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José Saramago – Versos na tarde – 10/05/2015

Espaço curvo e infinito José Saramago ¹ Oculta consciência de não ser, Ou de ser num estar que me transcende, Numa rede de presenças e ausências, Numa fuga para o ponto de partida: Um perto que é tão longe, um longe aqui. Uma ânsia de estar e de temer A semente que de ser se surpreende, As pedras que repetem as cadências Da onda sempre nova e repetida Que neste espaço curvo vem de ti. in Poesias Possíveis,1966 ¹ José de Sousa Saramago * Azinhaga, Portugal – 16 de Novembro de 1822 d.C + Ilhas Canárias, Espanha – 19 de junho de 2010 d.C Prêmio Nobel de Literatura de 1988 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Arquitetura – O prédio mais feio do mundo

Hotel Ryugyong – Coréia do Norte Após 16 anos, as obras começaram em 1987, foram interrompidas em 1992, o monstrengo está em fase final de acabamento. O “bicho” é tão feio que a foto não aparece nos folhetos de propaganda que promovem o turismo na cidade. Sites como Esquire.com, Worldhum.com, Weirdasianews.com, consideram o hotel Ryugyong,como a construção mais feia do planeta. A coisa foi construído na capital Pyongyang e é um dos mais altos do mundo, com 330 metros de altura.  Possui 3 mil quartos distribuídos em 105 andares. O topo do prédio — um arremedo do castelo da Cinderela, argh! — lembra mais um foguete e terá 5 restaurantes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Sua construção começou em 1987. As obras foram interrompidas em 1992 e só retomadas agora, 20 anos depois. A Coréia do Norte é uma das últimas paleolíticas ditaduras comunistas ainda de pé. Vá la, cambaleante. O país não tem recursos e muito menos turistas. Há dúvidas se existem recursos para a conclusão do “aborto arquitetônico”. Ainda por cima, por ser fruto de “obra estatal”, alguns críticos afirmam que erros estruturais impedirão a utilização da “coisa”.

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Ministros do Supremo vão se ajoelhar por mais cinco anos de poder?

A ânsia golpista da mídia brasileira e o nível abjeto de politicagem que ela permite ao Sr. Eduardo Cunha levaram o Brasil a viver algo que jamais pode ser descrito como o preceito de “independência e harmonia” dos Poderes. A extensão da permanência dos Ministros do Supremo Tribunal Federal até a idade de 75 anos não é, em si, absurda, embora o ideal é que houvesse um período máximo, em nome da própria renovação de sua composição. Daí em diante, porém, tudo é absurdo. Primeiro, que isso se aplique aos ministros que assumiram sob as regras que vigiam até hoje. É tão básico que chega a ser custoso explicar como isso fere o princípio de que não se mudam as regras para influir na composição da Corte Suprema do país. Basta, para isso, imaginar o contrário, que se achasse conveniente, em nome da renovação da Justiça, em baixar a idade máxima dos magistrados para 65 anos, que é a idade máxima de quem venha a ser indicado, segundo o art. 12, § 3º, IV, da Constituição. Osso significaria, na prática, a “cassação” imediata de cinco ministros: Celso de Mello, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Teori Zavascki. Não é preciso dizer que isso seria o mais desavergonhado golpismo institucional. Mas o segundo absurdo, agora evidenciado e a “provinha” a que os ministros que pretendam “esticar” seus mandatos até os 75 anos, terão que se submeter perante os Senadores. Como são os ministros do STF que julgam os senadores (e os deputados) por crimes, como seriam independentes para enfrentar o corporativismo senatorial se dele dependerem para continuar no cargo?[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Imagine a situação de um ministro, aos 65 anos, para julgar aqueles que, em pouco tempo, vão decidir se ele permanece ou não no cargo? Claro que, na prática, isso significa a revogação da independência dos ministros do Supremo que se aproximarem da antiga “expulsória” de 70 anos. Pode, sem qualquer razão objetiva senão o desejo dos senadores, ter permitida ou negada sua permanência na mais alta magistratura. E, por extensão, o mesmo nos Estados, onde os desembargadores farão de tudo para que as assembleias legislativas façam o mesmo. A ambição, legítima ou ilegítima, de permanecer com o poder, dependerá da vontade dos políticos que, em tese, cabe a eles julgar. Substitua os militares pelos senadores e teremos, na prática, voltado aos termos do Ato Institucional n° 2, que, um ano após o golpe estabelecia, no Art. 14: “Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por tempo certo. Parágrafo único – Ouvido o Conselho de Segurança Nacional, os titulares dessas garantias poderão ser demitidos, removidos ou dispensados, ou, ainda, com os vencimentos e as vantagens proporcionais ao tempo de serviço, postos em disponibilidade, aposentados, transferidos para a reserva ou reformados, desde que demonstrem incompatibilidade com os objetivos da Revolução.” A dupla Renan Calheiros e Eduardo Cunha está operando o milagre de uma “máquina do tempo”, levando o Brasil ao passado. Bengala que suportam o peso da fragilidade física são boas. Triste é quando se prestam para apoiar a fragilidade moral. Por: Fernando Brito

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Arte – Pintura – Hiperrealismo

