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Lya Luft – Versos na tarde – 01/11/2012

Canção na Plenitude Lya Luft ¹ Não tenho mais os olhos de menina nem corpo adolescente, e a pele translúcida há muito se manchou. Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura agrandada pelos anos e o peso dos fardos bons ou ruins. (Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.) O que te posso dar é mais que tudo o que perdi: dou-te os meus ganhos. A maturidade que consegue rir quando em outros tempos choraria, busca te agradar quando antigamente quereria apenas ser amada. Posso dar-te muito mais do que beleza e juventude agora: esses dourados anos me ensinaram a amar melhor, com mais paciência e não menos ardor, a entender-te se precisas, a aguardar-te quando vais, a dar-te regaço de amante e colo de amiga, e sobretudo força – que vem do aprendizado. Isso posso te dar: um mar antigo e confiável cujas marés – mesmo se fogem – retornam, cujas correntes ocultas não levam destroços mas o sonho interminável das sereias. ¹ Lya Luft * Santa Cruz do Sul, RGS – 15 de Setembro de 1938 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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CPI do Cachoeira

Nota de falecimento – CPMI do Cachoeira Dona corrupção e seus familiares: A Politicalha, A Falta de vergonha, Cinismo, Acordos Partidários, Cala-te boca, Todo mundo tem culpa no Cartório, Delta Construções, Cavendish, Carlos Cachoeira, Agnelo Queiroz,Marconi Perillo, A ‘Cunpãêrada’, Todos os partidos, têm a ENORME E DESCOMUNAL SATISFAÇÃO de comunicar, ainda bem, ufa, o precoce falecimento da CPMI do Cachoeira.

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Zé Dirceu e o passado “esquecido”

Um juiz aposentado, no passado companheiro de treinamento de guerrilha em Cuba, joga mais uma pá de cal na biografia de José Dirceu. Essa não é a primeira estória a comprometer o passado de “luta pela democracia e contra a ditadura” de uma das mais reluzentes vestais do esquerdismo pátrio. O passado do outro Zé, o Genoíno, precisa vir a lume para esclarecer as acusações de ‘entreguista’ que lhe foram imputadas. José Mesquita – Editor Passado contestado Adriana Nicacio/Tribuna da Imprensa José Dirceu, segundo o juiz aposentado Sílvio Mota, seu ex-companheiro no treinamento de guerrilha em Cuba, levou uma vida mansa, protegido e privilegiado por amigos de Fidel. No fim de semana que antecedeu o início do julgamento do mensalão, o ex-ministro José Dirceu se recusou a participar de uma solenidade destinada a festejar um período obscuro de seu passado. O ato público, convocado por organizações de esquerda, pretendia relembrar o Movimento de Libertação Popular (Molipo), um grupo formado por 28 exilados brasileiros que treinavam guerrilha em Cuba nos anos 70. Dirceu, que era um deles, achou mais prudente evitar a aparição pública.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Além do ex-ministro, só há mais dois sobreviventes do Molipo: o juiz aposentado Sílvio Mota e o mestre-de-obras, também aposentado, Otávio Ângelo. Todos os demais foram mortos pela repressão quando retornaram ao Brasil. Mota quer distância de Dirceu Sílvio Mota, contemporâneo das andanças cubanas de Dirceu, acha que o ex-companheiro fez bem em evitar as homenagens:  “Ele nunca combateu de verdade”, diz Mota. PrivilegiadoSílvio Mota sente-se à vontade para desconstruir a imagem combativa do petista em sua passagem pela ilha de Fidel Castro. Ele guarda na memória a figura de um militante indisciplinado e cheio de privilégios. Segundo Mota, enquanto os integrantes do Molipo participavam dos exercícios militares pesados, Dirceu levava uma boa vida, protegido por autoridades cubanas. “Ele preferia passar seu tempo nas salas de cinema”, conta. José Dirceu refugiou-se em Cuba em 1969, depois de ter sido preso no Congresso da UNE, em Ibiúna, no interior de São Paulo, e trocado pelo embaixador americano Charles Elbrick. Em pouco tempo, tornou-se íntimo do então presidente do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica, Alfredo Guevara, amigo de Fidel Castro. De acordo com o relato de Mota, Dirceu passou, então, a se aproveitar dos poderes de seu protetor para fugir do treinamento guerrilheiro. “Dirceu era indisciplinado. Não combateu no Molipo, como também não havia combatido na ALN (Aliança Libertadora Nacional) no Brasil”, diz Mota. Segundo o juiz aposentado, Dirceu logo conseguiu abandonar em definitivo o treinamento. Alegava dores nas costas. Assim, pôde livrar-se das horas seguidas de marchas na selva, sem alimentos na mochila e cantis vazios. Em condições insalubres, os militantes do Molipo passavam semanas sem banho, participavam de cursos de tiros e aprendiam a montar explosivos. Todos, menos o ex-ministro, réu do mensalão. “O projeto de Dirceu sempre foi pessoal. E quis o destino que terminasse aparecendo essa sua verdadeira face oportunista”, diz Mota. O juiz voltou ao Brasil em 1979, quatro anos depois de Dirceu. Depois da temporada em Cuba, os dois se viram poucas vezes. Mota chegou a se filiar ao PT, mas não seguiu carreira política. De Dirceu, prefere manter distância.

