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Verlaine – Versos na tarde – 05/06/2015

Canção do outono Verlaine ¹ Os soluços graves Dos violinos suaves Do outono Ferem a minh’alma Num langor de calma E sono. Sufocado, em ânsia, Ai! quando à distância Soa a hora, Meu peito magoado Relambra o passado E chora. Daqui, dali, pelo Vento em atropelo Seguido, Vou de porta em porta, Como a folha morta Batido… ¹ Paul-Marie Verlaine * Metz, França – 30 de Março de 1844 d.C + Paris, França – 8 de Janeiro de 1896 d.C Um dos maiores poetas simbolistas franceses, seu lirismo musical abriu novos caminhos para a poesia em seu país e no mundo. O lirismo musical e evanescente de Verlaine exerceu influência decisiva no desenvolvimento do simbolismo e abriu novos caminhos para a poesia francesa. Com Mallarmé e Baudelaire, Verlaine compõe o grupo dos chamados poetas decadentes.

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Social commerce toma forma no Brasil

Olhou, gostou, comentou, comprou! Um número crescente de comerciantes vem transformando as redes sociais em vitrines de seus produtos. E um número ainda maior de frequentadores do Twitter, Facebook, e Instagram, tem se divertido comprando por impulso. No mundo inteiro, muitos negócios B2C estão aprendendo a lidar com a agregação das redes sociais aos seus canais de vendas. E o Brasil está inserido nesse cenário. A estimativa de muitos analistas é a de que o social commerce movimente hoje cerca de R$ 100 milhões por ano no país. Até 2018, a modalidade deverá responder por 6% do e-commerce, movimentando R$ 1,8 bilhão em transações. São números otimistas, especialmente se consideramos que o social commerce tem se caracterizado, até aqui, por ser um canal destinado à impulsionar as promoções dos grandes do e-commerce e anabolizar as vendas dos pequenos varejistas, sem bala na agulha para sustentar grandes operações proprietárias de comércio eletrônico. Mas com base nessas e outras projeções – como a da empresa de e-commerce canadense Shopify, que aponta o Facebook como líder em vendas, com 1,85% de cliques passagem que conduzem a uma compra, contra 0,77% do Twitter), as próprias redes sociais já começaram a investir em soluções nativas – os famosos botões “Comprar” – com o objetivo de tentar se inserir ainda mais no ecossistema e evitar perder dinheiro, já que hoje, o modelo de negócio mais bem sucedido as deixa de fora da melhor parte da transação: a efetivação da compra propriamente dita. Que modelo de negócio é esse? Aquele de Social Shopping colocado em prática pela Amazon e o Twitter em maio do ano passado, e que permite a usuários dos dois serviços adicionar produtos ao carrinho de compras do site Amazon.com, sem sair do Twitter. Basta que o usuário responda ao tweet apresentado na sua timeline (contendo o link do produto à venda na Amazon e a hashtag #AmazonCart), com outro tweet contendo a mesma hashtag (#AmazonCart).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A mecânica é muito semelhante à usada hoje no Brasil pelas soluções das startups Boxbuy e Arco. A solução da Boxbuy, que venceu recentemente a primeira edição do desafio MasterCard Digital Commerce SHIFT, permite que comerciantes e fabricantes iniciem a venda de seus produtos nas redes sociais usando os respectivos botões “Curtir” para que os consumidores possam adicioná-los a seus carrinhos de compra. Além disso, já possibilita também que as lojas online ofereçam seus produtos por meio de aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp. No caso das redes