Arquivo

Florbela Espanca – Versos na tarde

Mais alto Florbela Espanca ¹ Mais alto, sim! Mais alto, mais além Do sonho, onde morar a dor da vida Até sair de mim! Ser a perdida A que se não encontra! Aquela a quem O mundo não conhece por alguém Ser orgulho, ser águia na subida, Até chegar a ser, entontecida, Aquela que sonhou o meu desdém! Mais alto, sim! Mais alto! A intangível! Turris Ebúrnea erguida nos espaços, À rutilante luz dum impossível! Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber Mal da vida dentro dos meus braços, Dos meus divinos braços de mulher! ¹ Florbela De Alma Conceição Espanca * Vila Viçosa, Portugal – 1894 d.C + Matosinhos, Portugal – 1930 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Tópicos do dia – 19/12/2011

08:33:47 WikiLeaks aponta Wiliam Waack como informante do governo dos EUA patrocinado pela CIA William Waak, segundo documentos vazados no WikiLeaks, recebe dinheiro da CIA para alinhar o noticiário aos interesses norte-americanos no Brasil O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo norte-americano, segundo post do blog Brasil que Vai – que citou documentos sigilosos trazidos a público pelo site WikiLeaks há pouco menos de dois meses. De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”. Por essa razão, ainda segundo o texto, é que se sentiu à vontade para protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro. O post informa ainda que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses norte-americanos, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” – no que seria um caso de “infiltração da CIA (a agência norte-americana de inteligência) nas instituições do país”. O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”. 09:30:29 Narcotráfico: Combate ao tráfico é focado em pequenos traficantes. Uma pesquisa do NEV (Núcleo de Estudos da Violência) da USP mostrou que os pequenos traficantes ou os usuários de drogas são mais reprimidos pela polícia do que os grandes traficantes. O levantamento, feito a partir do acompanhamento e análise de 667 autos de flagrante de tráfico de drogas, constatou que uma média é de 66,5g de drogas encontradas por apreensão. Em apenas 7% das 2.239 apreensões observadas os acusados portavam mais de 100 gramas de maconha e em apenas 6,5% estavam com a mesma quantidade ou mais de cocaína. A pesquisa, feita no Estado de São Paulo, ouviu 71 profissionais do sistema de Justiça Criminal (promotores, delegados, juízes, e defensores públicos) das cidades de São Paulo, Santos e Campinas. Folha de S.Paulo 09:34:14 PT sem ideologia Com oito anos do Lula e um da Dilma, foram indo embora os ideólogos do PT, ou quase todos. Os que porventura permanecem andam encolhidos, atropelados pela mutação causada no partido pela participação no poder. Os companheiros perderam a ideologia. Hoje, preocupam-se com o assistencialismo, na metade boa, e na outra nem tão boa assim, com a conquista do Estado através da ocupação de cargos públicos. Sem esquecer o domínio de entidades privadas ligadas a eles, sempre atrás de recursos governamentais. A gente pergunta se essa descaracterização do PT provocará efeitos na eleição de 2014, menos a presidencial, personalista, mais a parlamentar. O partido, hoje, dispõe da maior bancada na Câmara dos Deputados. Caso consiga manter a prevalência, porém, não será em função de suas características ideológicas, mas porque os adversários também carecem desse produto hoje em falta nas prateleiras da política nacional. Carlos Chagas/Tribuna da Imprensa  09:43:41 Um “carniceiro” a menos, ou já vai tarde! Estão percebendo o ar mais leve a luz mais brilhante? Morreu o carniceiro da Coreia do Norte, um tal de Kim qualquer coisa. O filho dinástico será o novo gerente do açougue. É provável que o demo não aceite a estadia do genocida por lá. 17:51:15 Ah, a semântica! Dona Dilma chama as peripécias nada republicanas de seus (dela) ministros de “malfeito”. Que gracinha! Nos meus tempos de criança, malfeito, por exemplo, era um inocente lamber glacê do bolo antes do aniversário. Meter a mão no butim do Estado tem outro nome, nobre senhora. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Tecnologia: Transformando a foto num pôster

