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Escândalo da merenda, rastilho de pólvora para aliados de Alckmin

Operação investiga esquema de desvio em contratos para compra de alimentação escolar em 22 municípios Funcionária cozinha a merenda em uma escola de SP. J. L. C. A2img Desvios na compra da merenda escolar são um triste clássico da corrupção brasileira. Existem dezenas de episódios pelo país, e mesmo com a denúncia e punição, eles seguem se repetindo. Pior: da Operação Lava Jato, com a compra de milionários navios-sonda, por exemplo, à aquisição de alimentação para as escolas, o esquema básico parece se repetir: formação de cartel e superfaturamento de contratos públicos para obtenção de propinas, depois repassadas tanto aos operadores do esquema com a agentes políticos facilitadores.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O caso da vez é em São Paulo e envolve, segundo os investigadores, políticos do PSDB e PMDB e salpica o núcleo de articulação política do Governo Geraldo Alckmin (PSDB). O escândalo da merenda paulista está sendo investigado pela Operação Alba Branca, da Polícia Civil e do Ministério Público e as primeiras prisões aconteceram neste mês. O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Fernando Capez (PSDB), é citado por funcionários de uma das empresas suspeitas – a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) – como um dos destinatários de propinas para facilitar contratos para a aquisição de sucos de laranja para escolas de diversos municípios. O caso coloca sob suspeita a secretaria da Casa Civil do governador, porque o ex-chefe de gabinete do secretário Edson Aparecido, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, aparece em um grampo telefônico feito pela polícia pedindo dinheiro a integrantes de uma das empresas. Ele foi demitido no último dia 18, na véspera da operação ser deflagrada. Ainda não se sabe a extensão total do esquema, mas estão sob suspeita compras realizadas nos últimos cinco anos em pelo menos 22 cidades do interior do Estado. “Os vendedores da Coaf pagavam uma série de lobistas, os quais diziam para os vendedores que repassariam propinas para políticos”, explica o promotor Leonardo Romanelli, integrante da força-tarefa montada para investigar o esquema. “Temos prefeitos, deputados federais e estaduais, secretários de educação citados pelos delatores”. Em 2015 o Governo estadual pagou mais de 11 milhões de reais à Cooperativa por diversos contratos – um crescimento de mais de 4.500%, tendo em vista os 238.000 recebidos no ano anterior. Além das suspeitas que recaem sobre licitações feitas pelo Estado com verba do Governo Federal, os investigadores acreditam que as prefeituras também recebiam propina para assinar contratos com a Coaf.  De acordo com o Ministério Público, as propinas giravam entre 10% e 30% do valor dos contratos. Em cena, os delatores Assim como a Lava Jato, a Alba Branca deve lançar mão das delações premiadas, mas o promotor Romanelli afirma que ainda é cedo para tirar conclusões. “Sem dúvida a delação é uma ferramenta importante para chegar à corrupção no poder público”, afirma. “Mas estamos em uma etapa de confrontar o que disseram nos depoimentos preliminares com os contratos públicos e os documentos apreendidos”. A Coaf tem sede em Bebedouro, e seis funcionários da empresa estão presos. Existe a suspeita de que a companhia fizesse parte de um cartel formado pela Cooperativa dos Agropecuaristas Solidários de Itápolis (Coagrosol) e a Cooperativa de Citricultores de Engenheiro Coelho (Cocer). Em depoimento, Cassio Izique Chebabi, ex-presidente da Coaf, confirmou que havia combinação de preços entre eles, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Outro funcionário da empresa, Adriano Mauro disse que como o lucro dos contratos de suco de laranja é muito alto, “cerca de 90%”, isso permitia “o pagamento de comissões”. De acordo com o delator, “esse esquema só era possível porque os órgãos públicos se baseavam no preço de supermercado, que se aproximava de 10 reais o litro”. A Coaf vendia por 6,80 reais, sendo que o preço de custo é de 3,70 reais, explica o delator. A bancada do PT na Assembleia Legislativa informou, por meio de nota, que pedirá a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades na merenda no Estado. “Esperamos que o PSDB não atrapalhe as investigações, e espero, sobretudo, que o presidente da casa Fernando Capez contribua para que se esclareçam as graves acusações feitas contra ele”, disse o deputado Geraldo Cruz, líder da bancada petista na Assembleia. Desde o início das denúncias, Capez nega qualquer envolvimento com o caso. Gil Alessi/Marina Rossi/El País