sociais (Twitter, Facebook e Instagram), o Boxbuy identifica quando o consumidor curte algum produto à venda, uma vez que esse produto foi previamente cadastrado pelo comerciante no site Boxbuy.com. A partir dessa identificação, envia o produto para o carrinho do site Boxbuy, onde a compra é finalizada. Feito o pagamento, o comerciante recebe os dados do comprador e providencia o envio do produto. O Boxbuy cobra uma taxa de 2% caso a venda seja concretizada. Já a Arco permite que o consumidor busque no Instagram pela hashtag #usearco para ver fotos de todos os produtos à venda, ou #arcoama para conhecer os produtos que o Arco está promovendo. A compra é feita a partir da inclusão da palavra “compra” no comentário feito na foto referente ao produto desejado. Para que o sistema funcione, o comerciante também precisa estar previamente cadastrado no site Arco.vc e utilizar a tag #usearco nas fotos dos produtos publicadas na rede social. O consumidor só paga o preço cobrado pelo vendedor por cada produto, sem adicionais. E os vendedores pagam uma comissão de 5,5% do valor da mercadoria para a Arco, como taxa de venda. Na maioria das vezes, no entanto, em vez de clicar diretamente no anúncio de um varejista no Facebook para fazer uma compra, o consumidor vê a imagem do produto no Pinterest ou no Instagram e acaba comprando o produto na loja física, ou fazendo o pedido por e-mail ou telefone. A imagem é apenas o gatilho que dispara o processo da compra. Um desafio das redes agora é fazer com que mais micros e pequenas empresas encarem o social commerce como uma ferramenta de geração de negócios. Para crescer, educar Não por acaso, no início deste ano, o Facebook iniciou um projeto piloto com a Unas, associação de moradores da comunidade de Heliópolis. A rede social está instalando um laboratório de inovação, com computadores e acesso à internet, onde serão aplicados cursos destinados a microempreendedores e usuários da plataforma em geral. O objetivo é mostrar de que forma esses “empresários locais” podem usar a rede social e seus serviços, como Messenger, o Instagram e o WhatsApp como ferramentas para impulsionar os negócios. O potencial é grande. Hoje quase 90% da população de Heliópolis usa o Facebook. Embora a comunidade seja muito ativa, com mais de 5 mil pequenos empresários locais, incluindo comerciantes e prestadores de serviço, 86% deles ainda não têm uma página da rede social e desconhecem completamente como incrementar seus negócios por meio da plataforma. O laboratório está em fase final de montagem, com provisão de começar a funcionar no início de março. Funcionários do Facebook darão cursos sobre melhor uso do da rede social, de modo geral, incluindo dicas de privacidade, segurança, criação de páginas, melhores práticas de conteúdo, noções de marketing digital e envolvimento com os potenciais consumidores. Algo que os usuário da LikeStore já descobriram há tempos. O marketplace de social commerce tem mais 24 mil lojas, responsáveis por 5 mil transações mensais através do Facebook e, agora, também através do Instagram. O o sistema de criação da loja é gratuito. A LikeStore fatura cobrando 2% sobre as vendas. O lojista ainda paga uma taxa para o meio de pagamento usado – 7,4% para cartão de crédito e 2,9% para boleto ou transferência bancária, acrescidos de R$0,39 (fixo) por transação. No plano Pro é possível cadastrar até 200 produtos. Atualmente, 2,1 milhões de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) mantêm páginas no Facebook, número que corresponde a um terço das

