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Augusto Frederico Schmidt – Versos na tarde – 12/01/2015

Vazio Augusto Frederico Schmidt ¹ A poesia fugiu do mundo. O amor fugiu do mundo — Restam somente as casas, Os bondes, os automóveis, as pessoas, Os fios telegráficos estendidos, No céu os anúncios luminosos. A poesia fugiu do mundo. O amor fugiu do mundo — Restam somente os homens, Pequeninos, apressados, egoístas e inúteis. Resta a vida que é preciso viver. Resta a volúpia que é preciso matar. Resta a necessidade de poesia, que é preciso contentar. ¹ Augusto Frederico Schmidt * Rio de Janeiro, RJ – 18 de Abril de 1906 d.C + Rio de Janeiro, RJ – 8 de Fevereiro de 1965 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Empresas foram a Las Vegas vender a Internet das Coisas

Electrodomésticos que aprendem os gostos dos utilizadores e carros que reconhecem o condutor pelo relógio não são ficção científica. Entre protótipos e produtos acabados, este é um futuro que já começou. Os automóveis autônomos são um dos sectores de aplicação do conceito de Internet das Coisas DAVID BECKER/GETTY IMAGES/AFP Este ano, a maior feira de eletrônica de consumo do mundo não foi sobre um tipo de aparelho. O centro das atenções não foram computadores portáteis, como há uns anos, nem telemóveis, tablets, relógios inteligentes, impressoras 3D, drones domésticos ou sequer as enormes televisões que, edição após edição, os fabricantes fazem questão de mostrar, cada vez maiores e cada vez com mais definição.  Todos aqueles dispositivos marcaram presença na Consumer Electronic Show (CES), em Las Vegas, que terminou na sexta-feira. Este ano, porém, aquilo que muitas das grandes marcas tentaram vender aos consumidores foi um conceito: um mundo futurista em que todos os equipamentos (do fogão ao automóvel) estão ligados à Internet, podem ser controlados à distância, comunicam entre si e são dotados de alguma inteligência artificial.O conceito chama-se Internet das Coisas (um nome provavelmente inventado quando ainda não havia preocupações de o promover junto da massa de consumidores). Foi o tema da apresentação de abertura da CES, protagonizada pela Samsung (até recentemente, a abertura era sempre feita pela Microsoft, mas, tal como a Apple e o Google, a empresa prefere agora anunciar novidades nos seus próprios eventos). “A Internet das Coisas tem a capacidade de transformar a nossa sociedade, economia e a forma como vivemos as nossas vidas”, argumentou o presidente executivo da multinacional sul-coreana, Boo-Keun Yoon. “A Internet das Coisas não é sobre coisas, é sobre pessoas. Cada indivíduo está no centro do seu próprio universo tecnológico, e o universo da Internet das Coisas vai adaptar-se constantemente e mudar à medida que as pessoas se movem no seu mundo”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]Uma outra parte do discurso do executivo sul-coreano foi mais concreta. A empresa pretende que, em 2017, todas as suas televisões tenham capacidade para conexão com a Internet, uma funcionalidade que se estenderá a todos os equipamentos da marca até 2020. É uma promessa significativa quando vem da empresa que é líder no mercado das televisões e no dos celulares, e que também fabrica vários tipos de electrodomésticos, incluindo frigoríficos e equipamentos de ar condicionado. Ideia não é nova A ideia de Internet das Coisas não é nova, nem ficção científica. “Foi um chavão que se criou há uns anos, para se dar nome a um conjunto de coisas que já estão a acontecer”, explica Pedro Veiga, professor de Informática na Universidade de Lisboa. “Em Portugal, um exemplo antigo é o da Via Verde”. Os aparelhos inteligentes e ligados à Internet caminham para se tornarem uma presença quotidiana, muito embora a um ritmo mais lento do que aconteceu, por exemplo, com os smartphones – afinal, poucas pessoas trocam de fogão, de sistema de ar condicionado ou de carro a cada dois ou três anos, como acontece frequentemente com os celulares, num ritmo de substituição que facilita a adoção de novas tecnologias. “A massificação está relacionada com os custos e quando se atingir massa crítica, os custos vão baixar ainda mais”, antecipa Pedro Veiga. O acadêmico aponta áreas como a domótica (aparelhos domésticos inteligentes) e a saúde (dispositivos que registam múltiplos dados relacionados com a atividade física, para depois ser analisados em aplicações) como setores com potencial para a massificação. Com as empresas a apresentarem produtos e serviços para a Internet das Coisas, as estimativas dos analistas apontam para um crescimento significativo deste mercado ao longo dos próximos anos. A IDC estima que haja 28 mil milhões destes aparelhos conectados em 2020, mais do tripo dos contabilizados em 2013. A Gartner, outra analista, estimou 26 mil milhões. Por comparação, foram postos à venda no ano passado cerca de 328 milhões de smartphones em todo mundo. Casas e carros Muitas empresas usaram a CES para apresentar novidades na área. Uma delas foi a americana Nest, que fabrica termostatos que aprendem as preferências térmicas dos usuários e se regulam automaticamente. A empresa tornou-se um exemplo de sucesso no setor, depois de ter sido comprada pelo Google, há um ano, por 2700 milhões de euros. A Nest anunciou uma parceria com a Automatic, fabricante de um assistente de condução que regista informação como gasto de combustível e percursos frequentes. Quem tiver um destes termostatos – que custam 219 euros em vários países da Europa, pode agora emparelhá-lo com o assistente da Automatic. O termóstato sabe quando o usuário está indo pra casa e liga o sistema de ar condicionado no momento necessário para que a temperatura seja a ideal à hora de chegada. Para além da comodidade, esta tecnologia, diz a empresa, é capaz de poupar energia.