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Lava Jato tem mais de 80 condenados, totalizando quase 800 anos de cadeia

Ao discursar na abertura do ano do Judiciário, no plenário do STF, o procurador-geral da República Rodrigo Janot prestou contas dos resultados da Lava Jato. Destrinchou dados recolhidos até 18 de dezembro de 2015. Até aquela data, a maior operação anti-corrupção já realizada no país havia produzido 80 condenações judiciais. Juntas, as penas somavam 783 anos e dois meses de cadeia. Nesta segunda-feira, o juiz Sérgio Moro lavrou mais uma sentença. Condenou o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada a 12 anos e 2 meses de cadeia. Adicionando-se a novidade ao levantamento de Janot, sobe para 81 o número de condenações da Lava Jato. E as penas saltam para 795 anos e 4 meses de prisão.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Janot desfiou os números sentado ao lado de um dos mais notórios investigados da Lava Jato: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Também compunha a mesa o presidente do Senado, Renan Calheiros, outro alvo da operação. A dupla ouviu, impassível, o discurso do chefe do Ministério Público Federal. Segundo Janot, foram protocoladas no Judiciário 36 acusações criminais contra 179 pessoas. Apontam o cometimento de crimes contra o sistema financeiro nacional e internacional, corrupção, tráfico transnacional de drogas, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Numa conta que inclui apenas os crimes já denunciados, disse Janot, o pagamento de propinas contabiliza R$ 6,4 bilhões. Desse total, R$ 2,8 bilhões já foram recuperados por meio de acordos de colaboração judicial. Por ora, apenas R$ 659 milhões foram repatriados. Bloquearam-se R$ 2,4 bilhões em bens dos réus. Acusado por Cunha de associar-se ao governo Dilma para persegui-lo, Janot cutucou o desafeto, que fazia cara de poucos amigos na cadeira ao lado. “Enganam-se, de forma propositada, e interpretam de forma distorcida aqueles que questionam o nosso cerne. […] A autonomia e a imparcialidade da Justiça e do Ministério Público opõem-se a qualquer tipo de autoritarismo de caráter político, ideológico ou econômico. Nosso compromisso é com o Estado democrático e de direito.” Festejados pelos investigadores e abominados pelos investigados, os réus que celebraram acordos de delação premiada com a força tarefa da Lava Jato já somam 40. Firmaram-se também, de acordo com o levantamento de Janot, cinco acordos de leniência, como são chamadas as colaborações de empresas. Celebraram-se, de resto, 86 acordos de cooperação com outros países — entre eles a Suíça, de onde vieram os dados sobre as contas secretas abertas por Eduardo Cunha. Janot realçou: “Os poderes político, econômico e os setores da sociedade civil hão de entender que o país adentrou em nova fase, da qual os holofotes não serão desligados e estarão constantemente direcionados à observâncaia estrita do ordenamento jurídico. É isso que a sociedade espera do Ministério Público.” Blog Josias de Souza

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‘Sou plena, feliz e existo porque minha mãe não optou pelo aborto’, diz jornalista com microcefalia

