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José Luis Appleyard – Versos na tarde

O tempo meus amigos José Luis Appleyard ¹ Saber que os amigos não necessitam de tempo, saber que são os mesmos e todavia alheios àqueles que o foram quando os anos nossos nos brindaram sua essência do “companheiro eterno”. Porém voltam, persistem e são tempo e castigo: a idade não diferencia a visão do amigo. Minha idade, tua idade, a sua não são marcas brutais que separam os meus O tempo -novamente me enfrento com o tempo- é uma […] (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) ¹ José Luis Appleyard * Assunção, Paraguai – 05 de maio de 1927 d.C + Assunção, Paraguai – 1988 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Nióbio, Brasil e o caixa do Tesouro Nacional

O Nióbio é atualmente o mais estratégico mineral do mundo. O Brasil é o único fornecedor para todo o mundo. Você sabia disso? Não? Pois é assim que interesses poderosos querem que continuemos. O Brasil detém 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio no mundo, e mais de 90% do total do minério presente no Planeta Terra. As Jazidas estão presentes em 3 cidades brasileiras: 61% proveniente de Araxá – MG, 21% das reservas em Catalão – GO e outros 12% em São Gabriel da Cachoeira – AM.   Tendo como símbolo químico o Nb, sua utilização é essencial na composição de ligas de aço destinadas ao fabrico de tubos para condução de líquidos corrosivos. A palavra Nióbio é originária do nome de Níobe, na mitologia Grega uma deusa filha do deus Tântalo que também batiza o Tântalo, outro elemento químico. Extremamente leve o nióbio é o mais leve dos metais refratários e usados na siderurgia, aeronáutica além de largamente empregado na indústria aeronáutica e espacial. Alta resistência e baixa liga, são propriedades do Nióbio essenciais para a produção de superligas necessárias para suportar altas temperaturas como turbinas de aviões a jato e foguetes. Outros usos do Nióbio em produtos de uso comum e que a maioria das pessoas não sabe; produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão. O Editor Decodificando o discurso: a receita do nióbio e o apelo presidencial por Guilhermina Coimbra ¹  Apelo presidencial, publicado no “O Globo”, 31/08/2011, informa a necessidade urgente de as lideranças ministeriais e legislativas trazerem receitas viáveis para a Caixa do Tesouro Nacional. A reserva de receitas originárias, a ser auferida de um dos grandes patrimônios da Nação, que são os grandes depósitos (minas) de nióbio, mineral radioativo que jaz no subsolo brasileiro – de imensurável valor e múltiplas utilidades nas indústrias de base, é uma das raras fontes de receita originária que ainda restam no Brasil. (A receita originária é aquela não derivada da cobrança de tributos: impostos, taxas, contribuições). Assim, a receita originária é a que o Estado aufere sem onerar o contribuinte, através de suas atividades industriais. É das receitas originárias asseguradas, que dependerão, o atendimento aos setores carentes, a segurança dos Poderes e a própria segurança do país – haja vista que face à reforma tributária pleiteada, a Caixa do Tesouro Nacional (a que faz a distribuição de rendas entre os setores carentes do Estado: infraestrutura, saúde, educação, habitação, transportes e outros) ao fazer a distribuição de rendas, não mais poderá contar com o mesmo percentual advindo das receitas derivadas (aquelas originadas dos tributos que tanto oneram o setor produtivo e o bolso do contribuinte brasileiro).[ad#Retangulo – Anuncios – Duplo] Apesar da receita originária do nióbio estar monopolizada constitucionalmente, porque, é minério nuclear de extrema importância –- na prática, e sem uma fiscalização eficaz, os que detêm o poder de gerir tais recursos podem ignorar o monopólio constitucional, como vêm ocorrendo de tempos em tempos. E ao ignorarem o monopólio, realizam grandes negócios privados com bens públicos brasileiros esgotáveis, apoiados, justamente, pela ausência de fiscalização da receita originária da qual se trata e pela ausência de informação-divulgação desta receita – originada da exploração do minério nuclear nióbio (tão importante quanto o urânio, que, devidamente, enriquecido, é o Combustível do Século). Haja vista, em passado recente, uma das maiores reservas de nióbio haver sido oferecida para licitação (felizmente, abortada) a um preço infinitamente vil, à revelia do conhecimento da população brasileira (os nacionais e estrangeiros residentes no país). Marcos Valério (um dos principais investigados e interrogados, na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios) declarou na CPI: … “O grosso do dinheiro vem do nióbio” (A informação está registrada nos Anais da CPI). No Brasil, todo mundo sabe o que todo mundo sabe. Não há como aceitar que a exploração do nióbio continue em “segredo” quando o apelo presidencial é para que tragam receitas para o desenvolvimento do Brasil. Assim, em atendimento ao apelo presidencial, a receita advinda da exploração do nióbio (constitucionalmente assegurada) deve ser de direito e de fato, diretamente canalizada para o Caixa do Tesouro Nacional. A maior aplicação do nióbio está no por vir, razão pela qual, a pressão tem sido para transferir para o exterior, a maior quantidade possível do metal, a preço vil. O jornal Folha de São Paulo, já, em 28/06/05, publicava que Delegação da Comissão Européia visitaria o Brasil em breve para estudar alternativas de inclusão no projeto (ITER). O Brasil pode se envolver com o Projeto ITER – Reator Experimental Termonuclear Internacional. E a participação brasileira seria graças à reserva de nióbio localizada em Minas Gerais. A maior do mundo. O nióbio, metal condutor poderoso, será usado para construir molas (bobinas) gigantes e gerar um campo magnético para conduzir o processo de fusão nuclear dentro do reator. Assim, as usinas termonucleares limpas e muito mais seguras que as atuais nucleares – geradoras de energia farta e barata – se multiplicarão sem restrições pelo planeta exigindo milhares de toneladas de nióbio puro para mantê-las acesas. Daí o entendimento, corretíssimo, de não haver argumento justificador da entrega in natura, de nenhum tipo de mineral nuclear: eles serão imprescindíveis ao desenvolvimento do país, tecnológica e industrialmente. “Com este magnífico feito o homem passará a dominar também o fogo termonuclear, aquele que ocorre no interior das estrelas pela fusão de átomos de hidrogênio a uma temperatura de 15 milhões de graus centígrados, gerando hélio e uma brutal quantidade de energia limpa, barata e inesgotável, pois, o trítio isótopo pesado do hidrogênio usado como combustível é abundante na face da Terra na forma de água pesada”. (in “Serão Mesmo Nossos, os Nossos Minérios?”, de Roberto Gama e Silva). Com esse entendimento, os Ministérios da Fazenda, de Minas e Energia, do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior e o Poder Legislativo Federal terão, por dever de oficio, que cuidar das nossa reservas de nióbio a ferro e fogo por diversas razões

