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T.S.Eliot – Versos na tarde – 16/08/2015

Burnt Norton T.S. Eliot ¹ (trecho inicial da parte III) Aqui é um lugar de desamor Tempo de antes e tempo de após Numa luz mortiça: nem a luz do dia Que reveste formas de lúcida quietude Transfigurando sombras em beleza transitória E cuja lenta rotação sugere permanência Nem a escuridão que purifica a alma Esvaziando o sensual com privação Purgando de afeto o temporal. Nem plenitude nem vazio. Um bruxuleio apenas Sobre faces tensas repuxadas pelo tempo Distraídas da distração pela distração Cheias de fantasmagorias e ermas de sentido Túmida apatia sem concentração Homens e pedaços de papel rodopiados pelo vento frio Que sopra antes e depois do tempo, vento Fora e dentro de pulmões enfermos Tempo de antes e tempo de após. Eructação de almas doentias No ar estiolado, miasmas Carregados pelo vento que varre as lúgubres colinas de Londres, Hampstead e Clerkenwell, Campden e Putney, Highgate, Primrose e Ludgate. Não aqui Não aqui a escuridão, neste mundo de gorjeios. ¹Thomas Stearns Eliot * St. Louis, Usa – 26 de Setembro de 1888 d.C + Londres, Inglaterra – 4 de Janeiro de 1965 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Protestos: ‘Por que minha opinião política mudou’

Manifestantes no Brasil e no exterior vão se reunir neste domingo para protestar contra o governo Dilma Rousseff e pedir o impeachment da presidente. Protestos do primeiro semestre têm novas adesões, mas também desistentes Além de pessoas que já haviam ido às ruas contra o governo nos protestos do primeiro semestre de 2015, a manifestação deve reunir alguns eleitores do PT, descontentes com o segundo mandato de Dilma. Mas há também quem tenha se desiludido com o rumo dos protestos e desistido de voltar às ruas.   A BBC Brasil conversou com essas pessoas para saber o que motivou a mudança de opinião: ‘Queria oposição que não fosse focada só em tirar Dilma do poder’ – Ednílson Souza, 39, técnico de enfermagem paulista Ednílson Souza participou do protesto de março (acima) na Paulista, mas desistiu por discordar do impeachment e da oposição “Participei do primeiro protesto (antigoverno), em 15 de março, e logo começaram os panelaços. Continuo insatisfeito com o governo. Não gosto do PT atual. Mas não vou ao protesto de domingo. Sou mais ligado à esquerda do que à direita, reconheço que o Lula fez um bom governo, com programas sociais, e acho que o FHC também não foi ruim.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas este governo atual está muito ruim, e não concordo com as suas alianças políticas. O problema nem é tanto a corrupção, que sempre teve, mas até agora não se prejudicava tanto o povo. Mas a (presidente) Dilma mentiu demais, está fazendo tudo diferente do que ela disse (em campanha). Como um governo que se diz do povo corta direitos trabalhistas assim? Só que acho que a oposição não está preocupada com o povo. Ninguém foi com o povo gritar nas ruas. Não gosto do (deputado Jair) Bolsonaro, ele é de direita, mas pelo menos ele deu a cara a tapa e foi aos protestos. Queria uma oposição que não fosse focada apenas em tirar a Dilma do poder. Votei em Marina Silva no primeiro turno e em Aécio Neves no segundo, mas mais por insatisfação, não foi um voto de apoio. O PSDB parece que só quer diminuir o governo para entrar, e não para melhorar o país. Também acho que o impeachment do jeito que alguns querem parece meio golpe, uma atitude oportunista. É melhor passar quatro anos (de governo) e então votar com mais consciência. E essa polarização atual também incomoda, como se (a política) se reduzisse a PSDB contra PT. Parece uma guerrinha de Corinthians x Palmeiras, em que um (eleitor) tem que ganhar do outro e defender seu candidato. Temos que tirar esse negócio de partidos da cabeça, porque somos manipulados por todos. Naquele protesto de março, eu vi as pessoas (manifestantes) meio que se divertindo, tirando fotos com a polícia, tomando sorvete. Como se fosse uma reunião de amigos. Lembro das manifestações dos caras pintadas contra o Collor… Protesto tem que ter indignação – não violência –, e não vi isso naquele dia. Muitos dos meus amigos também desanimaram de protestar. Naquele dia que fui (à manifestação de março), dois amigos do trabalho também foram. Eles nem comentam mais sobre política, antes falávamos sobre isso todos os dias. Mas não porque mudamos de ideia em relação ao governo. Não sei exatamente o que eles pensam. Da minha parte é apenas porque não concordo com a forma como está sendo feito. A oposição não passa credibilidade alguma.” ‘Não tenho como levantar a bandeira de um governo que é um desgoverno’ – Fernando Falcão, 26, auxiliar de escritório acreano Fernando foi eleitor do PT, até outubro de 2014, mas, em 2015, passou a protestar contra o governo; Na foto, aparece em manifestação ‘S.O.S TCU’ “Eu votei no PT em grande parte da minha vida enquanto eleitor, mas infelizmente a gente começa a enxergar que o que o PT faz não é governar e, sim, chantagear emocionalmente o querer do povo. Votei em Lula e também duas vezes na Dilma. No Acre, eu era presidente da juventude no PSDC (Partido Social Democrata Cristão), que é oposição no Brasil, mas lá é aliado ao PT. E aí eu consegui ver de verdade que eles podem, sim, ser chamados de ‘quadrilha’, por causa das manobras. Quando a gente não vai ao encontro das expectativas e vontades do PT, a gente passa de amigo a inimigo do partido. Eu me sinto perseguido pelo PT no Acre e, por causa disso, tive que levantar a bandeira do ‘Fora Dilma’ e do ‘Fora PT’. Não tenho por que ser vítima, tenho que ser guerreiro nessa luta. Meu partido tinha duas cadeiras na Assembleia Legislativa e a gente queria mais espaço dentro do governo. No entanto, ouvimos um não. Eu comecei um embate sobre isso até que o presidente regional disse que teria que fechar as portas para mim dentro do partido, porque eu estava falando demais e me impondo demais. Isso aconteceu um pouco antes das eleições de 2014. Ainda assim votei em Dilma, porque quando a gente se dedica um pouco mais a essas frentes de liderança política, a gente passa a viver disso. Então eu era pago para defender a causa também. Eu nunca me julguei ‘de esquerda’. Eu defendia as ideias do meu partido. O PT só entrava nisso para eu vender o peixe do meu partido e nos aliarmos a ele. Eu nunca defendi a ‘mancha vermelha’. Eu também sempre votei no PT porque, infelizmente, no Acre a gente só tem duas opções e a outra opção, o PSDB, nunca teve, a meu ver, um projeto bom para o Estado. Depois da eleição eu me afastei do meu partido e comecei a me dedicar a novas idéias. Quando vim para São Paulo, em fevereiro, e comecei a ter uma visão de como as coisas andam no Brasil. Não tenho mais como levantar a bandeira de um governo que, na verdade, é um desgoverno. Aqui eu comecei a acompanhar o Movimento Brasil Livre e fui convidado a participar das manifestações com