Saiba como transformar sua foto num pôster Se você tem uma foto e deseja criar uma ampliação em formato de pôster, uma solução é utilizar sua própria impressora e um programa especializado para fazer a impressão. O programa Poster-It divide a imagem em partes iguais e imprime cada uma delas numa folha de papel de sua impressora para que depois, unidas, elas possam formar o pôster.  A quantidade de páginas e, consequentemente, o tamanho do pôster, será definido por você. Depois de instalar o programa, clique no botão Load Image e selecione a foto que deseja ampliar. No campo Scale aumente o valor clicando na seta para cima e veja que linhas vermelhas são exibidas sobre a foto. Cada retângulo que você vê representa o conteúdo de uma página de impressão. Dessa forma, você pode dividir a imagem em quantas páginas quiser. Por exemplo: uma foto partida em oito resultará na impressão de oito páginas. Depois de impressas, basta fazer a colagem das folhas de papel para terminar a montagem do poster. Ao clicar no botão Preview, será aberta outra janela onde você pode conferir exatamente o que será impresso em cada página. Se tudo estiver certo, pressione o botão Print. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Hobsbawm, o profeta de Marx

O marxismo é a chave para o entendimento e eventual superação do capitalismo, avalia historiador. Não há nenhum deus além de Karl Marx, e Eric Hobsbawm é seu profeta. Maior historiador marxista ainda em atividade, aos 94 anos, o inglês Hobsbawm dedica sua última obra – Como Mudar o Mundo – Marx e o Marxismo – a mostrar que o filósofo alemão, tido como soterrado pelos escombros do Muro de Berlim, continua a ser a chave para o entendimento do capitalismo e para sua superação, agora em tempos de aquecimento global. Já em seu livro A Era dos Extremos, Hobsbawm colocou a Revolução Bolchevique como o principal evento do “breve século 20″ – que em sua visão acaba, justamente, na implosão da URSS. “O mundo que se esfacelou no fim da década de 1980 foi o mundo formado pelo impacto da Revolução Russa de 1917″, escreveu ele, para elaborar a teoria segundo a qual todos os processos históricos do período – das alianças diplomáticas aos desdobramentos econômicos globais – tiveram como eixo a instalação do comunismo na Rússia. Trata-se, obviamente, de um exagero. Mas o Marx que Hobsbawm tenta resgatar em seu novo livro não é o de Lenin e de Stalin, nem o dos marxistas contemporâneos, e sim a essência de seu pensamento. Em Como Mudar o Mundo, reedição de textos escritos entre 1956 e 2009, Hobsbawm trata de diferenciar Marx do marxismo e de sua aplicação extrema, o comunismo – o que é conveniente, ao se observar as atrocidades cometidas em nome da igualdade. Para ele, dizer que o marxismo é responsável por essas tragédias “é o mesmo que afirmar que o cristianismo levou ao absolutismo papal”. Hobsbawm se localiza entre aqueles que veem Marx como um mapa do caminho para a revolução e os que o encaram simplesmente como teoria. Mostra a ruptura dele com os socialistas utópicos, mas deixa claro o tributo que Marx lhes paga na forma da ideia de que é “inevitável” mudança não apenas de regime de governo, mas de todo o modo de vida sobre a Terra. Nos últimos 130 anos, diz o historiador, Marx foi o tema central da paisagem intelectual e, graças à sua capacidade de mobilizar forças sociais, foi uma presença crucial na história. No entanto, o desgaste provocado pelo colapso da URSS expôs, nas palavras de Hobsbawm, o “fracasso das predições” das teorias marxistas. De tempos em tempos, anuncia-se que o capitalismo está no fim. Como a história mostra, porém, o moribundo arruma um jeito de se recuperar, entre outras razões porque a classe trabalhadora, que seria o esteio da revolução, sofreu mudanças dramáticas no último meio século, ao ponto de se tornar irreconhecível como “proletariado”. Mas Hobsbawm, em meio à crise global deflagrada em 2008, não resistiu à tentação e escreveu que, desta vez, vai: “Não podemos prever as soluções dos problemas com que se defronta o mundo no século 21, mas quem quiser solucioná-los deverá fazer as perguntas de Marx, mesmo que não queira aceitar as respostas dadas por seus vários discípulos”. Para ele, o futuro do marxismo e da humanidade estão intimamente vinculados. No entanto, convém relevar o entusiasmo de Hobsbawm. A história mostra que é prudente ler Marx mais como uma forma de entender o mundo do que de mudá-lo. Marcos Guterman/O Estado de S.Paulo

Leia mais »