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António Ramos Rosa – Versos na tarde – 04/07/2015

Poema António Ramos Rosa¹ Tinhas um nome de trigo e de silêncio e no círculo da tua íris a melancolia de um verde leve e de um lilás suave. O teu sorriso cintilava como o oiro da penumbra O vento da sombra despenteara-te os cabelos e o negro ramalhete de uma madeixa esguia pendia sobre a tua fronte pálida e indecisa Aproximei-me do teu rosto como uma vogal branca e acariciei-o como se acaricia uma nascente de linho ou uma pequena estrela limpa uma andorinha branca e com os meus dedos soletrei-lhe todas as minúcias mágicas Pronunciou então o meu nome num murmúrio de seda ou como um óleo da lua O meu sangue deslizou sob uma chuva de pólen para o lábio de uma praia entre a primavera e o outono da ternura Minha pequena estrela que julgara perdida erguia-se da água com os ombros esguios e da fonte dos ventos mais suaves como uma ânfora de linfa ou um ramo de oiro pálido De Os animais do Sol – 2003 Ps. Mantida a grafia do português de Portugal ¹António Ramos Rosa * Algarve, Portugal – 1924 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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STF não interfere no processo legislativo, rebate Cunha

PRESIDENTE DA CÂMARA DISSE QUE SUPREMO, NO MÁXIMO, ANALISA A CONSTITUCIONALIDADE DO PRODUTO ACABADO O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta quinta-feira (2) que o Supremo Tribunal Federal (STF) não interfere no processo legislativo, ao comentar a intenção de deputados de entrar com mandado de segurança no STF contra a forma como a proposta de redução da maioridade penal foi aprovada pelo Plenário. “O Supremo no máximo analisa a constitucionalidade ou não do produto acabado, que é a lei final. Mas é direito de todos questionar a decisão, faz parte da democracia”, acrescentou Cunha. Ele destacou que a matéria rejeitada na madrugada de quarta-feira (1º) foi um substitutivo, ficando resguardada a proposta original (PEC 171/93), votada na madrugada de quinta. Os deputados que questionam a votação citam o artigo 60 da Constituição, segundo o qual matéria constante de proposta de emenda rejeitada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Acontece que não é a mesma matéria. É uma matéria da qual foi votada o substitutivo. Esse substitutivo foi rejeitado. Resta a proposta original com as sua emendas e seus destaques e as suas apensadas. Foi isso o que aconteceu”, disse o presidente. Precedente Eduardo Cunha apresentou parecer do próprio Supremo que julgou, em 1996, uma situação semelhante e declarou a medida constitucional. No acórdão, o STF definiu que, no caso de a Câmara dos Deputados rejeitar um substitutivo, e não o projeto original, não se aplica o artigo 60 da Constituição. “Afastada a rejeição do substitutivo, nada impede que se prossiga a votação do projeto original”, salientou, citando a decisão. O texto aprovado pela Câmara é uma emenda dos deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Andre Moura (PSC-SE) à PEC 171/93, prevendo a redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, nos casos de crimes hediondos (estupro, sequestro, latrocínio, homicídio qualificado e outros), homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Foram 323 votos a favor e 155 contra, em votação em primeiro turno. O Plenário precisa ainda analisar a matéria em segundo turno. Agência Câmara

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Escolas devem treinar crianças para usar Wikipédia, diz fundador do site

