Shakespeare – Versos na tarde – 11/03/2013
Soneto XXIX Shakespeare ¹ Quando, malquisto da fortuna e do homem, Comigo a sós lamento o meu estado, E lanço aos céus os ais que me consomem, E olhando para mim maldigo calado; Vendo outro ser mais rico de esperança, Invejando seu porte e os seus amigos; Se invejo de um a arte, outro a bonança, Descontente dos sonhos mais antigos; Se, desprezado e cheio de amargura, Penso um momento em vós logo, feliz, Como a ave que abre as asas para a altura, Esqueço a lama que o meu ser maldiz: Pois tão doce é lembrar o que valeis Que esta sorte eu não troco nem com reis. ¹ William Shakespeare * Stratford-Avon, Inglaterra – 23 de Abril de 1564 d.C + Londres, Inglaterra – 23 de Abril de 1616 d.C –>>biografia [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]