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Internet e Jornais: quem está ganhando a disputa?

O Brasil ganhou a copa do mundo e futebol num domingo e ficamos sabendo na quarta feira. Esse era o mundo pré internet. Sempre que um novo meio de comunicação surge, decreta-se o fim dos anteriores. Um grupo de investigadores da Universidade de Stanford, nos EUA, que defende que a era da Internet apenas contribuiu para acentuar uma tendência que já se vinha desenhando há décadas. Para a análise, compilaram dados relativos à imprensa escrita no país durante os últimos três séculos, disponibilizando a informação através de um mapa interativo que permite aos internautas observar a evolução do número de publicações nas várias zonas do país. A história, essa senhora implacável, nos ensina que não é bem assim. O Editor Reportagem de Márcia de Chiara, O Estado de São Paulo de quarta-feira, focalizou com nitidez os debates e opiniões que marcaram o Seminário de Circulação promovido pela Federação Nacional dos Jornais na capital paulista. Reuniram-se Valter Matos Júnior, vice-presidente da FENARJ, proprietário do Grupo Lance, Marcelo Moraes, do Infoglobo, Antonio Teixeira Mendes, da Folha de São Paulo, Eduardo Sirotsky, Zero Hora de Porto Alegre e da TV RBS, e Sílvio Genesini, de O Estado de São Paulo. Apesar de empolgados com o crescimento das vendas de jornais, da ordem de 5%, no primeiro semestre de 2011, e também com o aumento do número de computadores de 15 para 20% dos domicílios, como informou recentemente o Ibope, não chegaram a nenhuma conclusão.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Nem poderiam. Primeiro colocaram em discussão a hipótese de os jornais cobrarem pelo acesso dos internautas a seus conteúdos. Um desastre onde tal sistema foi colocado em prática. Os debatedores concluíram que, depois de navegarem de graça nas páginas do amanhã, os que procuram se antecipar à alvorada dos fatos não têm condições psicológicas de aderirem a um desembolso. Em segundo lugar, aí a minha opinião, a cobrança não é fácil e implica em vários problemas. Um deles a retração natural pelo uso do cartão de crédito. Mas não é somente isso. Foram relatadas experiências em alguns jornais do mundo, negativas, exceto publicações como a do Wall Street Journal, de Murdoch, quando pelas manhãs em Nova Iorque acompanham as oscilações da Bolsa de Valores e do mercado de cambio. Mas neste caso a audiência pessoal é numericamente reduzida e bastante profissional. O site mais acessado do Brasil, o UOL, Folha de São Paulo, 600 mil acessos por dia, entre nós domina este campo de informação. Restrito aos assinantes do jornal, não cobra pelos toques. Porém a questão não é apenas essa. É que a abertura dos sites acarreta um efeito decisivo: quanto maior for, mais volumosa será a comercialização publicitária. O New York Times tentou a cobrança, colocou-a em prática, mas não está dando certo. Tanto assim que a receita do jornal vem 40% da circulação (venda nas bancas e assinaturas), 39% da publicidade impressa, 14 da publicidade digital. E, pelo que se conclui, 7% dos acessos. Não compensa. Porque, quanto maior for o número de acessos, mais ampla será também a publicidade no espaço aberto pelas telas. Portanto forçar o mercado de um lado, para expandir receita, conduz à sua retração de outro. Encolhe. Todos esses pontos comprovam a inevitável convergência que acentuei no título. Vejam só: em 2010, a publicidade injetada nos meios de comunicação brasileiros atingiu cerca de 40 bilhões de reais. A televisão absorveu 25 bilhões, os jornais e revistas 9,4 bilhões, as emissoras de rádio 3 bilhões e a publicidade pela Internet 2,6 bilhões de reais. Mas a publicidade comercial, quer dizer os anúncios, não o pagamento pelo acesso. O volume geral das mensagens pagas em 2010 elevou-se na escala de 10% em relação ao de 2009. No mesmo espaço de tempo, a nossa população avançou apenas 1,2%, segundo o IBGE. O crescimento do espaço de publicidade evidenciou-se sem a cobrança pela visão dos conteúdos jornalísticos. Assim, penso, é legítimo concluir que os novos horizontes da comunicação, seja no Brasil, seja no mundo, é a convergência entre os meios. Quanto às mensagens comerciais também. Mas relativamente às mensagens livremente informativas e opinativas, não. Pois se fossem idênticas como a publicidade, estaríamos caminhando para um cenário único. E não é nada disso. Pedro do Coutto/Tribuna da Imprensa

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