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Robert Frost – Versos na tarde

Um pássaro menor Robert Frost ¹ Quis, de fato, que o pássaro voasse E próximo ao meu lar não mais cantasse. Cheguei à porta para afugentá-lo, Por sentir-me incapaz de suportá-lo. Penso que a inteira culpa fosse minha, E não do pássaro ou da voz que tinha. O erro estava, decerto, na aflição De querer silenciar uma canção. Tradução de Renato Suttana ¹ Robert Lee Frost * San Francisco, Usa – 26 de março 1874 d.C + San Francisco, Usa – 29 de janeiro de 1963 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Roberto Requião: o senador, censura e truculência

Nada mais emblemático para demonstrar que “democratas” habitam o parlamento brasileiro. O senador iria se sentir muito bem em Cuba, Coréia do Norte, China, Irã… O Editor Irritado com pergunta, Requião ‘confisca’ o gravador Dono de temperamento mercurial, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) reagiu de maneira inusitada a uma pergunta que o desagradou. Requião concedia entrevista a um repórter da Rádio Bandeirantes. Discorria sobre economia. A coisa desandou quanto o entrevistador mudou de assunto. Quis saber de Requião se ele admitia abrir mão da pensão que recebe como ex-govenador do Paraná. O senador respondeu uma, duas vezes. Na terceira, arrancou o gravador das mãos do repórter incômodo. Mais tarde, mandou restituiu o equipamento ao dono. Guardou para si, porém, o conteúdo. Premido pela repercussão do episódio, o senador levou à web o teor da conversa que confiscou. Ouça aqui. Antes, Requião comentara, no twitter: “Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa, vou deletá-lo”.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Ironizou: “O reporter da Band queria saber da pensão da mãe do Beto Richa. Devia entrevistar o Beto, não a mim”. A pensão paranaense rende a ex-governadores e suas viúvas R$ 24 mil mensais. O governador Beto Richa (PSDB) cancelara as pensões de quatro beneficiários. Entre eles Requião. O senador foi ao Judiciário. Voltou a receber. Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Paraná revogou a decisão. Deve-se a ironia de Requião ao fato de Beto Richa não ter cancelado as pensões autorizadas antes da promulgação da Constituição de 1988. Salvaram-se cinco ex-governadores e quatro viúvas. Uma delas é Arlete Richa, viúva do ex-governador José Richa, mãe de Beto. No microblog, Requião queixou-se do noticiário: “O jornalista agressor está conseguindo o sucesso que pretendeu, e a ‘catigoria’ esta alvoroçada. A discussão é boa”. Meteu outro meio de comunicação na encrenca: “A Folha já me difamou e agrediu sem contraditório e sem me dar direito de resposta”. Qual foi a difamação da Folha? Não disse. Buscou reparação juducial? Não informou. Generalizou os ataques: “Os donos da mídia não querem contraditório, fascistas promovem massacre. Venham que aqui tem café no bule”. Requião comparou os repórteres a estudantes que agridem colegas indefesos nas salas de aula. E posou de agredido: “Jornalistas querem transformar entrevista em bullyng, escondidos em indulgência plenária com imprensa. Censura não, respeito sim”. Pegou em lanças: “Vou à luta pela regulamentação do direito de resposta. Fim do jornalismo de aluguel e da falta de respeito”. Cabe a pergunta: Numa boa, como diz Requião, não teria sido mais simples o senador dizer ao repórter que não queria responder? Ninguém está obrigado a dizer o que não quer. Daí a tomar gravador… Bullyng? Ora, francamente! Requião é mais inteligente do que isso. O repórter da Bandeirantes tentou registrar queixa na Polícia do Senado. Nada feito. Corregedoria? Não há corregedor. Disse que irá a uma delegacia convencional. Inútil. Congressistas não costumam ser alcançados por inspetores de quarteirão. blog Josias de Souza

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Desligue o celular para viver melhor

O contrário do que se espera de uma operadora de telecomunicações – em especial uma que ocupa a segunda posição no mercado tailandês – foi o que fez a DTAC em sua campanha institucional. Em vez de difundir uma mensagem que estimulasse o consumo de conexão via smartphones, o serviço que mais vende, veiculou uma campanha sugerindo às pessoas desligarem os telefones e aproveitarem a vida. O comercial, exibido no fim do ano passado, ganhou inúmeros adeptos nas redes sociais como YouTube. Ele mostra situações em que a “desconexão” proporciona prazer. Há cenas como a de um belo arco-íris, que uma garota não percebe por estar obcecada em digitar mensagens no celular. A DTAC não se assustou quando o escritório da agência Young & Rubicam da Tailândia apresentou a proposta. A agência, aliás, ressalta que a campanha não sugere que as pessoas abram mão do conforto de usar a internet móvel. Mas sim, que elas usem seus aparelhos apropriadamente. A repercussão mundial da campanha, divulgada espontaneamente, mostrou que a empresa foi feliz em ter coragem de abordar o tema. Marili Ribeiro/O Estado de S.Paulo [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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