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Almandrade – Versos na tarde – 25/02/2015

Poema Almandrade¹ O texto é o mesmo repetição um beijo pousa uma saudade decola o amor sugere a incerteza se instala indiferente o vento passa o olhar procura na fresta da roupa a pele oculta da mulher. ¹ Antônio Luiz M. Andrade [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Dois livros da mesma editora têm capítulo exatamente igual

‘Prazeres ilimitados’ e ‘Pecar e perdoar’ foram publicados com dois meses de diferença. Filósofo Fernando Muniz, autor de um deles, reivindica autoria do texto. Dois livros com um capítulo idêntico estão causando alvoroço no mercado editorial. ‘Prazeres ilimitados’, de Fernando Muniz, lançamento deste mês, e ‘Pecar e perdoar’, de Leandro Karnal, lançado em dezembro de 2014, ambos pela Editora Nova Fronteira, foram publicados com o mesmo texto de cerca de 30 páginas sob o título ‘Dores góticas, volúpias privadas’, que trata de prazer e dor.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em nenhuma das duas obras há referência a outro autor. Embora ‘Prazeres ilimitados’ tenha saído dois meses depois, a autoria do capítulo é reivindicada pelo autor e filósofo Fernando Muniz. Procurado pela reportagem da CBN, Muniz disse que aguarda posição da editora para falar publicamente sobre o assunto e decidir que medidas tomar. O historiador e autor de ‘Pecar e perdoar’, Leandro Karnal, ainda não foi encontrado. Segundo o jurista e membro da Associação Nacional de Escritores, Carlos Fernando Mathias, não se trataria de plágio simples, já que houve uma apropriação completa do texto. Neste caso, o autor que reivindica a autoria da obra precisa apresentar provas na Justiça para ser indenizado. “Então, tem que saber quem é o autor, quem teve sua obra apropriada. Como o autor vai provar? Pelos meios de prova, seja testemunhal ou documental. Em Direito, dizer e não provar equivale a não dizer.” A editora Nova Fronteira não se pronunciou sobre o caso. Segundo o jurista ouvido pela CBN, se o erro for da própria editora, cabe correção por meio de nota pública e retirada de circulação do livro incorreto. Neste caso, não seria necessária a indenização. Nathalia Toledo/CBN

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Por que nenhum jornalista quis ouvir a advogada da Odebrecht?

Se um dia a posteridade quiser aferir a miséria do jornalismo brasileiro nestes tempos, bastará consultar o desabafo da advogada Dora Cavalcanti, que defende a Odebrecht no caso Petrobras. Num artigo publicado na Folha, ela contou que nem um único jornalista a procurou para conversar sobre o encontro que ela teve com o ministro José Cardozo no dia 5 de fevereiro. Repito: nem um. Zero. Que havia interesse jornalístico na reunião é evidente. É só ver, primeiro, o tom apocalíptico com que a mídia a noticiou. E depois a reação histérica e despropositada de Joaquim Barbosa e do juiz Sérgio Moro. Por que, então, ninguém foi atrás de uma pessoa que participou do encontro? É que a mídia brasileira não quer ouvir ninguém que traga pontos de vista diferentes dos seus em relação ao caso Petrobras. Não há espaço para vozes divergentes. Não existe pluralidade. A grande mídia tirou de sua agenda opiniões discordantes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Ajudar o leitor a entender a complexidade de muitas situações é uma das funções mais sagradas da imprensa. A nossa abdicou disso há muitos anos. Se você mostra uma realidade parcial para o leitor é mais fácil manipulá-lo. Esta a lógica sinistra da mídia brasileira. Dora tens bons pontos. A questão dos vazamentos seletivos é um deles. Em outros países, pondera ela, isso é inaceitável. No Brasil, isso virou uma rotina – sem que se veja nenhum empenho em Moro em tentar pôr fim a elas. Os vazamentos seletivos, e este é outro bom ponto de Dora, atrapalham consideravelmente o direito de defesa dos réus. Em essência, é uma coisa injusta. Como teria se comportado Moro se os vazamentos não alcançassem os suspeitos de sempre? Bem, é uma hipótese inverossível: a imprensa não publicaria nada. A advogada Dora Cavalcanti trouxe alguma luz ao caso Lava Jato com seu depoimento. Moro e Barbosa, em compensação, produziram sombras. Com sua agressão a Cardozo, Moro deixou claro, talvez involuntariamente, que está longe de personificar o ideal do juiz equidistante e imparcial. É uma má notícia para a sociedade. Não à toa, a imprensa deu a ele o mesmo ar heroico que no Mensalão fora de Barbosa. Os dois – Barbosa antes e Moro hoje – simbolizam o conservadorismo na Justiça nacional. Barbosa, no Mensalão, fez horrores sem virtualmente nenhum obstáculo. É um alerta. Moro não pode ter o mesmo caminho fácil agora que foi concedido no passado a Barbosa.  Seus métodos têm que ser desafiados quando necessário. Foi o que a advogada Dora Cavalcanti fez. A despeito do que a Justiça decida sobre o papel da Odebrecht na história, o gesto de sua advogada merece aplausos. De pé. por : Paulo Nogueira/DCM

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