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Facebook e o futuro da Imprensa

Deus e o diabo na terra da mídia Os artigos instantâneos, recurso lançado pelo Facebook, podem representar uma grande oportunidade para a mídia. Entretanto muitos temem que, ao adotar a novidade, os veículos de comunicação estejam abraçando o diabo. Para quem não sabe do que se trata, a nova funcionalidade da rede de Mark Zuckerberg permite que os veículos publiquem seu conteúdo efetivamente nas suas linhas do tempo, ao invés de criar posts que remetam aos conteúdos em seus sites. Pode parecer uma sutileza tola, mas não é: a experiência do usuário com o conteúdo começa já na linha do tempo. Ao clicar no post, o conteúdo é aberto diretamente no Facebook, e não no site do veículo, de uma maneira muito mais rápida. Além disso, a plataforma oferece recursos editoriais interessantes, que podem tornar a experiência ainda mais envolvente. Como o recurso por enquanto está disponível apenas no aplicativo do Facebook para iPhone, você pode ver como ele funciona no vídeo abaixo, do TechCrunch: O conteúdo publicado no novo formato não ganhará nenhuma relevância adicional, portanto a chance de aparecer no seu feed de notícias será a mesma de qualquer outro post do mesmo veículo. Em compensação, por ser mais envolvente, em tese ele será muito mais compartilhado pelos próprios usuários, aumentando consideravelmente sua audiência.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Como os veículos ficarão com toda a receita dos anúncios que venderem para os artigos instantâneos (se o Facebook vender, ele fica com 30%), é uma maneira interessante de monetizar o conteúdo promovido na rede, algo de que os veículos de comunicação sempre reclamam por não ter bons resultados. Parece bacana, não é? Então qual é o problema? Há alguns pontos importantes a se considerar. Primeiramente, ao colocar o conteúdo efetivamente dentro do Facebook, o veículo de comunicação deve entender que o indivíduo não mais consumirá tal conteúdo em seu site ou aplicativo. Receita e audiência podem ser mantidos (e até ampliados) pelo compartilhamento de números com o Facebook, mas é um fato que o usuário estará fora do “ambiente” do veículo, o que pode limitar sua capacidade de incentivar o indivíduo a consumir mais conteúdo ou outros produtos da casa. Outro medo é que, ao adotar as novidades, os veículos estejam alimentando um monstro que depois os engolirá. O Facebook hoje já é mais relevante na vida das pessoas que qualquer veículo de comunicação. Mas, apesar de ser um canal de distribuição formidável (para alguns grandes veículos, chega a responder por um terço de sua audiência), ele não produz nenhum conteúdo. Se começarem a publicar diretamente no Facebook, por mais que o material esteja dentro das páginas dos veículos, há um temor de que o usuário diga, cada vez mais, “vi no Facebook” ao invés de “vi no Estadão”, por exemplo. E, nesse caso, quem será o “dono” do conteúdo? Por fim, mas não menos importante, hoje o modelo de negócios oferecido é francamente favorável aos veículos. Mas qual é a garantia que, lá na frente, quando a mídia estiver despejando toneladas de “artigos instantâneos”, o Facebook não mude as regras do jogo, tornando-o (muito) mais interessante para si? Fazendo um paralelo com jornais e revistas, é como se todos os caminhões da cidade decidissem cobrar o dobro para entregar os impressos. Noiva cobiçada Apesar de tudo isso, alguns dos principais nomes da mídia abraçaram a novidade em seu lançamento: The New York Times, National Geographic, BuzzFeed, NBC News, The Atlantic, The Guardian, BBC News, Spiegel Online e Bild. Alguns deles, veículos com muita estrada, já têm boas iniciativas online, como The Guardian e The New York Times. E há também o BuzzFeed, digno representante da mídia nativamente digital e que já tem íntima relação com o Facebook. É muita gente boa abraçando o diabo! Será que os truques do Coisa-Ruim enganaram todos eles? Quero crer que não. Qualquer um poderia dizer: “se o negócio ficar ruim depois, o veículo pode simplesmente abandonar o formato”. Isso é verdade. Mas talvez o Facebook já terá se transformado do jacaré atual em um tiranossauro. E pular fora de seus domínios poderia eventualmente diminuir ainda mais a relevância de qualquer veículo. Nesse jogo de xadrez, o novo recurso foi uma jogada de mestre de Zuckerberg. Agora é a vez dos veículos jogarem. Talvez o Facebook nunca use esses “lances do mal” descrito acima. Talvez os “artigos instantâneos” não cheguem a fazer sucesso com os usuários. Quem sabe? Isso é tudo especulação afinal. O que é certo é que os veículos batem cabeça há 20 anos na mídia digital, sem conseguir criar um modelo realmente vencedor que garanta a sua continuidade. Pelo contrário: continuamos vendo veículos, alguns centenários, fechando suas portas. E o culpado por isso não é o Facebook, o Google ou, em um sentido mais amplo, a Internet. Os culpados são os próprios veículos, que parecem ter esquecido como ser relevantes para seu público. Estão tão preocupados com sua minguante receita publicitária, que não dão tanta importância para ele, sua razão de existir. A maioria dos veículos que hoje agonizam nasceram nos séculos 19 e 20 para atender a comunidade onde estavam, um grupo social ou um ideal. Cresceram fieis a isso. Mas acabaram se tornando máquinas muito bem azeitadas de fazer dinheiro, que já não vinha tanto de seu público, e sim da publicidade. Não estou condenando a publicidade de forma alguma, mas isso só funcionou (e funcionou por muitas décadas) enquanto esse público não tivesse algo com o que se sentisse mais bem representado. Isso aconteceu com o fortalecimento da mídia digital. Para desgraça dos veículos, seus concorrentes deixaram de ser os outros veículos, uma batalha que eles conheciam, para ser qualquer site ou aplicativo que lhes roube o tempo que seu antigo público lhes dedicava. Com o declínio da audiência, a publicidade arrumou as malas e os deixou. Parte da relevância perdida pode estar no conteúdo, que muitas vezes já não atenda mais às expectativas das pessoas, e até mesmo ao alinhamento político e econômico dos

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Remédios Antigos – Vinho de Cocaína

Quando foram descobertas, a Cocaína, morfina e até a heroína eram vistos como remédios miraculosos . Hoje são proibidas, mas estavam legalmente disponíveis no passado. Muitos dos fabricantes existem até hoje, e proclamavam até o final do século 19 que seus produtos continham estas drogas. O Vinho Mariani (1865) era o principal vinho de coca do seu tempo. Era recomendado também, vejam só, contra a influenza. O Papa Leão XIII carregava um frasco de Vinho Mariani consigo e premiou seu criador, Angelo Mariani, com uma medalha de ouro. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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