A pintura hiperrealista* de Audrey Flack¹ Jolie madame (Pretty woman) – 1973 – Óleo sobre tela – 181.5 x 243.0 cm National Gallery of Australia, Canberra Clique sobre a imagem para ampliá-la ¹ Audrey Flack * New York, USA – 1931 d.C Pintora, gravadora e escultora Estudou em NY entre 1948 a 1953. Seus primeiros trabalhos eram abstratos. Depois de graduada na Escola de belas Artes, gradualmente foi adotando o que se convencionou chamar de “New Realist” e posteriormente o estilo fotorealista.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Flack se inspira na arte barroca e não teme ter seu trabalho classificado como kitsch. nd finally a photorealist, in reaction to the abstract art movement. She later claimed she found the photorealist movement too restricting, and now gains much of her inspiration from baroque art. Pioneirano fotorealismo nos Estados Unidos, reconhecida também como escultora, tem obras em diversas coleções e museus incluindo: Metropolitan Museum of Art, The Museum of Modern Art, the Solomon R. Guggenheim Museum, the Whitney Museum of American Art and the National Museum of Art in Canberra, Australia. Foi o primeiro artista plástico fotorealista a ter um trabalho comprado pelo Museum of Modern Art de NY. *Hiperrealismo Pinturas ou esculturas, as vezes o artista usa uma foto como modelo ou inspiração. Filha do pop-art, a escola hiper-realista faz enorme sucesso nos Estados-Unidos.

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Luís Nassif recebeu R$ 5,7 milhões e Paulo Henrique Amorim faturou R$ 2,6 milhões dos governos petistas

Dois dos jornalistas mais afinados com os governos do PT e críticos viscerais do PSDB receberam — juntos — 8,3 milhões de reais em publicidade estatal. Paulo H. Amorim e Luís Nassif receberam 8,3 milhões do governo petista Luís Nassif, um dos mais qualificados jornalistas de economia do País, recebeu — no período em que o PT está no poder — 5,7 milhões de reais. Ele é um dos críticos mais consistentes do projeto tucano e um dos defensores mais frequentes do projeto petista no plano nacional. Paulo Henrique Amorim, que faz uma cruzada visceral em defesa dos governos do PT e uma crítica persistente e agressiva ao tucanato, faturou 2,6 milhões de reais no mesmo período. Leia sobre atração do PT pelos monopólios no link: http://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/governo-dilma-rousseff-gastou-r-23-bilhoes-com-publicidade-e-favorece-monopolios-de-comunicacao-23991/ [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Papa Francisco considera inaceitável para um cristão apoiar a pena de morte

O Papa Francisco dirigiu nesta quinta-feira um discurso a uma delegação da Associação Internacional de Direito Penal no qual condenou as execuções extrajudiciais e a pena de morte, medida usada inclusive por regimes totalitários para suprimir a dissidência e perseguir as minorias, e afirmou que o respeito à dignidade humana deve ser o limite a qualquer arbitrariedade e excesso por parte dos agentes do Estado. Discurso à Associação Internacional de Direito Penal / Foto: L’Osservatore Romano No seu discurso o Santo Padre reafirmou a condenação absoluta da pena de morte, que para um cristão é inadmissível; assim como as chamadas “execuções extrajudiciais”, quer dizer, os homicídios cometidos deliberadamente por alguns estados ou seus agentes e apresentados como consequência indesejada do uso aceitável, necessário e proporcional da força para aplicar a lei. Francisco assinalou que os argumentos contra a pena de morte são conhecidos. A Igreja –indicou-, mencionou alguns, como a possibilidade de erro judicial e o uso que lhe dão os regimes totalitários como “instrumento de supressão da dissidência política ou de perseguição das minorias religiosas ou culturais”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Do mesmo modo, expressou-se contra a prisão perpétua por ser “uma pena de morte disfarçada”. O Santo Padre também condenou a tortura e advertiu que a mesma doutrina penal tem uma importante responsabilidade nisto por ter permitido, em certos casos, a legitimação da tortura em determinadas condições, abrindo o caminho para abusos posteriores. No seu discurso, Francisco também exortou os magistrados a adotarem instrumentos legais e políticos que não caiam na lógica do “bode expiatório”, condenando pessoas acusadas injustamente das desgraças que afetam uma comunidade. Além disso, abordou a situação dos presidiários sem condenação e dos condenados sem julgamento. Assinalou que a prisão preventiva, quando usada de forma abusiva, constitui outra forma contemporânea de pena ilícita disfarçada. Também se referiu às condições deploráveis dos penitenciários em boa parte do planeta. Disse que embora algumas vezes isso ocorra devido à carência de infraestruturas, muitas vezes são o resultado do “exercício arbitrário e desumano do poder sobre as pessoas privadas de liberdade”. Francisco não esqueceu a aplicação de sanções penais às crianças e idosos condenando seu uso em ambos os casos. Além disso, condenou o tráfico de pessoas e a escravidão, “reconhecida como crime contra a humanidade e crime de guerra tanto pelo direito internacional como em tantas legislações nacionais”. O Papa também se referiu à pobreza absoluta que sofrem um bilhão de pessoas e a corrupção. “A escandalosa concentração da riqueza global é possível por causa da conivência dos responsáveis pela coisa pública com os poderes fortes. A corrupção, é em si mesmo um processo de morte… e um mal maior que o pecado. Um mal que mais que perdoar é preciso curar”, advertiu. “O cuidado na aplicação da pena deve ser o princípio que rege os sistemas penais… e o respeito da dignidade humana não só deve atuar como limite da arbitrariedade e dos excessos dos agentes do Estado, como também como critério de orientação para perseguir e reprimir as condutas que representam os ataques mais graves à dignidade e integridade da pessoa”, concluiu.

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