Considerado um dos ‘gurus’ da internet, Jimmy Wales, cofundador da enciclopédia virtual Wikipédia, esteve no Brasil na semana passada para participar de uma série de palestras em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Não foi a primeira, mas foi a mais longa visita de Wales ao país. Americano do Alabama, Wales fundou a Wikipédia em 2001, junto com o amigo Larry Sanger. A ideia era fazer uma enciclopédia ‘livre’, que pudesse ser escrita e editada por qualquer pessoa. Desde então, já teriam sido escritos, segundo a própria Wikipédia, mais de 35 milhões de artigos em 288 línguas. Há quem critique a qualidade de muitos desses artigos. Wales nega que isso seja um problema significativo, mas diz que estão sendo tomadas medidas para que o conteúdo do site seja “melhor que o de uma enciclopédia tradicional”. Entre um compromisso e outro no Brasil, o americano falou com a BBC sobre esses esforços e defendeu que os estudantes sejam “treinados” para usar a Wikipédia. Confira:[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] BBC Brasil – No ano passado, uma figura ligada ao governo foi acusada de alterar o perfil de jornalistas na Wikipédia. O que é feito para impedir que a plataforma seja usada por grupos políticos organizados ou grandes empresas como instrumento de propaganda? Jimmy Wales – Esses comportamentos são proibidos pelas regras da Wikipédia. E nós bloqueamos e banimos da nossa comunidade de editores pessoas que são pegas fazendo isso. Também é preciso considerar o custo de quebrar as regras: é bastante vergonhoso para qualquer político ou empresa se seus assessores de comunicação ou funcionários são flagrados fazendo esse tipo de coisa. Sabemos que acontece, mas (isso acontece) com menos frequência do que a maioria das pessoas pensa.   BBC Brasil – Mas imagino que seja complicado identificar essas pessoas se qualquer um pode editar os artigos. Empresas ou partidos não podem pagar qualquer um para mudar as entradas da Wikipédia que são de seu interesse? Wales – Existe uma comunidade monitorando as informações que são colocadas em cada artigo. Se alguém não está seguindo as regras da Wikipédia é logo identificado. As pessoas não podem simplesmente deletar informações que não querem ver expostas ou escrever coisas sem atribuí-las a fontes confiáveis. Na realidade, no caso das empresas, vemos que o caminho mais efetivo (se elas querem colocar algo no site) é que nos abordem de forma transparente. Elas podem dizer: “Temos essa proposta para tal artigo”. Então a comunidade pode analisar essa proposta e decidir. O que acontece se o processo não é esse é que eles começam a escrever coisas consideradas inapropriadas e acabam banidos. BBC Brasil – A Wikipédia teve um crescimento impressionante nos seus 15 anos de existência, mas muitos dizem que a qualidade de muitos artigos é discutível. O que vocês têm feito para melhorar? Wales – Há estudos acadêmicos feitos sobre a Wikipédia que mostram que, no geral, a qualidade dos artigos não é muito diferente dos de uma enciclopédia tradicional. Isso ainda não nos satisfaz – a proposta é ser melhor que uma enciclopédia tradicional. E estamos levando a cabo uma série de iniciativas para avançar nessa questão. Uma das mais importantes é o que chamamos de Wikiprojects: as pessoas se reúnem para discutir tópicos específicos. Só para dar um exemplo, temos um Wikiproject sobre a Segunda Guerra Mundial, na qual as pessoas analisam todas as entradas relativas a esse tópico. Os artigos recebem nota e são categorizados por sua qualidade. Também é elaborada uma lista sobre o que é preciso fazer para melhorar cada um deles. BBC Brasil – Como o senhor vê a Wikipédia em 10 anos? Wales – A principal mudança em curso que deve ter um impacto no futuro do projeto tem sido o crescimento em línguas do mundo em desenvolvimento, na África, na Índia, mesmo em idiomas usados por pequenas comunidades. Também devemos continuar crescendo em acessos por celular e outras plataformas móveis. BBC Brasil – A ideia é que, com esse esforço para aprimorar a qualidade, a plataforma possa ser usada, por exemplo, em trabalhos escolares – como, no passado, as enciclopédias tradicionais? Wales – Acho que ela já é usada de forma substancial por estudantes. Sempre que falo com alunos universitários eles brincam: “Nunca teríamos nosso diploma sem vocês”. Por isso, o que deveríamos estar discutindo nas escolas não é se, e sim como usar o site. Quais são os pontos fortes e os pontos fracos dessa ferramenta, o que procurar em cada artigo. Essa deve ser uma parte importante da educação, já que tanta gente hoje se informa pela internet. Precisamos nos assegurar que os jovens e crianças estão recebendo instruções para fazer isso da maneira correta. As pessoas vão usar a Wikipédia quando saírem da escola de qualquer maneira, então é importante que sejam treinadas para isso. BBC Brasil – A internet e mídias sociais têm servido de palco para algumas pessoas com visões radicais ou extremistas. Se todos podem editar as entradas da Wikipédia, isso não se torna um problema? O que vocês fazem para garantir artigos equilibrados? Wales – Não percebemos isso como um problema. Na realidade, nossa percepção é oposta: achamos que a internet está levando à destruição do extremismo já que, com ela, as pessoas começam a ser expostas a uma grande variedade de ideias diferentes das suas e têm um maior entendimento (dos fatos). É muito difícil ser extremista em um mundo em que as informações sobre tantos temas estão tão amplamente disponíveis. Na Wikipédia, nosso estilo já é muito neutro, muito calmo, procuramos fontes confiáveis. Mas acredito que, de maneira mais ampla, na internet também estamos vendo a morte do extremismo. BBC Brasil – Veículos da imprensa dos EUA e Grã-Bretanha já o retrataram como o único ‘guru’ da internet que não ficou bilionário. Foi uma opção? Wales – Na realidade, eu também sou fundador do site Wikia.com, que é website número 17 no mundo, um projeto comercial que está dando muito certo. A (operadora móvel com rede virtual)