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Paris: presença de alguns líderes mundiais em marcha é criticada

Segundo críticos, alguns deles não apoiam liberdade de expressão e já tomaram medidas para calar imprensa. Da BBC A presença de alguns líderes mundiais na grande marcha realizada em Paris neste domingo foi duramente criticada nas redes sociais. De acordo com estimativas da polícia, mais de 1 milhão de pessoas tomaram as ruas do centro da capital francesa para protestar contra o terror e defender a liberdade de expressão. Elas caminharam por três quilômetros sob forte esquema de segurança. A certa altura da passeata, cerca de 40 líderes mundiais, além de políticos franceses, deram os braços e caminharam junto à multidão. De acordo com o jornal francês Le Monde, no entanto, alguns dos nomes que participaram do evento já se mostraram contrários à liberdade de expressão e de imprensa. Leia mais: Atentados na França devem favorecer extrema direita Leia mais: Paris: Marcha histórica contra o terror Leia mais: Mais de 1 milhão de pessoas marcham por união em Paris Entre as personalidades polêmicas presentes na marcha estavam o premiê turco, Ahmed Davutoglu, o chanceler russo, Sergei Lavrov, o presidente do Gabão, Ali Bongo, o rei e a rainha da Jordânia, Abdullah 2º e Rania, o premiê húngaro, Viktor Orban, o ministro de Relações Exteriores egípcio, Sameh Choukryou e Naftali Bennett, ministro israelense da economia que se já vangloriou de ter matado “vários árabes”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em sua conta no Twitter, a jornalista do Le Monde Marion Van Renterghem ironizou a presença de alguns líderes mundiais. “Netanyahu, Lavrov, Orban, Davutoglu, Bongo na manifestação pela liberdade de imprensa!!! Por que não Bashar al-Assad? #Mascarade (#BailedeMáscaras) #PauvreCharlie (#PobreCharlie, em alusão à revista satírica Charlie Hebdo, alvo de ataque no qual morreram 12 pessoas na quarta-feira)”. Na mesma rede social, o sociólogo francês Éric Fassin também criticou a participação de líderes de países conhecidos pela falta de liberdade de expressão. “Viktor Orban e M. Rajoy (Mariano Rajoy, premiê espanhol) vieram defender a liberdade de expressão com Ali Bongo e Erdogan (presidente turco)”. Países como Turquia e Rússia ocupam as últimas posições do ranking mundial de liberdade de imprensa, compilado pela ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF). Em 2014, dos 180 países analisados, a Turquia ficou com o 154º lugar entre os países com maior liberdade de imprensa, e a Rússia, na 148º posição, lembra o Le Monde. Censura Na Turquia, o presidente Erdogan deu sinal verde à prisão de vários jornalistas opositores. O editor-chefe de um principais jornais do país, Zaman, foi um dos que foram interrogados pela polícia. Já na Hungria, Viktor Orban, presidente do partido ultraconservador Fidesz, foi criticado pelos ataques constantes à imprensa. Em 2010, o premiê húngaro sancionou uma lei que dá ao governo controle sobre as informações divulgadas pela imprensa. Criticado por toda a Europa, ele fez emendas à lei, mas o Conselho Europeu considerou as medidas insuficientes. Outro nome polêmico foi o do ministro da economia de Israel, Naftali Bennett, que participou da comitiva do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e é chefe do partido ultranacionalista Bait Yehudi. Em 2013, ele ganhou as manchetes mundiais ao declarar que “matei muitos árabes na minha vida. E não há problema nenhum nisso”. Na Jordânia, cujo rei e rainha do país também participaram da marcha, jornalistas dissidentes vêm sendo presos. Em junho, as autoridades do país prenderam jornalistas e fecharam o canal de oposição iraquiana sediado na capital Amã. Na ocasião, o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, criticou a medida. No Gabão, governado por mão de ferro por Ali Bongo, duas revistas de oposição anunciaram em setembro o fechamento temporário da publicação após um ataque cibernético que eles dizem ter sido promovido pelo governo. Em janeiro, um jornalista investigativo do país afirmou ter sido sequestrado e ameaçado por um membro do governo em seu escritório, após a publicação de um artigo denunciando rituais criminosos perpetrados no país, segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras. Na Rússia, a liberdade de imprensa é oficialmente reconhecida pela Constituição, lembra o Monde, mas episódios recentes parecem mostrar que jornalistas e veículos de imprensa não gozam de independência. Em dezembro do ano passado, o ativista e blogueiro Alexei Nalvany foi condenado a 3,5 anos de prisão por críticas ao governo de Vladimir Putin. Já no Egito, três jornalistas da rede de TV árabe Al-Jazeera estão presos há um ano. Eles foram condenados em junho de 2014 a penas de sete a dez anos de prisão depois de terem sido acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana. Outros 11 jornalistas foram condenados in absentia em um processo descrito como uma “farsa” por organização de defesa dos direitos humanos.

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