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Ecologia, artistas e hipocrisia

Estamos sendo massacrados por essa coisa chata que é a militância “fashion” dos ativistas dos mais variados matizes. Volta e meia aparece na taba dos Tupiniquins, um cantor de alguma banda estrangeira nos atazanando com pruridos da praga do politicamente correto. Exite um – “arroz de festa” por aqui – cuja banda tem o nome de um avião de espionagem que existia na força aérea dos USA. Além da música(?) o cidadão se mostra um pregador contumaz a favor dos países terceiro mundistas e defende, entre outras coisas, o perdão das dívidas desses países por parte das nações desenvolvidas. Ora, graças à exploração dos países desenvolvidos é que esse cidadão usufrui, no país dele, de um padrão de vida excelente (saneamento, educação, transporte público, saúde, etc.). Caso a dívida seja perdoada, a receita dos países desenvolvidos cairá e conseqüentemente o “ativista fashion” terá a qualidade de vida em seu país diminuída. É muita hipocrisia bradar contra as multinacionais e ao mesmo tempo usufruir de todos os produtos fabricados pelas empresas globalizadas.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Em seus périplos pelo mundo, porque ele viaja em aviões de companhias aéreas globalizadas, fabricados por “países-exploradores-de-mão-de-obra-do-terceiro-mundo?” Hospeda-se em hotéis pertencentes a cadeias multinacionais de hotelaria? Caso não fosse um militante da hipocrisia eco chata, deveria viajar a pé (bicicletas são fabricadas por “multinacionais globalizadas” e usam pneus fabricados em processos altamente poluidores e que produzem lixo tóxico). Também, para ser coerente, nem pensar em usar roupas de grife e/ou que sejam confeccionadas com tecidos sintéticos (poluidores e destruidores do ambiente), aliás, se é ambiente porque teimam é usar a palavra meio? – isso sem contar que toda a parafernália eletrônica utilizada nos “shows” é fabricada pelas tais empresas globalizadas? E os discos e vídeos? Também produzidos, gravados e distribuídos por multinacionais, evidentemente usando produtos como o plástico, altamente poluidores. Quando fizesse espetáculos nos países endividados e vítimas da globalização perversa, não deveria cobrar direitos autorais e reverter os “cachês” milionários para o pobre-povo-oprimido-e-explorado-pelo-demônio-da-globalização. Argh!

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Mobilidade urbana: eufemismo para o velho e atual engarrafamento de veículos

O caos no meu entendimento, aqui ou alhures – já ‘rodei’ por vários países – é irreversível. Não é questão de governo, vontade política ou soluções planejadas em infindáveis reuniões de especialistas. O passivo, grande culpa dos governos que cederam ao ‘lobby’ das montadoras de veículos, é irrecuperável. Chegará o dia, pode até ter quem ache que seja catastrofismo, teoria conspiratória ou delírio pós-moderno meu, que formar-se-á um tão monumental engarrafamento, que nele ninguém mais conseguirá movimentar os veículos. E aí, os que nesse ‘nó’ estiverem, irão morar em seus veículos automotores. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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