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Marinha dos EUA paga milhões de dólares para continuar utilizando o Windows XP

Talvez você já esteja ansioso esperando o lançamento oficial do Windows 10, que acontece no dia 29 de julho. A Marinha dos EUA, no entanto, acaba de pagar milhões à Microsoft para continuar utilizando o Windows XP. O Space and Naval Warfare Systems Command, que controla as comunicações e informações de rede da Marinha, fechou um contrato de 9,1 milhões de dólares no começo do mês para ter acesso a patches de segurança do Windows XP, Office 2003, Exchange 2003 e Windows Server 2003. De acordo com o site de tecnologia Computerworld, a instituição começou a transição para se livrar do Windows XP em 2013, mas, até maio deste ano, o sistema ainda era executado em aproximadamente 100 mil estações de trabalho.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A Marinha se baseia em uma série de aplicações e programas que são dependentes dos produtos do legado do Windows”, disse ao site Steven Davis, porta-voz do Space and Naval Warfare Systems Command. ” Até que esses programas e aplicações sejam modernizados ou eliminados, esta continuidade dos serviços é necessária para manter a eficácia operacional”. Documentos não classificados da Marinha deixam claro que continuar utilizando o Windows XP sem o suporte da Microsoft seria muito arriscado. “Sem esse apoio contínuo, as vulnerabilidades desses sistemas seriam descobertas, sem patches para proteger os sistemas”, diz o arquivo. “A deterioração resultante fará com que a Marinha dos EUA fique mais suscetível à invasão… e poderia levar à perda de integridade dos dados”. Ainda segundo o Computerworld, a Marinha dos EUA não está sozinha no apego ao Windows XP. Aproximadamente 10% dos PCs que acessam sites usando o serviço de relatório de tráfego StatCounter durante este mês estavam executando o Windows XP, dando-lhe uma quota de mercado acima apenas do OS X, da Apple. Fonte: Computerworld

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Diego El Cigala – Pro dia nascer melhor – 05/07/2015

Diego El Cigala – Soledad Guitarra: Juanjo Domínguez Créditos: Autor: Enrique Fabregat Jodar Letra Soledad, fue una noche sin estrellas cuando al irte te dejaste tanta pena y tanto mal. Soledad desde el día en que te fuiste en el pueblo solo existe un silencio conventual. Soledad, los arroyos están secos, en las calles hay mil ecos que te gritan sin cesar. Soledad vuelve ya a quitar con tus canciones para siempre los crespones que ensombrecen en mi soledad. Soledad, vuelve ya vuelve ya mi soledad. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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