Ana Carolina Cáceres, de 24 anos, moradora de Campo Grande (MS), desafiou todos os limites da microcefalia previstos por médicos. Eles esperavam que ela não sobrevivesse. Hoje, Ana tem 24 anos. Neste depoimento, ela defende uma discussão informada sobre o aborto. Ana se formou em jornalismo para ser ‘porta-voz da microcefalia’ “Quando li a reportagem sobre a ação que pede a liberação do aborto em caso de microcefalia no Supremo Tribunal Federal (STF), levei para o lado pessoal. Me senti ofendida. Me senti atacada. No dia em que nasci, o médico falou que eu não teria nenhuma chance de sobreviver. Tenho microcefalia, meu crânio é menor que a média. O doutor falou: ‘ela não vai andar, não vai falar e, com o tempo, entrará em um estado vegetativo até morrer’. Ele – como muita gente hoje – estava errado. Meu pai conta que comecei a andar de repente. Com um aninho, vi um cachorro passando e levantei para ir atrás dele. Cresci, fui à escola, me formei e entrei na universidade. Hoje eu sou jornalista e escrevo em um blog. Escolhi este curso para dar voz a pessoas que, como eu, não se sentem representadas. Queria ser uma porta-voz da microcefalia e, como projeto final de curso, escrevi um livro sobre minha vida e a de outras 5 pessoas com esta síndrome (microcefalia não é doença, tá? É síndrome!). Com a explosão de casos no Brasil, a necessidade de informação é ainda mais importante e tem muita gente precisando superar preconceitos e se informar mais. O ministro da Saúde, por exemplo. Ele disse que o Brasil terá uma ‘geração de sequelados’ por causa da microcefalia. Ana passou por cirurgias e contou com ajuda de toda a família para superar dificuldades Se estivesse na frente dele, eu diria: ‘Meu filho, mais sequelada que a sua frase não dá para ser, não’. Porque a microcefalia é uma caixinha de surpresas. Pode haver problemas mais sérios, ou não. Acho que quem opta pelo aborto não dá nem chance de a criança vingar e sobreviver, como aconteceu comigo e com tanta gente que trabalha, estuda, faz coisas normais – e tem microcefalia. As mães dessas pessoas não optaram pelo aborto. É por isso que nós existimos. Não é fácil, claro. Tudo na nossa casa foi uma batalha. Somos uma família humilde, meu pai é técnico de laboratório e estava desempregado quando nasci. Minha mãe, assistente de enfermagem, trabalhava num hospital, e graças a isso nós tínhamos plano de saúde. A gente corta custos, economiza, não gasta com bobeira. Nossa casa teve que esperar para ser terminada: uma parte foi levantada com terra da rua para economizar e até hoje tem lugares onde não dá para pregar um quadro, porque a parede desmancha. O plano cobriu algumas coisas, como o parto, mas outros exames não eram cobertos e eram muito caros. A família inteira se reuniu – tio, tia, gente de um lado e do outro, e cada um deu o que podia para conseguir o dinheiro e custear testes e cirurgias. No total, foram cinco operações. A primeira com nove dias de vida, para correção da face, porque eu tinha um afundamento e por causa dele não respirava. Ana afirma levar uma vida normal: ‘hoje sei até tocar violino!’ Durante toda a infância também tive convulsões. É algo que todo portador de microcefalia vai ter – mas, calma, tem remédios que controlam. Eu tomava Gardenal e Tegretol até os 12 anos – depois nunca mais precisei (e hoje sei até tocar violino!). Depois da raiva, lendo a reportagem com mais calma, vi que o projeto que vai ao Supremo não se resume ao aborto. Eles querem que o governo erradique o mosquito, dê mais condições para as mães que têm filhos como eu e que tenha uma política sexual mais ampla – desde distribuição de camisinhas até o aborto. Isso me acalmou. Eu acredito que o aborto sozinho resolveria só paliativamente o problema e sei que o mais importante é tratamento: acompanhamento psicológico, fisioterapia e neurologia. Tudo desde o nascimento. Também sei que a microcefalia pode trazer consequências mais graves do que as que eu tive e sei que nem todo mundo vai ter a vida que eu tenho. Então, o que recomendo às mães que estão vivendo esse momento é calma. Não se desespere, microcefalia é um nome feio, mas não é esse bicho de sete cabeças, não. Façam o pré-natal direitinho e procurem sobretudo um neurologista, de preferência antes de o bebê nascer. Procurem conhecer outras mães e crianças com microcefalia. No próprio Facebook há dois grupos de mães que têm um, dois, até três filhos assim e trabalham todos os dias tranquilas, sem dificuldade. No Facebook, Ana se manifestou sobre campanha para legalizar o aborto em casos de microcefalia – Image copyrightFacebook Caso o projeto de aborto seja aprovado, mas houver em paralelo assistência para a mãe e garantia de direitos depois de nascer, tenho certeza que a segunda opção vai vencer. Se ainda assim houver pais que preferirem abortar, não posso interferir. Acho que a escolha é deles. Só não dá para fazê-la sem o mais importante: informação. Quanto mais, melhor. Sempre. É o que me levou ao jornalismo, a conseguir este espaço na BBC e a ser tudo o que eu sou hoje: uma mulher plena e feliz. *Este depoimento é resultado de uma conversa entre o repórter da BBC Brasil Ricardo Senra e Ana Carolina Cáceres. E começou com um comentário da jovem no perfil da BBC Brasil no Facebook. Image copyright Arquivo pessoal. Ricardo Senra – @ricksenra /BBC Brasil