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Tecnologia: Kaspersy Lab teria falsificado malware para atingir rivais, dizem ex-funcionários

Uma das maiores companhias de segurança do mundo, a Kaspersky Lab, sediada em Moscou, tentou causar prejuízos aos rivais de mercado ao enganar os programas de antivírus para que classificassem arquivos benignos como maliciosos, de acordo com dois ex-funcionários. Eles disseram que a campanha secreta tinha como alvo a Microsoft, AVG Technologies, Avast Software e outras concorrentes, enganando algumas delas para que deletassem ou desabilitassem arquivos importantes dos computadores de seus clientes. Alguns dos ataques teriam sido ordenados pelo cofundador da Kaspersky Lab, Eugene Kaspersky, em parte para retaliar concorrentes menores que ele sentia que estavam imitando seus programas em vez desenvolver sua própria tecnologia, disseram.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Eugene considerou este roubo,” disse um dos antigos funcionários. Ambas as fontes requisitaram anonimato e disseram que estavam entre o pequeno grupo de pessoas que sabiam sobre a operação. “Nossa companhia nunca conduziu nenhuma campanha secreta para enganar competidores para gerar falsos positivos para prejudicar suas posições de mercado. Tais ações são antiéticas, desonestas e sua legalidade é, no mínimo, questionável,” disse a Kaspersky em uma declaração à Reuters. Executivos da Microsoft, AVG e Avast anteriormente disseram à Reuters que partes desconhecidas tentaram induzir falsos positivos nos últimos anos mas, quando contatados esta semana, não tinham comentários para a alegação de que a Kaspersky Lab as tinha alvejado. Reuters

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Bernini – Arte – Escultura

Gian Lorenzo Bernini – David, Detalhe – Mármore,1623-1624 Galleria Borghese,Roma Clique sobre a imagem para ampliá-la. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cientistas criam robô capaz de construir sozinho outros melhores

