina que a educação inclusiva é dever de todas as instituições de ensino, e não somente as públicas (Foto: Wikipédia) Em 2001, apenas 20% dos alunos com necessidades especiais matriculados em escolas públicas frequentavam classes comuns junto a alunos considerados “normais”, Em 2014, esse número saltou para 93%, segundo dados do Censo Escolar. O cenário é bem diferente nas escolas particulares, onde cerca de 80% dos alunos com necessidades especiais permanecem, atualmente, segregados em instituições especializadas ou classes especiais. Agora, uma nova lei obriga as escolas particulares a se adaptarem para receber alunos com qualquer grau de deficiência, vetando a cobrança de valores adicionais aos familiares destes alunos e aumentando a punição para escolas que recusarem a matrícula.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15) entrou em vigor em janeiro de 2016 sob os protestos de um sindicato que reúne escolas particulares, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen). A Confenen entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal para tentar derrubar as exigências feitas na lei à iniciativa privada. A Confenen alega que o direito de propriedade e a função social das escolas particulares estão sendo violados pela lei. O sindicato diz que seus professores não têm preparo para educar alunos com qualquer grau de deficiência e que, sem repassar os custos da inclusão às famílias beneficiadas, as novas obrigações levariam à desestruturação do ensino e ao fechamento de escolas particulares, pois lançariam sobre elas encargos e custos proibitivos que são de responsabilidade do poder público. “Estão confundindo educar com socializar, ou colocar no meio dos outros, e isso não resolve. A pessoa com deficiência precisa de tratamento especial para evoluir e o custo é altíssimo. Ele vai ser enganado que está recebendo o tratamento que necessita quando não vai receber”, diz Pedro Dornas, presidente da Confenen, para quem “a obrigação de oferecer educação especializada a deficientes é do poder público”. Já os que defendem a inclusão escolar em todas as instituições de ensino dizem que as escolas particulares estão preocupadas apenas com o lucro enquanto esquecem que sua função principal é a formação integral da pessoa e a transformação dos alunos em pessoas mais solidárias. “A escola particular exclui qualquer criança e não somente aquela com deficiência”, diz Ielva Maria Ribeiro, professora de educação especial da rede pública de São Gonçalo, no Rio. “A maioria não quer qualquer tipo de pessoa que não tenha sucesso na escola, que não vá passar no vestibular. Seguem a lógica de que quem tira dez aperta a mão do diretor, quem não tira não aperta.” Uma liminar da Confenen pedindo a suspensão da lei de inclusão foi indeferida pelo relator da ação no STF, o ministro Edson Fachin, mas o plenário do Supremo ainda precisa avaliar a matéria. O julgamento, que deveria acontecer em março, foi adiado a pedido da Confenen. A inclusão na prática A pedagoga Maria Teresa Égler Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade da Unicamp, cita a Constituição e normas anteriores à nova lei que definem a inclusão escolar como um dever de toda instituição de ensino, e não somente das públicas. Maria Teresa rejeita os cálculos da Confenen e diz que os custos das adaptações e dos recursos necessários para acomodar alunos com deficiências não são proibitivos. “Não precisa ter um professor de educação especial para cada aluno. Basta ter um profissional capacitado para a escola inteira”, diz. “Esse professor de Atendimento Educacional Especializado vai estudar todos os casos da escola, verificar as necessidades de cada aluno, fazer parcerias, buscar recursos e apoios que façam com que esses alunos possam participar de uma aula, que é igual para todo mundo, na sala de aula comum.” Quanto à avaliação desses alunos, Maria Teresa explica que a inclusão traz uma grande mudança. A avaliação de todos os alunos – e não somente daqueles com deficiência — passa a se concentrar na evolução do indivíduo por ele próprio e não por uma média. O ensino continuará a se basear na passagem de ano, mas a avaliação é feita em função da capacidade de cada um. “Argumentar que a educação especial e restritiva tem que substituir a educação comum para pessoas com deficiência é um pensamento do século passado”, diz. “A gente aprende em ambientes desafiadores e comuns de educação que não discriminam, não têm preconceitos, não restringem, não limitam a educação para alguns.” Professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Creche Municipal José Calil Abuzaid e no Instituto de Educação Clélia Nanci, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, Ielva Maria acompanha um total de 14 alunos em ambas as instituições. Ela explica que sua principal função como professora de AEE não é reforçar o conteúdo aprendido em sala de aula, mas oferecer recursos que possam ajudar os alunos com necessidades especiais a superarem as barreiras do aprendizado. “Na Clélia Nanci [escola de ensino médio] temos a Paula. De um dia para o outro, a Paula acordou com baixa visão por conta de uma toxoplasmose e era definitiva. Disponibilizamos para ela um recurso ótico, uma régua de ampliação, que para ela foi suficiente”. Ielva garante que a estratégia funciona até para crianças com as deficiências mais profundas, mesmo quando o problema é intelectual ou comportamental. Diz que uma boa escola disponibiliza uma série de recursos para o aluno conseguir realizar exatamente aquilo que ele tem condição de fazer, potencializando as habilidades dele. “O Elias tem autismo, está no sexto ano e estava à beira de uma reprovação. A princípio ele mal falava e não olhava para mim quando eu conversava com ele. O que fizemos na sala de recursos? Pensamos: quais as dificuldades do Elias? Começamos a fazer um trabalho com jogos, com incentivo à leitura na biblioteca e o inserimos em um grupo de alunos com habilidades de superdotação, o que deu muito certo. Não trabalhamos
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“Odiar as pessoas é como atear foto na casa para se livrar de um rato.” Harry Emerson Fosdick