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O vírus Zika é propriedade da Fundação Rockefeller

Que surpresa, não é verdade? Vendem o vírus Zika a 599 dólares, mas como são tão generosos, o estão inoculando grátis aos mais desafortunados do mundo. Pode ser comprovado neste link da ATCC. De acordo com o site, a ATCC se descreve desta  forma: ATCC é a líder em materiais e recursos biológicos e padrões de organização global cuja missão centra-se sobre a aquisição, a autenticação, a produção, preservação, desenvolvimento e distribuição dos microrganismos padrão de referência, linhas celulares, e outros materiais. Embora mantendo materiais de coleta tradicionais, a ATCC desenvolve produtos de alta qualidade, padrões e serviços de apoio à investigação científica e inovações que melhoram a saúde das populações mundiais. É claro, a OMS já está com seus dedos longos colocando o medo nas manchetes dos grandes meios com a colaboração dos governos de turno, que para isso estão.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Aliás, para os fãs das casualidades, a zona do Brasil onde apareceu este vírus é a mesma zona onde soltaram os mosquitos genéticamente modificados em 2015. A prefeitura anunciou nesta segunda-feira (2) um convênio com a empresa britânica Oxitec, fabricante do inseto, para realizar um projeto de pesquisa na cidade. Após testes em Juazeiro e Jacobina, na Bahia, a empresa obteve aprovação federal de biossegurança para soltar os animais. O aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para comercializar o serviço, porém, ainda não saiu. Por isso o projeto em Piracicaba ocorre como teste, subsidiado pela empresa. Já sabemos, dos mesmos produtores da fraude da gripe aviária, aos que lhes saiu mal a campanha do Ebola, agora trazem ao mundo inteiro “Zika: Grave Ameaça Mundial”. Aplausos. Texto e imagens acima de cronsub.com. Tradução: Caminho Alternativo Estes mosquitos genéticamente modificados pertencem à britânica Oxitec, uma empresa de biotecnologia que foi comprada pela Intrexon, conforme noticiado em agosto de 2015. No Brasil a Oxitec foi contratada pelo governo, para “fornecer um pacote de serviços, que vai desde o treinamento de agentes públicos ao combate de possíveis epidemias de dengue”, uma contratação com a aprovação da Anvisa. A Anvisa, vale lembrar, é o órgão que demonstrou estar atuando no boicote aos testes clínicos com a fosfoetanolamina sintética, a substância que é apontada como a cura do câncer. Enquanto boicota a fosfoetanolamina por “falta de testes clínicos”, aprova a soltura de mosquitos geneticamente modificados sem prova alguma de sua eficácia e qualquer estudo sobre as consequências futuras, como por exemplo, a mutação genética do mosquito e a potencialização do contágio. Mas quem está por trás da Intrexon? Basta seguir o rastro do dinheiro, ou seja, quem financia a quem. Esta é a posição acionária da empresa de acordo com o site da NASDAQ: Na lista estão a Vanguard Group, BlackRock, Morgan Stanley, State Street Corp, Third Security, entre outras. São empresas/fundos de investimento e bancos que pertencem às dinastias de banqueiros Rothschild e Rockefeller. As mesmas empresas que são proprietárias dos grandes laboratórios e que lucram bilhões com a industria do câncer, através dos quimioterápicos e radioterápicos. Tendo estes dados em mãos, é possível imaginar qual seria o plano. Algo parecido ou pior com o que aconteceu com o H1N1 e o Ebola. Espalhar o vírus, matar milhares de pessoas e em seguida lucrar com a “cura”, ou seja, as vacinas. O Ebola por sinal, foi patenteado pelo governo dos EUA em 2009(link1 e link2), com a participação do exército dos EUA e o usureiro George Soros, que financia, através de sua Fundação Open Society, os laboratórios militares em Serra Leoa e Libéria. Outro vírus patenteado com fins de lucro, conforme revelado pelo leitor Fernando, foi o H1N1, cujo detentor dos direitos sobre a medicação e a vacina era Donald Rumsfeld, secretário de defesa dos EUA no governo Bush filho, comprou quase toda a produção de anis estrelado da China, componente indispensável para a fabricação do Tamiflu. Depois que a relação entre ele e o Tamiflu foi descoberta tiveram que abrir a patente dos remédios para a gripe. Recentemente informaram que o Zika, além de ser responsável pela microcefalia, poderia ser contagioso através de relações sexuais, leite materno e sangue. Sendo assim as mulheres evitarão engravidar e maior será o medo em ter relações sexuais ou trocar fluídos corporais. Uma ferramenta da elite globalista para promover a redução populacional e é claro, lucrar. Tudo isto é parte de uma satânica agenda para chegar ao Governo Mundial, onde um seleto grupo de bilionários sionistas pretende governar o mundo com seus bancos e multinacionais. Blog Caminho Alternativo