Pesquisadores britânicos desenvolveram um robô capaz de construir outros robôs ainda melhores sem intervenção humana. A “mãe-robô”, produzida na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, junta pequenos cubos para formar um novo “bebê-robô” “Ela” então avalia a distância que eles conseguem percorrer e, após analisar os resultados, consegue projetar outros robozinhos capazes de percorrer distâncias ainda mais longas. Adaptação O objetivo do estudo é descobrir como produzir robôs que se adaptem ao ambiente. O trabalho, feito por pesquisadores de Cambridge e Zurique, na Suíça, foi publicado na revista científica PLOS One. Apesar de a ideia de robôs construírem outros robôs – cada vez melhores – parecer roteiro de filme de ficção, até o momento não é preciso se preocupar com a hipótese de eles “dominarem o mundo”: os “bebês-robos” são apenas cubos de plástico com um motor dentro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A mãe-robô cola um ao outro em configurações diferentes, o que lhe permite encontrar sistemas cada vez melhores. Apesar de a montagem ser simples, o trabalho em si é elaborado. Os experimentos com robôs ajudam cientistas a entender melhor a evolução de seres vivos A mãe construiu dez gerações de robôs. A versão final conseguiu percorrer o dobro da distância coberta pelo primeiro antes de a sua bateria acabar. De acordo com Fumiya Iida, da Universidade de Cambridge, que conduziu a pesquisa com colegas da Universidade ETH, em Zurique, um dos objetivos é encontrar novas ideias sobre como seres vivos evoluem. “Uma das grandes questões da biologia é como a inteligência surgiu – e estamos usando a robótica para explorar esse mistério”, disse ele à BBC. “Sempre pensamos em robôs fazendo tarefas repetitivas, já que, tipicamente, são projetados para produção em massa e não customização em massa. Mas, queremos ver robôs capazes de inovação e criatividade.” Outro objetivo é desenvolver robôs capazes de melhorar e se adaptar a novas situações, de acordo com Andre Rosendo, que também trabalhou no projeto. “Pode-se imaginar carros sendo construídos em fábricas e robôs procurando defeitos e consertando-os por conta própria”, disse. “E robôs usados na agricultura poderiam experimentar técnicas diferentes de colheita para ver se melhoram o rendimento.” Iida disse que começou a trabalhar com robótica porque estava decepcionado, já que os robôs da vida real não eram tão bons como os que ele via em filmes de ficção científica como “Guerra das Estrelas” ou “Jornada nas Estrelas”. Seu objetivo é mudar isso. Para tanto, tira lições do mundo natural visando a melhorar a eficiência e a flexibilidade de sistemas de robótica tradicionais. Será que em breve veremos robôs como os da ficção científica que o inspiraram? “Ainda não chegamos lá, mas com certeza, por que não? Talvez em cerca de 30 anos”, diz ele. Pallab Ghosh/BBC

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Eduardo Cunha: Pic Nic à beira do vulcão

A Câmara age irresponsavelmente e contribui para agravar a crise do país. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ao se opor ao governo Dilma, ele prejudica também os eleitores brasileiros. O Brasil vive grave crise econômica, que poderá se tornar ainda pior. O aviso veio no último relatório da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, uma das três maiores do mundo. O Brasil está na iminência de perder o grau de investimento, o atestado de que o país é bom pagador e merece crédito dos investidores. A perda do selo poderá ter consequências funestas para o país: redução dos investimentos externos, maiores dificuldades para as empresas brasileiras se financiarem, prolongamento da recessão, alta da inflação. Diante do aviso da Standard & Poor’s, ÉPOCA publicou que o comportamento das lideranças do Congresso Nacional, na volta aos trabalhos, deveria ser o de buscar honrar o voto dos cidadãos e agir com responsabilidade, deixando de aprovar projetos que representem mais gastos públicos. Não se viu, porém, comportamento responsável na Câmara dos Deputados na volta do recesso, há duas semanas. Sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, os deputados continuam a brincar de piquenique na beira do vulcão. Ignoraram as recomendações de prudência e aprovaram, em primeiro turno, a PEC 443, que vincula os salários da Advocacia-Geral da União, delegados civis e federais à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Se a PEC 443 for aprovada pelo Congresso, cria-se mais uma despesa adicional de R$ 2,4 bilhões por ano. Na expectativa de vir a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República, por conta das investigações da Operação Lava Jato sobre esquemas de corrupção na Petrobras, Cunha guia a pauta da Câmara movido por seus interesses individuais. Fustigando o governo Dilma com a pauta-bomba, crê que dará uma demonstração de força para evitar um processo no Supremo Tribunal Federal (STF). A pauta-bomba, porém, não contribui apenas para desestabilizar o governo Dilma e desgastar o PT. A aprovação de mais gastos públicos prejudica os cidadãos que elegeram os parlamentares como seus representantes no Congresso Nacional – que, em consequência, enfrentarão alta nos preços, desemprego e uma crise econômica ainda mais longa. O país espera agora que as lideranças do Senado Federal sejam mais responsáveis e atuem para desarmar as bombas que a Câmara deixou no caminho. Época

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