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August Strindberg – Versos na tarde – 04/12/2014

Indra * August Strindberg ¹ Descemos à terra arenosa. A palha dos campos ceifados cobriu nossos pés; O pó das auto-estradas, Fumaça das cidades, Bafos de onça, Fumos dos celeiros e das cozinhas, Tudo suportamos. Então, fugimos ao mar aberto, Enchendo de ar nossos pulmões, Batendo nossas asas, Banhando nossos pés. Indra, Senhor dos Céus, Escutai-nos! Ouvi nossos lamentos! A terra está suja; O mal é nossa vida; O homem não pode ser salvo Nem do bem nem do mal. Vivem como podem, Um dia de cada vez. Filhos do pó, viajam por ele; Nascidos do pó, ao pó retornam. Receberam pés para se arrastarem, Não asas para voar. Cobrem-se ainda mais de pó – Abraçando sua culpa Ou a Tua? Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta ¹ Johan August Strindberg * Suécia – 22 de janeiro 1849 d.C + Suécia – 14 de maio de 1912 a.C * Indra é o deus das tempestades no hinduísmo, filho de Aditi com o sábio Kashyapa. Rei de todos os deuses no passado, perdeu importância no período pós-védico. A lenda relata sua fúria quando seus seguidores abandonaram seu culto e passaram a venerar Krishna. Quando Indra enviou uma tempestade para puni-los, eles oraram a Krishna, que ergueu uma montanha para protegê-los da força da tormenta. Pintor, escritor e dramaturgo sueco, é autor, entre outros, de O Pelicano. Figura ao lado de Henrik Ibsen, Søren Kierkegaard e Hans Christian Andersen como o maior escritor escandinavo. É um dos pais do teatro moderno. Seus trabalhos são classificados como pertencentes os movimentos literários Naturalismo e Expressionismo. Frequentou a Universidade de Uppsala, tendo-a abandonado para trabalhar como jornalista e actor, até que ingressou na Biblioteca Real (1874) o que lhe permitiu assegurar o seu futuro económico. As suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard e aí transparece uma personalidade amarga e torturada: O Livre Pensador (1869), Hermion (1869), O Professor Olof (1872), A Viagem de Pedro Afortunado (1882) e A Mulher do Cavaleiro Bent (1882). O fracasso do seu primeiro matrimónio com Siri von Essen (1877-1891) deu à sua obra um tom misógino, que está patente, em especial nos contos de Esposos (1884) e nos dramas de carácter naturalista Camaradas (1897), O Pai (1887) e A Menina Júlia (1888), a sua obra mais importante. Obra Seleccionada Dramas: Senhorita Júlia (1888) Gustavo-Adolfo (1899) A dança da morte (1900) Carlos XII (1901) Cristina (1903) Gustavo III (1903) Novelas: Os habitantes de Hemsö (1887) Os habitantes do arquipélago (1888) [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Arte – Pintura – Hélio Rola

Aristóteles, escravos & mulheres Autor – Hélio Rola¹ Clique na imagem para ampliar “Temos … em nossas raízes gregas uma forte tradição de as mulheres serem subalternas; na mitologia grega, pois, se inculcava que foi com a chegada da mulher ao mundo dos homens que veio a perda da felicidade plena dos homens. Já do ponto de vista da Ciência aristotélica– e esta, por mais de vinte séculos, manteve-se quase como irrefutável -, a situação de subalternidade da mulher não era diferente. Logo, tanto a Religião, como os mitos, quanto a Ciência foram definidoras de posturas eminentemente masculinas” Attico Cassot em A Ciência é masculina? É sim, senhora! Ed Unisinos Coleção Aldus p. 49-50 Daí, também tirei as citações abaixo Aristóteles, o filósofo escravagista, inventou a metafísica? foi personal trainer de Alexandre, O Magno, um grande matador, e dizia que ” Entre os animais, é o homem que tem o cérebro maior, proporcionalmente ao seu tamanho, e, nos homens, os machos tem o cérebro mais volumoso que o das fêmeas.[…] São os machos que tem o maior número de suturas na cabeça, e o homem tem mais do que a mulher, sempre pela mesma razão, para que esta zona respire facilmente, sobretudo o cérebro que é maior… Também como entre os sexos, o macho é por natureza superior e a fêmea inferior, o macho governa e a fêmea é sujeito. Devendo o mesmo ser aplicado ao caso da espécie humana em geral; por isso, todos os seres humanos, que diferem entre si tão largamente como alma do corpo…há os que são por natureza escravos, sendo-lhes vantajoso ser governado por essa espécie de autoridade” Será, pergunto eu, que ainda continuamos aristotélicos, que nem ontem, na escravidão e na questão de gênero e saber científico, nesses tempos do politicamente correto? Bloger RolaNet ¹Francisco Hélio Rola Pintor/Escultor/Gravador/Desenhista * Fortaleza, CE. – 1936 d.C >> Biografia de Hélio Rola

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