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O país dos elegantes, Tríplex e Avenida Foch

“Eu confesso que não sei a verdade: não sei se Lula é ou não dono de um triplex no Guarujá como não sei se FHC é ou não dono de um apartamento na Avenue Foch, em Paris.” Por:  Flávio de Castro Sei apenas que a presunção de ser dono de um triplex no Guarujá é inequivocamente associada à corrupção e a presunção de ser dono de um apartamento em Paris não tem nada a ver, obviamente, com corrupção. Especialmente se o apê do Guarujá for um tanto novo-rico e o apê de Paris, um tanto elegante. A questão é estética. Lula carregando uma caixa de isopor e sendo dono de um barco de lata é uma cômica farofa. Se FHC carregasse uma caixa de isopor e fosse dono de um barco de lata seria uma concessão à humildade.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A questão é classista. Um Odebrecht sentado à mesa com FHC é um empresário rico. O mesmo Odebrecht sentado à mesa com Lula é um pagador de propina. Nada disso tem a ver com corrupção. Nada disso revela qualquer preocupação com o país. A cada dia que passa, é mais evidente que o que está em discussão é quem são os verdadeiros donos do poder. E os donos legítimos do poder são os elegantes. Aqueles com relação aos quais não interessa saber como amealharam riqueza porque, simplesmente, a riqueza lhes cai bem. A casa grande tem um perfume que inebria toda a lavoura arcaica e sensibiliza até a senzala. É o que estamos assistindo. Tudo o mais, tudo o que não é casa grande é Lula e os amigos de Lula! A questão é preconceito. Vejam como um fraque cai naturalmente bem em FHC. Um fraque assim em Lula, certamente, deveria ter sido roubado. O Brasil é o país dos elegantes. De uma elegância classista, racista e preconceituosa deitada eternamente no berço esplêndido do aristocrático século XIX. [FHC, por favor, levante a gravata do seu lado direito, está um pouco torta, isso, perfeito!] ” Flávio de Castro professor de arquitetura da UNIFEMM.

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