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Dante Milano – Versos na tarde

Monólogo Dante Milano ¹ Estar atento diante do ignorado, Reconhecer-se no desconhecido, Olhar o mundo, o espaço iluminado, E compreender o que não tem sentido. Guardar o que não pode ser guardado, Perder o que não pode ser perdido. – É preciso ser puro, mas cuidado! É preciso ser livre, mas sentido! É preciso paciência, e que impaciência! É preciso pensar, ou esquecer, E conter a violência, com prudência, Qual desarmada vítima ao querer Vingar-se, sim, vingar-se da existência, E, misteriosamente, não poder. ¹ Dante Milano * Barra de S. João, RJ – 16 de Janeiro de 1899 d.C + Petrópolis, Rio de Janeiro – 15 de Abril 1991 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Economia: o Brasil e a crise

As armas do Brasil contra a crise Um dos fatos marcantes da crise financeira de 2008 é que o Brasil não sucumbiu, ao contrário do que ocorrera em turbulências anteriores. O país foi fortemente atingido, entrou em recessão, mas se recuperou rapidamente. E agora? Está preparado para enfrentar o recrudescimento da crise mundial? Em tese, o Brasil está mais forte. Tem um volume de reservas cambiais bem superior – US$ 349,6 bilhões, face a US$ 205,7 bilhões em 12 de setembro de 2008, véspera da quebra do banco Lehman Brothers -, e um colchão de liquidez (os depósitos compulsórios recolhidos ao Banco Central) igualmente vultoso – R$ 420 bilhões, diante de R$ 270 bilhões. Ninguém duvida, no entanto, que o agravamento da crise na Europa e nos Estados Unidos vá nos afetar. A forte queda da Bovespa nos últimos dias foi um sinal. A principal consequência deverá ser a redução da atividade econômica. Para o economista Mário Torós, sócio da Ibiúna Investimentos e um dos personagens centrais do governo no enfrentamento da crise de 2008, a melhor maneira de enfrentar a situação é por meio da redução da taxa de juros.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Torós: situação atual favorece queda dos juros A crise de 2008 se caracterizou pelo excesso de endividamento do setor privado nas economias avançadas, fato que levou a uma crise bancária e ao travamento do crédito doméstico e internacional. Os governos reagiram com medidas de alívio monetário e fiscal. O objetivo era desafogar o crédito, promover a desalavancagem dos bancos e, assim, evitar uma grande contração global. Na prática, o que houve foi a transferência de grande parte da dívida do setor privado para o setor público. A ideia, explica Torós, era que esse movimento estancasse de algum modo a crise, uma vez que o crédito do setor público era, naquele momento, melhor que o do setor privado. O resultado foi um crescimento brutal das dívidas soberanas, que superaram as altas históricas da Primeira Guerra Mundial e da Depressão de 1929. No caso das nações ricas, segundo cálculo dos economistas Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart, as dívidas cresceram, em média, 134% entre 2007 e 2010, face à média histórica, registrada em crises anteriores, de alta de 86%. Já a relação dívida/PIB chegou, em média, a 88%. O problema é que a dramática deterioração fiscal não resultou na recuperação das economias. Os investidores passaram, então, a duvidar da capacidade de pagamento das dívidas dos países mais frágeis da Europa. A desconfiança aumentou depois do caso Grécia, chegando a Portugal, Espanha e Itália. A diferença de spread entre os títulos das dívidas francesa e alemã, por exemplo, superou 90 pontos básicos (quase 1 ponto percentual). “Isso mostra que há uma aversão absoluta a risco no mercado. Os investidores estão correndo para os títulos alemães, considerados mais seguros. O normal seria os spreads estarem mais próximos”, diz Torós, um especialista em gestão de risco. “O risco da crise bancária de 2008 transferiu-se agora para o de uma crise das dívidas soberanas, o que, se se confirmar, obviamente afetará o sistema financeiro.” Em 2008, o Brasil reagiu à crise com instrumentos fiscais e monetários. A posição fiscal era mais favorável que a atual e, por essa razão, o governo teve espaço para reduzir impostos e estimular a oferta de crédito via bancos oficiais. Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro que o governo não pretende enfraquecer o resultado fiscal. É uma decisão acertada porque fortalece as defesas do país frente a um provável cenário de estresse. No caso da política monetária, o momento atual é distinto. No terceiro trimestre de 2008, quando a crise atingiu o Brasil, a economia crescia acima de 7% ao ano, com a inflação ameaçando estourar o teto de 6,5% do regime de metas. Com a quebra do Lehman Brothers, o pânico se espalhou rapidamente, provocando forte desvalorização do real. Além disso, grandes empresas exportadoras estavam expostas a contratos de derivativo cambial, estimados em US$ 38 bilhões, e sofreram, por causa da abrupta perda de valor do real, prejuízo de pelo menos US$ 10 bilhões. Naquele ambiente, o BC optou por tornar funcionais os mercados de dólar e reais e, apenas num segundo momento, reduzir os juros. A decisão foi muito criticada dentro e fora do governo. A alegação do BC é que, num cenário de inflação alta, era impossível prever o impacto da depreciação do real sobre os preços. Agora, a economia está rodando a 4% ao ano, com perspectiva de queda abaixo desse patamar, e a inflação está começando a desacelerar. O real, à medida que uma recessão mundial afete os preços das commodities, tende a se desvalorizar, mas possivelmente não na mesma intensidade de 2008, uma vez que empresas brasileiras estão menos expostas a câmbio. Torós acredita que, no pior cenário, a principal consequência da crise pode vir a ser o travamento do crédito doméstico. E desta vez as fontes oficiais não terão como suprir o mercado. “Nesse contexto, parece que a resposta a um agravamento da crise parece ser, de fato, mais monetária que fiscal. O Brasil ainda possui os instrumentos [juros e liquidez via compulsórios] que os outros países já não têm”, observa o ex-diretor do BC. Cristiano Romero é é editor-executivo/Valor E-mail cristiano.romero@valor.com.br

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Hackers alemães descobrem como fazer ‘escuta’ em internet pelo celular

Técnica permite capturar dados transmitidos por rede GPRS. Comunicação via tecnologia 3G não é afetada por falha descoberta. Celulares com rede GPRS podem sofrer ‘escuta’ de internet (Foto: Jamila Tavares/G1) Uma empresa de segurança alemã descobriu como quebrar o código de criptografia de alguns celulares usando a Internet, afirmou o jornal “Handelsblatt” nesta quarta-feira, citando o diretor da companhia. A descoberta de uma forma de tirar informações da tecnologia GPRS permite que se leia e-mails e se observe o uso da Internet feito por uma pessoa cujo aparelho foi hackeado, disse Karsten Nohl, diretor da Security Research Labs. ‘Com nossa tecnologia podemos capturar dados de comunicações GPRS num raio de 5 quilômetros’, disse ele ao jornal antes de um encontro do Chaos Computer Club, grupo que descreve a si mesmo como a maior coalizão hacker da Europa. Telefones que usam o novo padrão UMTS são mais seguros, disse Nohl, mas a quebra da criptografia afeta equipamentos industriais e qualquer aparelho que use GPRS – incluindo novos aparelhos como os iPhones e iPads da Apple, que mudam para o modo GPRS em áreas remotas. Reuters [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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